Entre os conteúdos da nova página do Museu da Cidade, lançada no passado dia 3 de fevereiro, destaca-se um "sítio invisível", uma cortina negra que ocupa o ecrã para convidar o visitante a fechar os olhos e a tornar-se ouvinte: está no ar a Rádio Estação.
A emissora, cuja primeira experiência se desenvolveu na Feira do Livro do Porto de 2020, ocupa agora morada fixa na Internet. O projeto assume-se como anti-rádio, sem locução, com rubricas que pretendem alcançar públicos e interesses muito distintos, interligados pelo "Pólen", uma paisagem sonora das estações do museu.
Desde a passada semana que a Estação se está a expandir, convidando o ouvinte a percorrer a cidade, agora quase vazia, através da escuta.
É, assim, através da rádio, que um dos principais objetivos do Museu da Cidade se consubstancia: o desenvolvimento de um eixo sonoro, um ponto de emissão que parte das estações e irradia o espaço entre elas. A missão ganha uma força acrescida nos tempos que vivemos.
O projeto radiofónico pretende no futuro desenvolver emissões especiais e presenciais, em incursão nómada, à semelhança do que decorreu na Feira do Livro do Porto. A primeira estadia será, se o contexto sanitário o permitir, já esta primavera, na Biblioteca do Marquês.
Rubrica em estreia e nova página no Instagram
Começou na quinta-feira a rubrica "Arca", uma colaboração com a estrutura musical portuense Matéria Prima. Ao longo do dia, três notas interrompem a emissão da Rádio Estação para abrir uma arca voadora que percorre as latitudes criativas locais e desafia todos os silêncios.
São emitidos concertos inéditos esquecidos ou desconhecidos, um arquivo de tesouros, de fundo perdido, para o ouvinte descobrir diariamente e sem hora marcada. A Matéria Prima incorre, assim, em missões de reconhecimento que captam o pulsar e a efervescência criativa da cidade, transmitindo uma afinada seleção.
Ao mesmo tempo, a Rádio Estação abriu também no Instagram uma página dedicada ao seu "sítio invisível", em paralelo às redes do Museu da Cidade (Facebook, Instagram, Soundcloud ou Vimeo).
Mais artigos