Só, Neste Porto Só!

Até 31/08/2021

6 €

Até ao próximo dia 31 de agosto de 2021, quem visita a Torre e Museu dos Clérigos vai ser surpreendido por uma exposição de fotografia com o tema “Só, Neste Porto Só!”, de autoria de Clara Ramalhão e, conta com contributos de Paulo Ferreira (realizador do filme Lockdown Porto), retratando o confinamento vivido nos meses de março a maio de 2020. “Com esta exposição, a Irmandade dos Clérigos pretende mostrar aos seus visitantes nacionais e internacionais, o que foi viver o Porto vazio, sem as suas gentes e sem os seus visitantes, mas, também, mostrar uma mensagem de luz e de esperança”, afirma o Padre Manuel Fernando, Presidente da Irmandade dos Clérigos.

João Vieira: Obras na Coleção de Serralves

Até 12/09/2021

Nesta mostra no Palácio da Bolsa são apresentadas duas obras icónicas do início dos anos 1970 que expandem a investigação do artista em torno de signos linguísticos para lá do campo da pintura. Caixa Branca (1971) propõe criar, a partir do acaso e com a participação do público, uma nova linguagem. A obra contém um sistema rudimentar de lâmpadas e interruptores através do qual as letras do alfabeto podem ser acesas ou apagadas, ao sabor da invenção lúdica de novas palavras e sintaxes. A obra “A” grande (1970) constitui o único vestígio conservado e restaurado por Vieira da sua primeira performance, intitulada O espírito da letra. Nesta “ação-espetáculo” apresentou uma série de letras de grande formato que foram posteriormente destruídas pelo artista e por um conjunto de crianças. Ao romperem com os limites da pintura bidimensional, as letras de Vieira ganharam corpo e estabelecem uma confrontação física com os espectadores e com os agentes da destruição performativa, deixando subentendida uma crítica à linguagem enquanto suporte do discurso. Estas obras históricas são apresentadas no Palácio da Bolsa no âmbito do programa nacional de itinerâncias da Coleção de Serralves, que tem por objetivo tornar o acervo da Fundação acessível a públicos diversificados de todas as regiões do país.

Feira de Artesanato da Batalha

Até 31/12/2022

Esta feira começou de uma forma espontânea na Praça da Batalha onde eram comercializados os produtos manufaturados (bijuteria, carteiras, entre outros). Nos anos 90 a Câmara Municipal do Porto regulamentou esta atividade, através da criação da Feira de Artesanato da Batalha.

Revolução de 24 de Agosto de 1820: Prelúdio do Liberalismo em Portugal

Até 01/08/2021

Inaugura no Museu Militar do Porto, a exposição "Revolução de 24 de Agosto de 1820: Prelúdio do Liberalismo em Portugal", com curadoria Fernando Gonçalves. Aberta ao público durante dez meses (até 1 de agosto de 2021), a mostra expositiva aviva a bravura de um grupo de notáveis cidadãos do Porto, que dava o primeiro passo para o fim da influência inglesa e a decorrente monarquia liberal há 200 anos. O Norte exigia o regresso do Rei, uma Constituição, a justiça e a prosperidade. Estavam lançadas as sementes do progresso e da modernidade em Portugal e há documentos e peças históricas que comprovam.

Deslaçar um tormento

Até 19/09/2021

12 €

Esta grande exposição dedicada ao trabalho de Louise Bourgeois (Paris, 1911, Nova Iorque, 2010) cobre um arco temporal de sete décadas, dando a ver obras realizadas pela artista entre finais dos anos 1940 e 2010. Visitada e revisitada em inúmeras exposições realizadas durantes as últimas décadas em diversos espaços museológicos do mundo inteiro, a vasta e singular obra de Louise Bourgeois lida com temas indelevelmente associados a vivências e acontecimentos traumáticos da sua infância – a família, a sexualidade, o corpo, a morte e o inconsciente –que a artista tratou e exorcizou através da sua prática artística. Esta exposição é organizada pela Fundação de Serralves — Museu de Arte Contemporânea e o Glenstone Museum, Potomac, Maryland, EUA, em colaboração com The Easton Foundation, Nova Iorque, e coproduzida com o Voorlinden Museum & Gardens, Wassenaar, Países Baixos. To Unravel a Torment tem curadoria de Emily Wei Rales, Diretora e cofundadora do Glenstone Museum. Em Serralves, a exposição foi organizada por Philippe Vergne, Diretor do Museu, com Paula Fernandes, Curadora. Esta exposição contou com o generoso apoio de Hauser & Wirth Gallery.

No History In A Room Filled With People With Funny Names 5

Até 13/06/2021

12 €

Esta é a primeira exposição em Portugal de Korakrit Arunanondchai (Tailândia, 1986), artista que se move entre os campos do vídeo, da performance, da escultura e da instalação e que se divide entre duas culturas: a do oriente, onde nasceu e cresceu e a ocidental, em particular a dos EUA, onde a partir de 2009 estudou artes e onde tem vivido nos últimos anos (alternando com estadas na Tailândia). A obra de Arunanondchai explora e relaciona temas como religião e mitologia orientais, ambiente, ecologia, música, geopolítica e desenvolvimento tecnológico, contrapondo a espiritualidade asiática ao pragmatismo ocidental. Arunanondchai reflecte sobre a vida contemporânea e a situação da humanidade no tempo da tecnologia, especulando sobre as consequências do Antropoceno, era recentemente definida e que marca o efeito da actividade humana enquanto força ambiental dominante no planeta, capaz de alterar a sua composição geológica. Na sua prática, o artista recorre a acontecimentos e experiências de cariz autobiográfico. Em várias obras, amigos e familiares participam e são de alguma forma envolvidos no trabalho. No history in a room filled with people with funny names 5 (2019) é uma instalação feita em parceria com o artista Alex Gvojic (E.U.A., 1984), amigo com quem tem vindo a trabalhar há vários anos. Boychild, artista ligada à performance e à dança que tem regularmente colaborado com Korakrit Arunanondchai, é também uma figura presente nesta obra. No history in a room filled with people with funny names 5 envolve o espectador num ambiente nocturno e misterioso em que uma tripla projeção vídeo é conjugada com raios laser emitidos a partir de uma escultura que sugere uma figura humana jacente. A terra que cobre o chão e a presença de materiais naturais (conchas, ramos) lembram um ambiente pré- ou pós- histórico. No history in a room filled with people with funny names 5 congrega uma grande diversidade de imagens e de sons, criando uma atmosfera excessiva, envolvente e perturbadora. Os vídeos juntam filmagens originais — como as registadas por um drone da estação de rádio de Ramasum Camp, símbolo da história recente da Tailândia enquanto aliada dos EUA durante a guerra do Vietname e agora transformada em destino turístico — e outras pré-existentes, como a transmissão televisiva do episódio mediático do resgate de 12 rapazes e do seu treinador de futebol que ficaram presos numa gruta na Tailândia em 2018. Esta obra foi inicialmente encomendada pelo Centre d’Art Contemporain Genève para a Biennale of Moving Image de 2018 e apresentada na Bienal de Veneza em 2019.

Manoel de Oliveira Fotógrafo

Até 27/06/2021

12 €

As mais de cem fotografias que se apresentam na exposição Manoel de Oliveira Fotógrafo são uma das grandes surpresas que o arquivo pessoal do realizador, integralmente depositado em Serralves, reservava. Produzidas entre os finais de 1930 e meados dos anos 1950, estas imagens, guardadas durante várias décads e na sua maioria inéditas, revelam uma faceta desconhecida de Oliveira e abrem novas perspectivas sobre a evolução da sua obra. A passagem de Manoel de Oliveira pela imagem estática é uma etapa determinante do seu percurso como cineasta. Em diálogo tanto com o pictorialismo como com o construtivismo e com as experiências da Bauhaus, as suas fotografias estão a meio caminho entre a exploração dos valores clássicos da composição e o espírito modernista que animou toda a primeira fase da sua produção cinematográfica. Investida, quase sempre, de propósitos artísticos, a fotografia é para o realizador um instrumento de pesquisa formal e de experimentação, uma obra de modalidade para interrogar, muitas vezes um relação direta com os filmes, a construção de uma linguagem visual própria. As imagens que agora dão a conhecer acrescentam, certamente, um novo capítulo à história da fotografia portuguesa dos anos 1940. Mas elas constituem, também, um precioso instrumento para enquadrar o modo como Manoel de Oliveira passa a assegurar, durante um período de dez anos, a direção de fotografia dos seus próprios filmes, bem como para contextualizar, numa perspetiva mais ampla, o rigor de composição que, de uma maneira geral, caracterizam todos os seus filmes. Olhando para estas imagens, não interessará muito saber onde começa o fotógrafo e onde acaba o cineasta, nem definir, com precisão, até que ponto o primeiro poderá ter tomado por vezes, o lugar do segundo. Importará, sim, questionar o modo como esta convivência estre dois modos de ver e de pensar se corporiza na obra de Manel de Oliveira. Curadoria de António Preto, Diretor da Casa do Cinema Manoel de Oliveira. Todas as fotografias expostas pertencem ao Acervo de Manoel de Oliveira, Casa do Cinema Manoel de Oliveira - Fundação de Serralves, Porto.

Alberto Giacometti – Peter Lindbergh. Capturar o Invisível

Até 24/09/2021

14 €

“Se me perguntassem quais foram os cinco dias mais bonitos da minha vida, aquele com as esculturas de Giacometti seria certamente um dos primeiros três”. Foi assim que Peter Lindbergh descreveu o dia em que foi convidado a fotografar o espólio de Alberto Giacometti, na Fundação do artista em Paris. O resultado deu origem a uma exposição conjunta, das esculturas de Giacometti e das fotografias de Lindbergh. É esta exposição que agora chega ao MMIPO – Museu e Igreja da Misericórdia do Porto. Até agora, esta exposição conjunta apenas foi exposta no Instituto Giacometti em Paris. É um diálogo íntimo entre a obra de Alberto Giacometti (1901 – 1966), um dos mais aclamados escultores do séc. XX e a fotografia de Peter Lindbergh, que desvenda uma notória similitude na forma como representam a realidade. Esta iniciativa é também um tributo ao lendário fotógrafo de moda que morreu prematuramente em setembro de 2019 e que esteve totalmente envolvido no processo de trazer a exposição para o Porto. A exposição acolhe mais de 110 obras, incluindo esculturas em bronze e desenhos de Alberto Giacometti, bem como fotografias de Peter Lindbergh à coleção. Numa sala exclusiva, estarão em exibição alguns dos mais icónicos retratos da carreira do fotógrafo de moda, entre os quais os protagonizados por Naomi Campbell, Uma Thurman e Julianne Moore.

UTOPIA!?

Até 29/08/2021

12 €

Esta será a primeira exposição em Portugal da celebrada artista indiana Nalini Malani (Carachi, Índia indivisa, 1946). Amplamente conhecida pelas suas pinturas e desenhos, a mostra em Serralves mostra uma faceta do seu trabalho igualmente relevante mas com que os públicos estão porventura menos familiarizados, apresentando exclusivamente as suas animações desenvolvidas entre finais dos anos 1960 e a atualidade. Foi no final da década de 1960, numa cena artística indiana dominada por homens, que Nalini Malani emergiu como uma voz provocatória e feminista, igualmente pioneira no trabalho com meios artísticos como o cinema experimental, o vídeo e a instalação. Além de dar voz às mulheres, a artista sempre se destacou como uma artista preocupada com questões sociais, conferindo protagonismo aos marginalizados através de histórias visuais (animações, nomeadamente) que exploram temas como o feminismo, a violência, as tensões raciais e os legados pós-colonialistas. As animações reunidas na exposição em Serralves, realizadas entre 1969 e 2020, foram agrupadas sob o signo da Utopia (este é aliás o título da mais antiga obra apresentada), relacionando-se, por um lado, com o sentimento utópico que se seguiu à independência da Índia e, por outro, com a desilusão em relação àquilo que o país se tornaria, governado por regras ditadas pela ortodoxia religiosa. De qualquer forma, os trabalhos de Malani transcendem os traumas nacionais para tratarem injustiças sociais globais. É o caso da grande instalação imersiva que encerra a exposição, composta por nove projeções vídeo de animações e frases. Can You Hear Me? embora tenha partido de uma violenta história passada na Índia, a morte violenta de uma criança, é uma ode a todos aqueles que não têm voz. Realizada entre 2017 e 2020, a instalação é composta por animações em que se sobrepõem imagens realizadas pela artista e fragmentos de citações de escritores tão influentes como Hannah Arendt, James Baldwin, Bertolt Brecht, Veena Das, Faiz Ahmad Faiz, Milan Kundera, George Orwell e Wislawa Szymborska. Segundo a artista, Can You Hear Me? corresponde ao tipo de animação a que se tem dedicado mais recentemente, a que chama cadernos de notas [notebooks] e que são realizados digitalmente num iPad. Malani já afirmou: “Quando eu vejo ou leio alguma coisa que captura a minha imaginação, tenho a necessidade de reagir através de um desenho ou de desenhos em movimento. Não exatamente na sua forma mimética mas mais como uma ‘Memória Emoção’. Sinto-me como uma mulher com pensamentos e fantasias que são disparados da sua cabeça. Cada um deles pode conter ideias diferentes e não parecerem ser da mesma pessoa. Cada uma dessas vozes na minha cabeça precisa portanto de uma diferente caligrafia.”

Jorge Molder

Até 03/10/2021

Esta exposição, apresentada no mezanino da Biblioteca de Serralves, reúne uma seleção de obras de Jorge Molder (Lisboa, 1947) feita a partir de um conjunto mais vasto existente no acervo de Serralves. São apresentadas fotografias das séries “T. V.” (1995), “La Reine vous salue” (2001), “Tangram” (2004/08), “Call for Papers” (2013) e ainda “Zizi” (2013). O trabalho de Molder é conhecido sobretudo pelas suas fotografias a preto e branco, em que o artista se autofotografa (apenas o rosto, corpo inteiro ou as mãos) vestindo habitualmente fato escuro e camisa branca, ideia que é contrariada pelas duas séries mais recentes. As referências provenientes da literatura, do cinema, da música ou da história da arte, bem como o quotidiano, vida e a sua natureza incerta e imprevisível, são fundamentais na sua obra, na medida em que podem constituir o ponto a partir do qual se pode derivar e construir algo. Neste sentido, e pelo facto da exposição ter lugar na Biblioteca, a mostra é complementada com um conjunto de referências bibliográficas importantes para o artista disponíveis para consulta e com a apresentação de alguns dos seus livros e catálogos de exposições.

Uma Timeline a Haver

Até 11/07/2021

12 €

Conhecer a História da Dança em Portugal passa, hoje, por pensarmos hoje num espaço global, atravessado e em relação. A dimensão histórica, social e política convocada no projeto expositivo Para uma Timeline a Haver — genealogias da dança enquanto prática artística em Portugal que apresentamos nos Foyers do Auditório de Serralves, integrada na 6ª Edição do Festival DDD, contribuirá seguramente para o fazermos, para aprofundarmos o nosso conhecimento sobre este campo. Partindo de uma reflexão sobre o presente, a equipa autora da exposição construiu uma complexa metodologia histórica e artística que a levou a uma investigação aprofundada e multidisciplinar, para sempre em curso, sobre os processos criativos, filosóficos e simbólicos que marcaram a Dança no séc. XX e início do séc. XXI, no país. Para uma timeline a haver — genealogias da dança enquanto prática artística em Portugal é um exercício coletivo de sinalização de marcos relativos ao desenvolvimento e disseminação da dança como prática artística em Portugal nos séc. XX e XXI. Levado a cabo intermitentemente desde 2016 e assumindo o presente como lugar de enunciação, a cada edição sofre mutações que levam a uma reconfiguração física e metodológica do que é dado a ver. Combina fontes bibliográficas com escuta de testemunhos, recolha de documentos originais com pesquisa iconográfica, desenho de narrativas e relações, procurando criar um lugar múltiplo para a compreensão do que é ou pode ser a dança, e propondo uma familiaridade com obras, autores, “cânones”, corporalidades, épocas e mundividências, interrogando-os estética e politicamente.

Roni Horn: Some Thames

Até 29/08/2021

12 €

Roni Horn (Nova Iorque, 1955) é uma artista norte-americana que vive entre Nova Iorque e Reiquejavique, na Islândia. Desde muito jovem desenvolveu um profundo gosto pela literatura e pela filosofia, que antecedeu o seu interesse pelas artes visuais e que a levou a considerar a sua biblioteca um motor estruturante para si e para a sua obra. A prática do desenho é central e fundamental no trabalho de Horn, que também tem vindo a utilizar outros meios, como a escultura, a fotografia e os livros de artista. As viagens e a imersão na paisagem – sobretudo a da Islândia – são fundamentais na sua obra, que explora temas como o tempo meteorológico e a ecologia, a par com a memória, a identidade e a mutação. A representação do mundo exterior é usada como artifício ou metáfora para chegar a um espaço interior e mental. Estas oito fotografias do rio Tamisa fazem parte do conjunto de 80 que Serralves apresentou na sua exposição individual em 2001 e que foram na altura adquiridas para a Coleção. Em Some Thames [Alguns Tamisas] (2000-2001), Horn capta momentos do fluxo do rio Tamisa, obtendo um conjunto de imagens aparentemente abstratas e muito semelhantes entre si. Mas na verdade são imagens realistas e existem infinitas diferenças entre elas, ainda que impercetíveis a um olhar menos atento. Por um lado, esta abordagem encerra uma referência à experiência e à perceção que cada um de nós tem da passagem do tempo. Por outro, a água, frequentemente representada ou evocada no trabalho da artista, é uma alusão à vida, ao corpo, à sexualidade, mas também à morte. Conforme nos conta a literatura – nomeadamente Charles Dickens e Joseph Conrad –, nas águas escuras do Tamisa foram largados os corpos de muitos daqueles que sofreram mortes violentas, como foram muitos aqueles que nelas cometeram suicídio.

Transmission Tower: Sentinel

Até 29/08/2021

12 €

Dara Birnbaum (Nova Iorque, 1946) é uma artista norte-americana que se notabilizou desde os anos 1970 com os seus trabalhos em vídeo. Nessa época, a televisão exercia uma enorme influência na vida das pessoas, era a principal e mais influente fonte de informação na sociedade, hoje ampliada pela internet. Birnbaum analisa criticamente o universo televisivo, usando frequentemente as imagens difundidas por esse meio, interrompendo-as, repetindo-as e editando-as. A partir da década de 1990, começou a criar instalações vídeo de grande formato, constituídas por vários ecrãs de televisão. Especialmente encomendada para a Documenta IX de Kassel, Transmission Tower: Sentinel [Torre de transmissão: Sentinela] (1992) analisa a influência da televisão na política norte-americana, neste caso a propósito da Primeira Guerra do Golfo, iniciada em 1991. Oito monitores vídeo, fixados em secções de uma torre de transmissão, formam uma linha que descreve o trajeto de uma bomba lançada de um avião de carga. Em cada monitor são transmitidas imagens de George Bush a discursar no Congresso Nacional Republicano, em 1988. Ao mesmo tempo, imagens do poeta Allen Ginsberg a ler o seu poema antimilitarista Hum Bom!, escrito por ocasião da Guerra do Vietname e reescrito para a Guerra do Golfo, numa Convenção Nacional de Estudantes de 1988, percorrem o totem de monitores.

Entre sestas de Maria Corvacho

Até 15/06/2021

Entre sestas é uma documentação e amálgama de sonhos, memórias, viagens, de raiz poética e semi-presente no mundo real. É o escape, um pouco do que fica e muito do que vai na avalanche constante dos seus pensamentos. uma ode ao banal, mas também à imensidão, aos contrastes que caracterizam o que é no final de contas, a vida. Maria Corvacho (porto, 1989) desde cedo se perdeu nos lápis e nas tintas como meio de criar a fuga para outras realidades. Continua a fazê-lo enquanto pintora e ilustradora, interessa-se maioritariamente pelo trivial, por tudo o que é orgânico e por representar o que para si é a insignificância do ego.

Livraria Lello X Time: What Makes a Nobel?

Até 31/12/2021

A livraria Lello, inaugurou um projeto "inédito" com a revista Time, que destaca autores laureados pela academia sueca que foram capa da revista norte-americana. A instalação artística "Livraria Lello X Time: What Makes a Nobel?", assinada pelo diretor criativo da Time, D.W. Pine, destaca autores que receberam o Nobel, mas também outros que "mereceram honras de primeira página" na Time devido "ao valor `nobelizável` da sua literatura". A instalação é composta por 12 painéis, nos quais constam capas da revista Time, desde Rudyard Kipling, um dos primeiros Nobel da Literatura, a Toni Morrison, galardoada pela Academia Sueca em 1993, bem como outros autores que mereceram destaque de primeira página, como Virgínia Woolf e William Shakespeare.

José Régio: [Re]visitações à Torre de Marfim

Até 01/08/2021

3 €

O Museu Nacional de Soares dos Reis recebe até 1 de agosto a exposição temporária “José Régio: [Re]visitações à Torre de Marfim”, uma proposta das Câmaras Municipais de Vila do Conde e de Portalegre, no contexto do grupo de trabalho nacional estruturado no âmbito da evocação dos 50 anos da morte de José Régio, que se assinalou em 2019. Desenhos de cariz intimista, referências do imaginário do poeta, fixados a tinta-da-china, aguada, lápis de cor e cera pigmentada, consolidando o risco prévio a grafite, marcam o manuscrito do autor, ora incluídos na tessitura do poema, ora antecipando-o ou sucedendo-o, materializando a impressão fugaz que lhe parecia escapar.

Mercado da Ribeira

Até 31/08/2021

O Mercado da Ribeira é constituído por 10 lojas, e foi criado após a renovação do antigo mercado. Produtos alimentares na sua vertente tradicional, produtos de interesse turístico e promocionais, e restauração. Localização: Cais da Ribeira (Junto ao pilar norte da Ponte D. Luís I)

Il Divino Michelangelo & Il Genio Da Vinci

Até 09/01/2022

10.5 €

“Il Divino Michelangelo & Il Genio Da Vinci” é uma viagem abstrata inspirada na criação artística de dois grandes artistas renascentistas: Da Vinci (Leonardo di Ser Piero da Vinci, 1452-1519) e Michelangelo (Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, 1475-1564). A viagem começa pelo legado do artista Michelangelo, conhecido como o Divino. Abordamos a sua obra desde a sua génese até às suas influências nas diversas vertentes artísticas - pintura, escultura e arquitetura. Como se fosse designado por Deus para o concretizar, Michelangelo dá forma a várias obras icónicas. No espetáculo revisitamos a mão do fresco d’A Criação de Adão (fresco, 1511), as escultura des David (1501) o guerreiro que enfrentou Golias e de Baco (1596). Há também referências à mitologia romana e referências bíblicas com a obra Pietà (escultura, 1498) e no conjunto de pinturas no Teto da Capela Sistina (1508-1512) onde é possível observar “O Dilúvio” e “O Julgamento Final”. A viagem termina no ponto de partida: n’A Criação de Adão. Segue-se a próxima etapa da viagem, onde contemplamos a mente do inquieto génio Leonardo Da Vinci, num espetáculo visual através dos seus escritos, pesquisas, invenções e estudos, até às suas principais obras, como Homem Vitruviano (1490), as pinturas da Última Ceia (1495-98) e a Mona Lisa (1503-06).

Impressive Monet & Brilliant Klimt

Até 09/01/2022

10.5 €

Impressive Monet é uma reinterpretação das obras de arte de um dos impulsionadores do impressionismo que mostra o que está para além da moldura, através de uma viagem pelo mundo de artista e pela sua busca interminável pela captura da luz. O público será imerso pelo movimento impressionista do artista e envolto pelas linhas e cores que fazem parte do mundo de Monet. Brilliant Klimt traça o percurso pelos aspetos biográficos e pelo legado artístico do artista austríaco através da sua pintura icónica - O Beijo. Este será o fio condutor da viagem pelo trajeto artístico ao mesmo tempo que são exploradas as influências do mundo de Klimt. O público ficará na intimidade de Klimt e sentir-se-á imerso pela arte romântica do artista.

Porto Legends - The Underground Experience

Até 31/07/2022

12 €

"Porto Legends: The Underground Experience" é um evento audiovisual que vai dar a conhecer dez lendas relacionadas com a história da cidade do Porto. O espetáculo será apresentado nas Furnas da Alfândega do Porto. A mais recente criação do ateliê português OCUBO, especialista na realização de projetos de vídeo mapping, estreia nas Furnas da Alfândega do Porto. O espetáculo vai dar a conhecer, através de uma experiência imersiva, dez lendas relacionadas com a história da cidade do Porto, inspiradas no livro do historiador Joel Cleto, "As Lendas do Porto". O projeto Porto Legends - The Underground Experience contou com 70 atores, 120 figurinos e 30 artistas de vídeo, recorrendo a 50 projetores de vídeo de alta definição, estrategicamente instalados nas paredes, no chão, nos tetos, nas colunas e nos arcos das Furnas da Alfândega do Porto. As dez lendas que constituem o espetáculo são narradas por Pedro Abrunhosa, na versão portuguesa, e pelo galardoado ator britânico Jeremy Irons, na versão inglesa. Ao longo de 45 minutos, serão contadas lendas como as de Pedro Cem, Zé do Telhado, Barrão Forrester, as famosas tripas à moda do Porto, o mistério do Tesouro da Serra do Pilar; o violento Cerco do Porto, o Terramoto de 1755 ou a do fantasma da Estação de São Bento. O público é convidado a circular livremente durante o espetáculo, numa experiência de 360º inédita a nível mundial. Porto.CARD - A NÃO PERDER! Aproveite o Porto.CARD e tenha descontos nas entradas: Bilhete Inteiro: 2€ de desconto / Pack de duas exposições: 3€ de desconto Bilhete reduzido: 1€ desconto /Pack de duas exposições: 1,5€ de desconto

Higiene Social

Até 02/06/2021

6 €

Antonin é uma espécie de dandy. É hábil com as palavras, e poderia ter sido um escritor famoso, mas em vez disso serve-se delas para escapar dos diversos problemas e alhadas em que se mete. Mantendo a recomendada distância social, ele trava diversas conversas – humoradas e por vezes surreais – com as mulheres da sua vida.

Espectros

Até 06/06/2021

5 €

Filho pródigo, Osvald Alving regressa a casa dos pais com uma “infeção”, doença que engendra fantasmagorias. Na sua presença, adensam-se as sombras de um conjunto de “atitudes antiquadas e crenças mortas”, os “espectros” que envenenam o presente e hipotecam as possibilidades de futuro. Circunscritas a um lugar escuro de onde ninguém sai ou entra, as personagens de Espectros (1881), do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, vivem “com medo da luz”, inconformadas com o estrangulamento das suas vidas afetivas, ávidas de um impulso vital que as liberte de uma existência regida pelo conservadorismo e pela omnipresença do dinheiro. “Com Ibsen”, escreveu George Steiner, “a história do teatro começa de novo. Isto basta para fazer dele o mais importante dramaturgo desde Shakespeare e Racine.” O encenador Nuno Cardoso inscreve-o no repertório deste Teatro Nacional, num gesto programático que importa sublinhar. “Que herdamos nós?”, pergunta Helene Alving, mãe de Osvald. Herdamos uma força do passado, tão forte e persistente que continua a ecoar nos nossos “poucos e desalmados” dias.

Mercadinho da Ribeira

Até 31/08/2021

Feira urbana que pretende contribuir para a manutenção do carácter típico e pitoresco da antiga venda de rua, integrada na estratégia de animação da cidade. Vendem-se aqui atoalhados e outros produtos de promoção turística da Cidade.

The show must go on

Até 04/06/2021

12 €

20 intérpretes, 19 canções e um DJ. Ao usar um mecanismo simples de ação/reação entre os golpes e os corpos em movimento, Jérôme Bel elaborou uma peça que junta afeto e conceito, subconsciente coletivo e demonstração de singularidade. The show must go on é originalmente uma canção dos Queen e também o nome de um dos trabalhos mais prolíficos do coreógrafo Jérôme Bel. A simplicidade dos seus efeitos confere-lhe o valor de um manifesto concetual. A peça, no entanto, com a sua camada dupla de referências, que quase oculta o seu sentido, é também uma declaração: “o espetáculo tem de continuar”. Torna-se numa afirmação da persistência dos corpos em movimento e da dança. O espetáculo é feito de canções, corpos e declarações. Assemelha-se a uma espécie de karaoke coreográfico em que os intérpretes fazem exatamente o que lhes é dito nas letras das canções, alterando dessa forma a relação entre o que vemos e o que ouvimos, o que esperamos e o que recebemos, o que sentimos e o que percebemos. Desde a sua primeira apresentação, em 2001, The show must go on nunca parou (de seguir em frente).

Concertos Italianos

04/06/2021

14 €

A estreia do maestro Donato Renzetti na Casa da Música marca o regresso do grande violinista Benjamin Schmid ao Porto para interpretar um dos concertos da sua premiada discografia. Ermanno Wolf-Ferrari compôs sobretudo óperas que não foram bem recebidas em Itália mas conquistaram a Alemanha. As peças instrumentais correspondem ao início e ao final da sua carreira, fortemente marcada pela Primeira Guerra Mundial, com o humor refinado das suas óperas a ser substituído pela melancolia. Depois do intervalo, uma obra que dispensa apresentações, sobretudo entre cinéfilos: a música que Nino Rota escreveu para o clássico La Strada de Fellini, cineasta com quem criou uma forte relação artística.

Santa Casa - Portugal ao Vivo

Até 26/06/2021

10 €

Santa Casa Portugal ao Vivo chega ao palco do Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota com 2ª edição, nos meses de maio e junho de 2021. De forma a dar continuidade à parceria entre a Everything is New e a PEV Entertainment e à semelhança da 1ª edição, vão ser produzidos, em simultâneo, 10 espetáculos em Lisboa, e 10 espetáculos no Porto, no Super Bock Arena Pavilhão Rosa Mota, num total de 20 espetáculos, com início a 21 de maio e fim a 26 de junho. Ainda sobre a premissa de “Cultura para Todos” e com o objetivo da retoma e incentivo à Cultura em Portugal, nesta segunda edição, a Santa Casa volta a associar-se à iniciativa enquanto naming sponsor, reforçando o apelo à urgência de voltar a trazer a cultura ao dia a dia de todos os portugueses. Uma necessidade que quer promover o reencontro entre o público e artistas, prometendo trazer aos palcos o melhor da música e da comédia nacional. De modo a garantir a segurança de todos, e a manter o lema de que “A Cultura é Segura”, cada espetáculo é pensado com base no cumprimento rigoroso das normas impostas pela Direção Geral de Saúde (DGS). O uso de máscaras é obrigatório, num espaço delimitado para o efeito, onde todos os lugares estarão identificados, cumprindo o distanciamento obrigatório entre os espectadores que não façam parte do mesmo agregado. Por último, de modo a evitar qualquer tipo de congestionamento entre pessoas, todas as entradas e saídas terão circuitos próprios com a devida sinalização.

Mercado Biológico do Parque da Cidade

Até 31/08/2021

Venda de produtos de agricultura biológica.

Famílias imaginárias

Até 06/06/2021

7 €

Voltando às histórias de amor e afeto, Joana Providência procura agora refletir acerca do que une e constrói uma família. O espetáculo Famílias imaginárias procura desenvolver, ao longo de 2020/2021, um trabalho de proximidade com um grupo de famílias da comunidade portuense, explorando os laços que as unem, mas criando também novas relações de proximidade e cuidado. Uma família constrói-se com diferentes laços e nós, que se enredam de diferentes formas, produzindo tecidos de todas as cores e feitios. Famílias imaginárias permitirá não só olhar para famílias já estabelecidas, como criar novas famílias: pode-se procurar no grupo uma avó emprestada ou experimentar irmãos em cena. Tios, pais, mães, avós, primos, etc.: todos os laços que pudermos imaginar podem ser inventados neste projeto. Para Famílias imaginárias Joana Providência convidou também famílias que incluem profissionais das artes performativas, os quais trabalharão em continuidade com a comunidade, tecendo em conjunto a teia de histórias e memórias que resultará neste espetáculo, interpretado e vivido por todos como uma estranha família inventada durante o processo.

Cuecas em 8

05/06/2021

7 €

Quando se é novo num lugar, há um conjunto de confrontos e inquietações que condicionam a estada de uma pessoa nesse novo universo. Cuecas em 8 pretende ser uma espécie de manifesto sobre o processo de adaptação de uma mulher num país estrangeiro, nomeadamente a partir dos testemunhos das próprias intérpretes e de narrativas recolhidas junto de comunidades locais. Estes pareceres, que são, de alguma forma, “padeceres”, exploram como é que os sintomas destas adaptações e inadaptações, partilhados por mulheres de diferentes nacionalidades, se manifestam em intérpretes “não vacinadas”. — Ana Mula

Ornette, What is This?

05/06/2021

14 €

Sem a música de Ornette Coleman o jazz tinha sido outra história. A partir do momento em que lançou os seus álbuns revolucionários The Shape of Jazz to Come e Free Jazz, em 1959 e 60, um mundo novo de possibilidades se abriu. A extraordinária imaginação melódica e rítmica deste saxofonista pedia uma liberdade que precisava de explorar outros caminhos, e a verdade é que a sua musicalidade assume toda a negritude que o jazz transporta desde as raízes. A Orquestra Jazz de Matosinhos encontra-se com a música deste grande mestre do jazz e propõe um conjunto de novos arranjos para temas que são uma porta aberta para a intensa expressão musical dos solistas. Como convidados conta com dois saxofonistas de excepção.

Feira dos Passarinhos

Até 31/12/2022

Feira tradicional, de cariz popular, com alguns anos de atividade, onde pode adquirir aves, enquanto animais de companhia. É permitida, a comercialização de gaiolas, comedouros, bebedouros, poleiros, alimentação e demais artigos necessários para o alojamento, manutenção e criação. Mesmo que a intenção não seja comprar encante-se com os cantares das aves, com as suas cores e o movimento da feira. Ao passar pela feira ninguém escapa ao deslumbramento de olhar o Rio Douro e as pontes.

Feira de Numismática, Filatelia e Colecionismo

Até 31/12/2022

Local de encontro de vários colecionadores, esta feira tem como objeto a venda e troca de moedas, postais, selos e outros objetos colecionáveis afins. Realiza-se debaixo das arcadas dos prédios que rodeiam a praça.

Feira da Pasteleira

Até 31/12/2022

Com muitos anos de existência, esta feira é já uma tradição sociocultural. É muito procurada, quer pelos moradores do Bairro da Pasteleira, quer pela população em geral. Vendem-se aqui diversos produtos, nomeadamente produtos alimentares, roupa, calçado e têxteis lar. Localização: Rua Bartolomeu Velho

Plant Data

Até 27/06/2021

A Galeria da Biodiversidade acolhe o projeto Plant Data, de Yota Ayaan em colaboração com Mariana Sottomayor e Stefaan Van Leuven. Plant Data é um projeto na intersecção de arte e ciência, que interpreta dados obtidos de plantas, traduzindo-os em som. A obra é composta por um conjunto de dezenas de freixos e um sistema de altifalantes multicanal instalados no Átrio Central da Galeria da Biodiversidade. O espaço vibra com uma peça sonora de vinte e quatro horas, baseada em dados numéricos obtidos das ‘emissões acústicas’, ou EAs, de freixos, registados por um sistema de deteção de última geração, no laboratório de Kathy Steppe da Universidade de Ghent.

IAN

06/06/2021

12 €

Um palco, um violino, uma voz, um piano, uma série de luzes led pequenas a brilhar, efeitos e máquinas. Em palco IAN está só... Mas ela, a música e a imagem estão lá… está lá tudo. Quando nos damos conta, afinal o palco de IAN está cheio. Cheio de elegância, de modernidade, de estranheza, de solidão e vivências, de alegrias e tristezas, de inconformismos e inconformidades, de problemas e soluções. As viagens de IAN em palco começam sós, mas rapidamente nos juntamos à viagem, sentamo-nos ao lado dela, olhamo-la nos olhos e deixamo-nos por vezes dançar.

Quanto mais debates... A Felicidade

07/06/2021

Passámos o último ano a ver os grandes debates da atualidade. Primeiro as medidas de confinamento, a seguir os muitos debates para as eleições presidenciais, depois os planos de recuperação e resiliência, sempre com moderadores e convidados que já ouvimos em todos os canais. Em “Quantos mais debates…”, vamos virar tudo ao contrário. Queremos ouvir novas vozes, com destaque para aquelas que, por norma, estão arredadas do debate público. Sem-abrigo e empreendedores, crianças e reformados, profissionais liberais e profissionais do sexo, músicos, escritores, escriturários, sete convidados em cada conversa, reunidos no Coliseu para pensar e discutir sobre os temas que nos unem, independentemente das nossas origens e ocupações: o amor, a liberdade, a confiança, a felicidade, a cidadania, a morte. Temas essenciais para todos nós, que não obedecem à atualidade, mas que, naturalmente, são afetados por ela. Nestas conversas haverá mais dúvidas do que certezas. Partilharemos com os outros a incompletude que nos é comum, independentemente do que sejamos, do que façamos, do que tenhamos. E derrubaremos juntos os preconceitos que nos fazem ignorar o tanto que nos une. Entrada gratuita mediante levantamento de ingresso na Bilheteira do Coliseu. Bilhetes disponíveis a partir das 13h00 do próprio dia (máximo 2/ por pessoa)

Moullinex

09/06/2021

17 €

Para Moullinex, uma pista de dança é “um elemento capaz de mudar sociedades”. Depois de um ano em que as relações passaram, na sua maioria, a um plano digital, Luís Clara Gomes junta ciência e arte para criar empatia entre desconhecidos. No seu quarto álbum, Requiem For Empathy, criou um laboratório de experimentação, em conjunto com músicos, neurocientistas e psicólogos, para perceber como se pode medir essa empatia entre desconhecidos ou como pode um artista contribuir para isso. Moullinex dirige agora este laboratório sonoro, guiando-nos com canções e vozes que exploram os confins do universo pop, acompanhadas por um vídeo realizado em tempo real que traduz as emoções em palco.

Cavalleria Rusticana

09/06/2021

15 €

80 anos são história, missão, tradição e responsabilidade. 2021 assinala o regresso de projetos que fazem parte da génese do Coliseu, e a ópera é uma das principais apostas. A primeira produção é “Cavalleria Rusticana”, de Pietro Mascagni, com estreia marcada para 9 de junho. Considerada a primeira ópera verista italiana, corrente que introduziu um maior realismo na narrativa, por oposição ao romantismo, “Cavalleria Rusticana” é uma ópera em um ato onde o amor, a traição e a vingança são os ingredientes principais. A ação decorre na manhã de Páscoa, numa aldeia Siciliana, e conta a história de Turiddu e de Santuzza. Ao regressar a casa do serviço militar, Turiddu descobre que a sua noiva, Lola, se casou com Alfio, um rico camponês. Na esperança de lhe provocar ciúmes, Turiddu seduz Santuzza. Lola acaba por se envolver com Turiddu, e Santuzza, de coração partido, revela a Alfio a infidelidade entre os dois amantes. Desafiado por Alfio para um duelo, Turiddu despede-se da mãe e parte para o seu encontro fatal. Estreada em Roma, em 1890, a obra-prima de Pietro Mascagni vai ser apresentada no Coliseu Porto Ageas com corpos artísticos e solistas nacionais de grande talento, a anunciar em breve, numa produção que marca o grande regresso da ópera a este teatro.

KastroKriola

Até 12/06/2021

Em KastroKriola, o dramaturgo cabo-verdiano Caplan Neves recria Castro, de António Ferreira, propondo uma crioulização cénica que tenta desvendar como este texto clássico simbolicamente ecoa num Cabo Verde de hoje. A tragédia da contenda real é revista sob o prisma das intrigas internas dos partidos políticos das democracias do nosso tempo. Se, na obra de Ferreira, o risco de ocupação estrangeira e de impureza de “um ouro limpo” é o móbil da punição do amor de Pedro e Inês, em KastroKriola é o escândalo da relação homoafetiva declarada entre Petra – mulher de futuro promissor no círculo do poder – e Kastro que vem “insendiá ese partid y ese paíj”. Ambas enfrentam também a perseguição dos seus pares por “razões de estado” e usam das mesmas armas perante a cegueira e a tirania. Diz-se de Petra: “El obedese un ordem maior: se korason.” KastroKriola culmina uma residência de artistas cabo-verdianos no TNSJ, dirigidos por Nuno Cardoso e em trabalho estreito com as nossas equipas, tornada possível pelo acordo de cooperação celebrado em setembro de 2019 entre o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, o Ministério da Cultura de Portugal e o São João.

ELENIT

Até 12/06/2021

12 €

Euripides Laskaridis expande o seu universo cénico com uma nova peça para muitos corpos. Um espaço onde as coisas que sabemos que conhecíamos ficam para trás. ELENIT é uma tragédia cómica com personagens comoventemente reais e meticulosamente executadas, mas despudoradamente imaginárias. Personagens que existem numa máquina interessada apenas na urgência do momento. Euripides Laskaridis explora o ridículo e a transformação para analisar a perseverança da humanidade perante o desconhecido. As suas obras caracterizam-se por uma sensação de caos contido: imersões profundas e detalhadas que exploram o que somos mantendo-se fiéis às especificidades de um olhar muito pessoal. Não convencionais e não lineares, jogam com as possibilidades do que nos rodeia – quebrando, distorcendo, modernizando e brincando com materiais vulgares e os detritos da vida quotidiana para criar o inesperado. O corpo é o suporte através do qual os espaços de Euripides ganham vida. Estas inauguram novos territórios que alternam bruscamente entre o hilariante e o aflitivo, o grotesco e o comovente, o assustador e o absurdo. ELENIT é uma peça de conjunto para dez criaturas e uma turbina eólica que renuncia à razão para forjar um espaço sem passado ou futuro.

Lenine

11/06/2021

60 €

Lenine, o trovador brasileiro, está de volta a Portugal para apresentar o seu novo disco “Em Trânsito”. Depois de quatro anos de ausência do nosso País, o multi-vencedor dos Prémios Grammy Latinos continua a transformar em música os amores e as questões fraturantes do nosso tempo. “O que me move, o que me incomoda termina sendo a matéria que faço as canções”, conta-nos o artista. “O fato do single do projeto ser "Intolerância" não é gratuito. Ela está sendo a vedete do momento, em todos os universos você vê a intolerância como porta-voz de tudo.” No novo espetáculo, os velhos clássicos que fazem a delícia do seu público não serão esquecidos. 6 Grammys Latinos e 12 Prémios da Música brasileira são um dos seus cartões de visita, mas nada se vai comparar à emoção de o ouvir cantar e tocar ao vivo. Um espetáculo pleno de energia.

Pés de Barro

Até 22/08/2021

Algumas pessoas poderão associar o barro, a olaria e a cerâmica à tradição, e a tradição ao passado. Alguns poderão associar tecnologia, comunicação digital e bancos de dados com o novo, e o novo com o futuro. E se o futuro for uma tecnologia tão antiga e peculiar como o barro? E se afinal o barro for uma matéria que permanentemente se autorrenova e dá ao tempo as suas imprevisíveis configurações? E se o barro for o futuro e o futuro for o barro? E se os pés de barro apenas revelam vulnerabilidade por o resto do corpo ser constituído por um material diferente? E se na verdade os pés de barro enraízam pessoas na terra, ligando as através do mesmo material? E se os pés de barro forem uma forma de estabelecer uma comunicação pós tecnológica, que não requer redes ou cabos? Apenas os nossos muitos, um, dois, oito, vinte pés e algum barro? Estas são algumas das questões e enigmas que as curadoras Chus Martínez (curadora, historiadora de arte, escritora e diretora do Art Institute da FHNW Academy of Art and Design Basel) e Filipa Ramos (escritora, curadora da secção de filme da Art Basel e uma das curadoras da última edição do Fórum do Futuro) puseram em foco, reunindo para isso um conjunto de artistas que têm usado o barro, a olaria e a cerâmica para imaginar, projetar e moldar o mundo em que vivem.

Future Nature de Theritch

Até 12/07/2021

Theritch é uma persona enigmática em constante mutação. Mestre em design, desenvolve a sua própria linguagem que representa um culminar das suas experiências pessoais e profissionais pelo mundo. A criação de caracteres únicos, que identificam cada letra do abecedário latino é a essência da identidade da sua linguagem. Ao encorajar o espectador a fazer um exercício de descodificação, a sua linguagem passa a ter uma conotação literária inerente ao conceito abordado. O futuro (do latim: futurus) é o intervalo de tempo que se inicia após o presente e não tem um fim definido. Referente a algo que irá acontecer, o futuro é o estado utilizado na mecânica clássica para dizer algo que está por vir.

Matías Piñeiro

12/06/2021

3 €

Não perca a Sessão Especial: Matías Piñeiro, no Auditório do Museu de Serralves. Organizada em parceria com a Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, no âmbito de uma residência artística do realizador Matías Piñeiro, a sessão é composta por duas obras inaugurais da filmografia do jovem cineasta argentino: Una Mujer Silenciosa (realizada como trabalho de final de curso na Universidad del Cine) e a sua primeira longa-metragem, El hombre robado. A obra de Piñeiro é rica em apontamentos humorísticos, atenta aos gestos do quotidiano ou a conversas entre amigos, elaborando sedutores jogos de espelhos entre ficção e documentário, entre verdadeiro e falso, prolongando personagens e situações de uns filmes para os seguintes. Eruditos e ecléticos, os filmes do realizador apresentam-se recheados de referências literárias, desenvolvem-se por meios artísticos (museus e teatros) e dialogam com o cinema da Nouvelle Vague, reinventando-o no presente com recurso ao formato anacrónico da película de 16mm. Em El hombre robado integramos uma visita guiada ao Museu de História de Buenos Aires, enquanto nos imiscuímos num esquema de arte falsificada ao ritmo de “Facundo”, a obra-prima do escritor e reformador Domingo Faustino Sarmiento. O filme marca o início de uma colaboração com as atrizes Julia Martínez Rubio, María Villar e Romina Paula, que reaparecerão nos seus filmes seguintes e que se tornaram, entretanto, nas caras da nova geração do cinema argentino.

Inovação Fora de Portas

17/06/2021

Pontes da cidade do Porto No pré-pandemia foi possível conhecer “por dentro” algumas das infraestruturas mais marcantes do Porto, como os túneis da Metro do Porto ou o tabuleiro técnico da icónica Ponte de São João. Nas atuais circunstâncias, a iniciativa “Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra” acontece em casa, em formato digital, mas as viagens prometem zarpar todos os meses. Esta sessão será dedicada às atuais pontes da cidade do Porto e Gaia, aplicando a perspetiva de inovação na engenharia civil. A sessão será acompanhada pela apresentação de vídeo documental.

Other People Place de Ryan Gander

Até 11/09/2021

Carr concebeu um conceito curatorial que dá especial ênfase na participação das pessoas no trabalho de Gander e este será o primeiro e exclusivo esclarecimento deste aspeto na extensa carreira a solo do artista. Este enfoque reúne um contexto adicional no presente, numa altura em que as relações humanas em todo o mundo estão a ser abordadas, reavaliadas e questionadas, e potencialmente renovadas. Gander tornou-se internacionalmente conhecido pela sua produção prolífica que se move incessantemente entre uma infinidade de formas de arte, incluindo a escultura, pintura, desenho, instalação, performance e design gráfico. A abordagem ilimitada da prática de Gander é espelhada no aspeto temático aberto, em camadas e muitas vezes fragmentado da sua obra, que coloca questões de linguagem e conhecimento, bem como o próprio ato de fazer arte. Muitas das obras do artista estão impregnadas de narrativas que aparentemente desmentem a aparência visual das suas obras. Ele coloca pistas que convidam os espectadores a desvendar, decifrar e, finalmente, a formar as suas próprias conexões ao que pode ser visto e ao que é uma ilusão, aliciando a forma como ocorre o nosso conhecimento, perceção e compreensão. Ao mapear o aspeto colaborativo e comunicativo do trabalho realizado por Gander ao longo dos anos, Other People Place extrai relações humanistas e coloca questões fundamentais em primeiro plano no que diz respeiro à nossa experiência vivida. A exposição inclui obras que têm como tema as pessoas, transitando entre formas de representação claras e abstratas. A exposição apresenta artistas e artesãos, bem como a família do artista e, quando o próprio artista é representado, é através da lente de outra pessoa. Numa série de obras inéditas, estão presentes formas de comunicação e linguagem, sugerindo formas de interação recém-descobertas, mas baseadas nas formas sociais de protesto atuais. A rede de relações que existe entre as pessoas dentro e entre as obras apresentadas na exposição - incluindo você, o espectador - também desencadeia outra conversa quando se voltam para a própria galeria, apontando para a sua localização e história. Muitos trabalhos são o resultado de conversas com os artesãos e fabricantes e a sua ajuda. Ocupando um edifício histórico no Porto, a galeria foi um antigo local de trabalho dos pedreiros que outrora exerceram a atividade no edifício e continuam a operar noutro local da cidade.

Inês Brandão Leite

19/06/2021

5 €

Inês Leite nasceu em 2003 e iniciou o estudo de piano aos 6 anos no Conservatório de Música Joly Braga Santos de Portimão. Foi aluna particular de Álvaro Teixeira Lopes, pertencendo atualmente à sua classe de piano e frequentando o 7º grau de piano no Curso de Música Silva Monteiro no Porto. Ficou no terceiro lugar no XIX Concurso Internacional de Piano Cidade San Sebastián, em 2015, e, em Portugal, obteve, entre outros, os primeiros prémios do Concurso Internacional Cidade do Fundão (2011), do Concurso de piano Olga Prats (Palmela, 2012), do Concurso Nacional de Piano São Teotónio (Coimbra, 2011 e 2014) e do XIII Concurso Santa Cecília no Porto.

I AM HUMOR Especial S. João

19/06/2021

17.5 €

Frutorra apresenta I AM HUMOR: Especial São João. O I AM HUMOR está de volta ao Coliseu Porto Ageas no dia 19 de junho, às 21h00. Em vésperas de São João, os nortenhos Fernando Rocha, Miguel 7 Estacas, Hugo Sousa, João Seabra, a dupla Quim Roscas & Zeca Estacionâncio e o inconfundível Toy juntam-se para uma edição especial e exclusiva deste espetáculo de humor. Os sete artistas sobem a palco para um verdadeiro arraial são-joanino, cheio de comédia, música popular e muitas outras surpresas…

Às Voltas com as Aromáticas

20/06/2021

12 €

No Parque de Serralves existe uma grande diversidade de plantas que podem ser aproveitadas para a nossa alimentação, saúde e bem-estar, as plantas aromáticas, condimentares e medicinais. Através da exploração sensorial, vamos observar, cheirar, sentir e conhecer o fascinante mundo destas plantas. Deixa-te contagiar pela diversidade de caraterísticas destes curiosos seres e vem conhecê-los melhor.

São João: Continua a Tradição na Terra do Dragão

20/06/2021

5 €

Vem aí o São João Vai chegar depressinha Tenho de ir à Terra do Dragão Chegar a brasa à minha sardinha! Quadra já temos, e até pode ser uma boa ideia para juntar a esta atividade pedagógica, mas muito divertida, como manda a regra do São João no Museu FC Porto. Os adultos ajudam os mais novos e todos vão dar uso à criatividade para fazerem sardinhas bem especiais com arame, linhas e tinta. Dá para imaginar a barrigada de animação em família!

Rope | Sauve Qui Peut (La Vie)

22/06/2021

3 €

Rope é uma “reconstrução” fotográfica do famoso conto de Ambrose Bierce, An Occurrence at Owl Creek Bridge: um homem, à beira de uma ponte, uma corda ao pescoço, prestes a ser enforcado e um amor maior do que a vida (e a morte). Mas, mais do que isso, é também uma investigação sobre as possibilidades da cronofotografia nos dias do cinema digital. Sauve qui peut (la vie) marcou, em 1980, o regresso de Jean-Luc Godard ao circuito mais “convencional” do cinema, depois de alguns anos de ausência em que se dedicou a um cinema de caráter revolucionário. O filme, organizado como uma partitura musical com quatro movimentos (o imaginário, o medo, o comércio e a música), conta com a participação de Isabelle Huppert, do cantor Jacques Dutronc, e Nathalie Baye. Dois filmes onde a decomposição fotográfica do movimento é explorada como ferramenta de interrogação dos próprios mecanismos internos do cinema.

Arcadi Valodos

22/06/2021

18 €

Aclamado como “génio do teclado”, Arcadi Volodos é um dos pianistas mais perfeitos e notáveis do mundo. O seu virtuosismo ilimitado, juntamente com a sua noção singular de fraseado, cor e poesia, tornou-o um narrador ideal das histórias musicais do Romantismo. A recente discografia de Volodos tem sido muito premiada pelas gravações das Sonatas de Schubert, compositor que abre o recital. No programa que assinala o seu regresso à Casa da Música, o pianista incluiu também uma partitura repleta de lirismo e ternura, as Seis Peças para piano de Johannes Brahms.

Quem Saltou do Chapéu Mágico?

26/06/2021

5 €

A pergunta dá que pensar: quem saltou do chapéu mágico? E que chapéu é esse, que tem quem salte lá de dentro? Deve ser um chapéu grande! Ou, então, quem salta lá de dentro, talvez seja pequeno... Quando Rui Ramos sobe ao palco do Auditório Fernando Sardoeira Pinto (Museu), as palavras ganham vida e os contos tornam-se ainda mais mágicos. Sob a batuta engenhosa, performativa do anfitrião, esta é mais uma História com Magia para Dragõezinhos dirigida a crianças. Mas o evento é pensado para a participação em família, porque neste universo de encantar, até os adultos se divertem a valer!

Faça-se Luz: Direção de Fotografia + Je Rentre à la Maison

26/06/2021

Sabine Lancelin é uma das mais experientes diretoras de fotografia europeias, tendo assumido a imagem de muitos dos filmes mais recentes de Manoel de Oliveira – nomeadamente, Je Rentre à la Maison (2001), O Quinto Império: Ontem como Hoje (2005), Belle Toujours (2007), Cristóvão Colombo: O Enigma (2008), Singularidades de uma Rapariga Loura (2009) e O Estranho Caso de Angélica (2011) – e colaborado com realizadores tão marcantes do cinema contemporâneo como Chantal Akerman, Alain Guiraudie, Philippe Grandrieux, Raoul Ruiz, Michel Piccoli, entre outros. Nesta conversa-conferência conduzida por António Preto, diretor da Casa do Cinema, Sabine Lancelin falará dos desafios que se colocam hoje à direção de fotografia em cinema partindo da sua prática com alguns dos realizadores com quem trabalhou e, de um modo particular, das suas colaborações com Manoel de Oliveira. No final apresentar-se-á Je Rentre à la Maison (Vou Para Casa, 2001), o primeiro filme de Oliveira que contou com a colaboração de Sabine Lancelin. Este filme foi diretamente inspirado por um incidente ocorrido durante a rodagem do filme anterior, Palavra e Utopia (2000), em que Manoel de Oliveira convidou o ator Renato De Carmine para, numa emergência de última hora, substituir Michel Piccoli no papel do padre Jeronimo Cattaeno. O diálogo era extenso, o tempo para o decorar era escasso e Oliveira pretendia filmá-lo numa só toma. Apesar de ser um ator experiente, De Carmine enganou-se repetidamente e, em desespero de causa, abandonou o plateau dizendo: «Ritorno a casa». Impressionado com o drama daquele velho ator, Oliveira teve imediatamente a ideia de daí fazer um filme. Piccoli, que involuntariamente fora o causador desta situação, viria a assumir o papel desse mesmo ator consagrado que, no fim da vida, se vê obrigado a sair de cena em “Vou Para Casa”.

Ding Dong

26/06/2021

15 €

Bernardo sabe que a sua mulher, Júlia o engana. Engendra uma maneira de vingar os seus ciúmes. Por telegrama convida o amante, Roberto para ir a sua casa, assinando o telegrama em nome da mulher. No frente-a-frente entre os dois, Bernardo dá-lhe duas opções; ou o mata ou dorme com a mulher de Roberto. Depois de algumas hesitações Roberto concorda com a segunda opção. Bernardo marca para essa mesma noite um jantar em sua casa e de Júlia com o objetivo de conhecer Julieta, mulher de Roberto. O jantar vai assim juntar os quatro mais a empregada, Maria Luisa. Mas Roberto em vez de levar sua verdadeira mulher, leva uma amiga aventureira, desinibida, mais nova e muito atraente a fazer-se passar por sua mulher… Durante as várias peripécias, incómodos, paixões que o jantar suscita aparece mais uma personagem. A verdadeira mulher de Roberto. Estão lançados os ingredientes desta louca comédia de portas. Como é que vai acabar? Nunca se sabe… Sabemos que quase todos mentem… mas será que todos traem? Andreia Dinis, António Machado, Jorge Kapinha, Melânia Gomes, Núria Madruga e Sofia Baessa, prometem uma noite inesquecível!

Somebody Was Trying To Kill Somebody Else | Blow Out

29/06/2021

3 €

A fechar o ciclo Cinema e Fotografia: Visões Espectrais apresenta-se uma sessão assombrada pelo filme canónico sobre a relação entre a imagem em movimento e a imagem fixa: Blow-Up (História de um Fotógrafo, 1966), de Michelangelo Antonioni. Brian de Palma, o mais hitchcockiano dos realizadores da Nova Hollywood, realizou Blow Out sob a égide do filme de Antonioni e a partir de dois episódios pessoais: um desaguisado com o seu misturador de som aquando da pós-produção do seu anterior filme; e a sua obsessão com a investigação ao redor do homicídio de John F. Kennedy. De Palma trabalha, portanto, o género do thriller obsessivo, onde não se trata apenas de mergulhar numa imagem (como Antonioni fazia), mas de mergulhar numa série de imagens sucessivas na sua articulação com o som, ou seja, mergulhar na experiência do cinema. A abrir a sessão apresenta-se Somebody was trying to kill somebody else, de Benjamin Verhoeven, onde o realizador se apropria de imagens da cena da “revelação” fotográfica de Blow-Up e visualiza (no sentido em que o torna visual) o bailado entre fotógrafo e imagem numa perseguição que busca, abstratamente, a própria cauda da representação.

Pour le meilleur et pour le pire

Até 02/07/2021

12 €

Fugindo da ribalta e atuando na terra, o Circo Aïtal é um casal: Victor e Kati. Deitados no chão, berrando e gritando pela vida, fundem-se com os ritmos e a poeira, respirando gasolina, entre os cães, passando do riso às lágrimas, encontrando a morte, sempre na estrada, dentro do carro, tristes, contentes… Pour le meilleur et pour le pire (Na Alegria e na Tristeza) conta a história de dois artistas mergulhados em poesia, rock ‘n’ roll e humor. É sobre a vida de casal e põe a nu o estilo de vida do circo. O rádio do carro está ligado enquanto eles partilham a sua intimidade e a sua relação extraordinária com o público. Executando acrobacias surpreendentes corpo a corpo, jogos de Ícaro, proezas aéreas, números de equilibrismo e por aí fora, Victor e Kati, juntos em palco, apresentam a sua própria visão sobre o circo. Pour le meilleur et pour le pire é um espetáculo de circo forte e envolvente, que promete atacar o melhor e o pior da natureza humana.