No Dia Internacional da Mulher recordamos a história das mulheres que marcaram a cidade do Porto!


Mulheres pioneiras nas artes, nas ciências e no desporto, mulheres que “carregaram a cidade às costas” e abriram caminho para a igualdade. Celebramos essas mulheres reconstruindo os seus passos pela cidade, através de um roteiro pelas obras que nos deixaram e pelas homenagens que lhes foram feitas.

Carquejeiras

Carquejeiras - Monumento às Carquejeiras (Fontaínhas, Porto)



Desde 2020 uma escultura de José Lamas perpetua, na Rampa das Carquejeiras, a memória de uma das mais cruéis atividades, assegurada por mulheres, na história do Porto. Durante o séc. XIX e até meados do XX, eram elas que subiam diária e penosamente a rampa com mais de 200 m de comprimento e 20% de inclinação, carregando à cabeça 50 a 60 kgs de carqueja, utilizada para acender e alimentar muitos dos fornos da cidade.


Antónia Ferreira

Antónia Ferreira “Ferreirinha” (1811-1897) – Caves Ferreira


A paisagem das encostas e vinhedos do Douro, Património da Humanidade, é indissociável da figura da “Ferreirinha”. Nascida em Godim, Peso da Régua, fica viúva e herdeira aos 30 e poucos anos. Sozinha investe, negoceia e moderniza a produção dos vinhos do Porto e do Douro, construindo um “império” que incluirá 30 quintas, armazéns e palácios. Mas ficará também conhecida por “santa” e “mãe dos pobres”.


Carolina Michaëlis

Carolina Michaëlis (1851 – 1925) – Escola Secundária Carolina Michaelis


A Escola Secundária Carolina Michaëlis, no Porto, lembra um dos nomes maiores da cultura portuguesa na passagem do séc. XIX para o XX. Ligada também à rua de Cedofeita, onde funcionou de início aquele liceu feminino, e onde subsiste a casa onde viveu e produziu parte da sua obra, Carolina foi relevante investigadora da nossa literatura e a primeira mulher a lecionar numa universidade portuguesa.


Sophia de Mello Breyner

Sophia de Mello Breyner (1919-2004) – Jardim Botânico


O palacete do atual Jardim Botânico do Porto foi, na infância, residência de uma das mais reconhecidas poetisas portuguesas, tendo servido também de inspiração para algumas das suas famosas histórias infantis. Utilizou a sua poesia no combate pela Liberdade e no pós Revolução de 1974 foi deputada da Assembleia Constituinte. Entre outros, recebeu o Prémio Camões, o Prémio Pessoa e o Prémio Rainha Sofia.




Ilse Losa

Ilse Losa (1913-2006) - Jardins do Palácio de Cristal - Biblioteca Municipal Almeida Garrett 

 

Repositório das obras de muitas portuenses, é também na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, nos jardins do Palácio de Cristal, que encontramos pretexto para evocar esta escritora de origem judaica que, nascida na Alemanha, se viu obrigada a fugir das perseguições nazis, acabando por viver grande parte da sua vida no Porto, onde também produziu os seus escritos, com destaque para a literatura infantojuvenil.


Guilhermina Suggia

Guilhermina Suggia (1885-1950) - Sala Guilhermina Suggia na Casa da Música


Dotada de um enorme talento musical, Guilhermina Suggia revela desde muito jovem uma faceta estudiosa e perfecionista. A sua virtuosa carreira internacional obteve grande êxito, sublinhado pelo facto de ter sido a primeira e revolucionária violoncelista profissional. Natural do Porto, aqui lhe é dedicada a sala principal da icónica Casa da Música.


Marta Ortigão Sampaio

Marta Ortigão Sampaio (1897-1978) - Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio


Sobrinha de Aurélia de Sousa e sobrinha-neta de Ramalho Ortigão, Marta Ortigão Sampaio herdou o gosto pelas artes, refletido nas vastas coleções de pintura, joalharia, mobiliário e artes decorativas que reuniu ao longo da sua vida e instalou na casa que encomendou ao arq. José Carlos Loureiro em 1954-1955, no Porto, hoje Casa Museu com o seu nome.


Irene Vilar

Irene Vilar (1930-2008) - Escultura “O Anjo” na Foz do Douro


Escultora, pintora e medalhista, Irene Vilar nasceu em Matosinhos, tendo também uma forte ligação à Foz do Douro onde viveu desde a juventude. Apesar da oposição da família estudou na Escola de Belas Artes do Porto, onde se formou com a classificação de 20 valores. Entre muitas e famosas obras espalhadas pelo mundo salientam-se, no Porto, o “Anjo” nas margens do Douro e a máscara de Camões na Av. Brasil.


Cristina Amélia Machado

Cristina Amélia Machado (1860-1884) - Museu da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto


Nasceu na Meda, mas foi no Porto que viveu dos 5 aos 24 anos esta mulher que fez história na Universidade do Porto ao ser a primeira a frequentar a Academia Portuense de Belas Artes que havia sido criada por decreto de Passos Manuel em 1836. É hoje a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), ocupando um palacete do séc. XIX próximo do Jardim Marques de Oliveira .


Bernarda Lacerda

Bernarda Lacerda (1595 – 1644) – Igreja dos Carmelitas


Nascida no seio de uma família aristocrática do Porto, Bernarda Lacerda foi uma das mulheres mais cultas do seu tempo, destacando-se na sociedade desse séc. XVII. Autora de vários poemas em português e castelhano, foi convidada por Filipe IV de Espanha para mestre de seus filhos, tendo recusado. Grande devota dos Carmelitas Descalços, foi das principais responsáveis pela fixação desta ordem na cidade do Porto.


Rosa Mota

Rosa Mota (1958 -) – Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota


Campeã olímpica e mundial da maratona, Rosa Mota destaca-se no panorama mundial como atleta de excelência e uma das melhores corredoras do século XX. Nascida no Porto, inicia a sua carreira no Futebol Clube da Foz em 1974. Em 1991, o seu nome é atribuído ao Pavilhão Desportivo erguido num dos mais belos e aprazíveis espaços da sua cidade: os jardins do desaparecido Palácio de Cristal.


Irmãs Moraes Sarmento

Irmãs Moraes Sarmento – Reitoria da Universidade do Porto


O edifício da Reitoria da Universidade do Porto, criada em 1911, recorda o papel pioneiro das irmãs Moraes Sarmento: Laurinda (1867-?) e Aurélia (1869-?), as primeiras diplomadas na Escola Médico-Cirúrgica do Porto; Guilhermina (1870-?), uma das primeiras mulheres clínicas a nível nacional; e Rita (1872-1931), a primeira engenheira portuguesa. 



Armanda Passos

Armanda Passos (1944-) – Palácio da Justiça do Porto  


Natural do Peso da Régua, Armanda Passos notabilizou-se como pintora, licenciada pela Escola Superior de Belas Artes do Porto. Representante de Portugal em diversos certames internacionais, a sua obra tem obtido relevantes distinções. Encontra obras da artista nos Passos Perdidos do 4º e 5º pisos do Palácio da Justiça do Porto.


Aurélia de Sousa

Aurélia de Sousa (1866-1922) - Museu Nacional de Soares dos Reis


Aurélia de Sousa destacou-se como pintora, realizando obras de diferentes géneros num estilo naturalista muito pessoal. Nascida no Chile, viveu no Porto desde 1869. Entre 1899 e 1902 residiu em Paris onde reforçou a formação, expôs e vendeu parte das suas obras. No Museu Nacional Soares dos Reis podemos contemplar o seu mais famoso autorretrato, datado de 1900.


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Chegada

Dotada de uma rede de acessibilidades em franca expansão é possível chegar facilmente à cidade de avião, autocarro, automóvel, barco, comboio ou metro.

História

O Porto é um dos destinos turísticos mais antigos da Europa e a riqueza do seu património artístico, o Vinho do Porto, os vastos espaços dedicados ao lazer e a sua vida cultural são apenas alguns dos motivos que convidam a visitar a cidade.

Informação Prática

Aqui encontra alguns dados essenciais sobre o Porto, bem como a referência a vários serviços públicos e privados disponíveis.

Deslocar-se

É fácil deslocar-se nos limites da cidade com recurso aos transportes públicos ou em viatura própria ou alugada.

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