Super Circo – Um espetáculo de Sonho

01/03/2021

8 €

O Super Circo apresenta "Um Espetáculo de Sonho"! Veja o ginasta em roda da morte, o equilibrista numa torre de cadeiras, as princesas voadoras, o palhaço Pedrito e muito mais.

O Vírus Corona e o Exército do Bem

01/03/2021

8 €

“O Vírus Corona e o Exército do Bem”. Uma história que nos ensina, a todos, que, sozinhos podemos muito pouco, mas juntos, podemos mudar o mundo. Na companhia da Teresinha, vamos aprender de que forma conseguimos lutar contra este vírus e descobrir como podemos ajudar quem mais precisa. A Teresinha vem dar a conhecer o projeto que toda a família começou a ajudar no início desta pandemia. A Associação SOUMA. Graças à generosidade de muitos que acreditam num bem maior, esta história que agora vos chega sob a forma de "Teatro em Casa", espalha uma mensagem de amor e esperança em tempos conturbados para todos. Venha connosco fazer parte deste "Exército do Bem". Parte do valor deste bilhete reverte a favor da associação SOUMA.

É preciso dizer febre em vez de dizer inocência

08/04/2021

3.5 €

A febre da palavra na voz de cinco intensos e desarmantes poetas de várias gerações: Catarina Costa, Catarina Nunes de Almeida, Francisca Camelo, João Rios e Renato Filipe Cardoso. O sortilégio da escrita, aliado à arte de dizer. A ilustradora Susana Carvalhinhos assina a imagem da sessão — uma estreia absoluta neste ciclo poético. Entre leituras, Amadeu Magalhães, músico multi-instrumentista, solta magia do seu cavaquinho. A fechar a sessão, Ruído Vário junta um trio improvável: Ana Deus (voz), Luca Argel (voz e guitarra) e Fernando Pessoa. Um hálito de música, impregnado nas palavras e no génio de Pessoa. Prometemos ainda instantes fosforescentes na companhia de Hugo van der Ding.

Feira de Artesanato da Batalha

Até 31/12/2022

Esta feira começou de uma forma espontânea na Praça da Batalha onde eram comercializados os produtos manufaturados (bijuteria, carteiras, entre outros). Nos anos 90 a Câmara Municipal do Porto regulamentou esta atividade, através da criação da Feira de Artesanato da Batalha.

Revolução de 24 de Agosto de 1820: Prelúdio do Liberalismo em Portugal

Até 01/08/2021

Inaugura no Museu Militar do Porto, a exposição "Revolução de 24 de Agosto de 1820: Prelúdio do Liberalismo em Portugal", com curadoria Fernando Gonçalves. Aberta ao público durante dez meses (até 1 de agosto de 2021), a mostra expositiva aviva a bravura de um grupo de notáveis cidadãos do Porto, que dava o primeiro passo para o fim da influência inglesa e a decorrente monarquia liberal há 200 anos. O Norte exigia o regresso do Rei, uma Constituição, a justiça e a prosperidade. Estavam lançadas as sementes do progresso e da modernidade em Portugal e há documentos e peças históricas que comprovam.

Nets Of Hyphae de Diana Policarpo

Até 25/04/2021

Convulsões, alucinações, sensações de ardor. O parasita da cravagem que infeta o centeio é conhecido como sendo a causa do ergotismo, ou Fogo de Santo António. Em pequenas doses, o fungo tem sido tradicionalmente usado por curandeiras para provocar abortos. No entanto, o conhecimento destas, assente na experiência e no conhecimento da terra e das plantas, foi erradicado pelo progresso do capitalismo patriarcal, que o substituiu pela obstetrícia. Ainda hoje os historiadores especulam se o ergotismo terá tido um papel nas acusações de bruxaria contra mulheres durante a crise de Salém em 1692, assim como contra os xamãs Sámi nos julgamentos de Finnmark em 1621, e noutras ocasiões. A exposição Nets of Hyphae, de Diana Policarpo, com curadoria de Stefanie Hessler (Diretora da Kunsthall Trondheim), estabelece relações especulativas entre as redes de fungos da cravagem e a saúde das mulheres. Desenvolvidos especificamente no contexto deste projeto, os seus trabalhos em vídeo, animação, têxteis e ambientes sonoros criam paralelos entre o ciclo dos fungos, a justiça reprodutiva e os conhecimentos de parteiras, curandeiras e agricultoras em precariedade e resistência. Centrando-se nas perspetivas feministas dos alucinogénios e trabalhando com a biohacker transfeminista Paula Pin, Policarpo concebe paralelismos especulativos entre o ergotismo, a supressão de conhecimentos ancestrais e a justiça na saúde.

Deslaçar um tormento

Até 19/09/2021

12 €

Esta grande exposição dedicada ao trabalho de Louise Bourgeois (Paris, 1911, Nova Iorque, 2010) cobre um arco temporal de sete décadas, dando a ver obras realizadas pela artista entre finais dos anos 1940 e 2010. Visitada e revisitada em inúmeras exposições realizadas durantes as últimas décadas em diversos espaços museológicos do mundo inteiro, a vasta e singular obra de Louise Bourgeois lida com temas indelevelmente associados a vivências e acontecimentos traumáticos da sua infância – a família, a sexualidade, o corpo, a morte e o inconsciente –que a artista tratou e exorcizou através da sua prática artística. Esta exposição é organizada pela Fundação de Serralves — Museu de Arte Contemporânea e o Glenstone Museum, Potomac, Maryland, EUA, em colaboração com The Easton Foundation, Nova Iorque, e coproduzida com o Voorlinden Museum & Gardens, Wassenaar, Países Baixos. To Unravel a Torment tem curadoria de Emily Wei Rales, Diretora e cofundadora do Glenstone Museum. Em Serralves, a exposição foi organizada por Philippe Vergne, Diretor do Museu, com Paula Fernandes, Curadora. Esta exposição contou com o generoso apoio de Hauser & Wirth Gallery.

R. H. Quaytman

Até 30/05/2021

12 €

R. H. Quaytman emprega técnicas de reprodução mecânica e tradições da arte conceptual para criar séries fechadas de obras divididas em capítulos. As partes subsequentes são numeradas para marcar a passagem do tempo e o gradual completar da vida e do projeto artístico. A artista trata todas as exposições e pinturas apresentadas como um empreendimento criativo. R. H. Quaytman aborda a pintura como se fosse poesia: ao ler um poema, repara-se em palavras específicas, apercebemo-nos de que cada palavra ganha uma ressonância. As pinturas de Quaytman, organizadas em capítulos estruturados como um livro, têm uma gramática, uma sintaxe e um vocabulário. Enquanto o trabalho é delimitado por uma estrutura rígida a nível material - surgem apenas em painéis chanfrados de contraplacado em oito tamanhos predeterminados resultantes da proporção áurea -, o conteúdo de final aberto cria permutações que resultam num arquivo sem fim. A prática de Quaytman envolve três modos estilísticos distintos: serigrafias baseadas em fotografias, padrões óticos, como moiré e tramas cintilantes, e pequenos trabalhos a óleo pintados à mão. O trabalho de Quaytman, apresentado pela primeira vez em Portugal, aponta para as novas possibilidades da pintura de hoje, o que é uma pintura, um ícone? Quais são os meios da pintura numa cultura saturada pela estimulação visual, da fotografia à floresta digital dos signos? A pintura aina é um meio relevante para partilhar a nossa história? A exposição é coorganizada pelo Muzeum Sztuki in Lódz, Polónia, e pela Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto. Comissariada por Jaroslaw Suchan.

No History In A Room Filled With People With Funny Names 5

Até 13/06/2021

12 €

Esta é a primeira exposição em Portugal de Korakrit Arunanondchai (Tailândia, 1986), artista que se move entre os campos do vídeo, da performance, da escultura e da instalação e que se divide entre duas culturas: a do oriente, onde nasceu e cresceu e a ocidental, em particular a dos EUA, onde a partir de 2009 estudou artes e onde tem vivido nos últimos anos (alternando com estadas na Tailândia). A obra de Arunanondchai explora e relaciona temas como religião e mitologia orientais, ambiente, ecologia, música, geopolítica e desenvolvimento tecnológico, contrapondo a espiritualidade asiática ao pragmatismo ocidental. Arunanondchai reflecte sobre a vida contemporânea e a situação da humanidade no tempo da tecnologia, especulando sobre as consequências do Antropoceno, era recentemente definida e que marca o efeito da actividade humana enquanto força ambiental dominante no planeta, capaz de alterar a sua composição geológica. Na sua prática, o artista recorre a acontecimentos e experiências de cariz autobiográfico. Em várias obras, amigos e familiares participam e são de alguma forma envolvidos no trabalho. No history in a room filled with people with funny names 5 (2019) é uma instalação feita em parceria com o artista Alex Gvojic (E.U.A., 1984), amigo com quem tem vindo a trabalhar há vários anos. Boychild, artista ligada à performance e à dança que tem regularmente colaborado com Korakrit Arunanondchai, é também uma figura presente nesta obra. No history in a room filled with people with funny names 5 envolve o espectador num ambiente nocturno e misterioso em que uma tripla projeção vídeo é conjugada com raios laser emitidos a partir de uma escultura que sugere uma figura humana jacente. A terra que cobre o chão e a presença de materiais naturais (conchas, ramos) lembram um ambiente pré- ou pós- histórico. No history in a room filled with people with funny names 5 congrega uma grande diversidade de imagens e de sons, criando uma atmosfera excessiva, envolvente e perturbadora. Os vídeos juntam filmagens originais — como as registadas por um drone da estação de rádio de Ramasum Camp, símbolo da história recente da Tailândia enquanto aliada dos EUA durante a guerra do Vietname e agora transformada em destino turístico — e outras pré-existentes, como a transmissão televisiva do episódio mediático do resgate de 12 rapazes e do seu treinador de futebol que ficaram presos numa gruta na Tailândia em 2018. Esta obra foi inicialmente encomendada pelo Centre d’Art Contemporain Genève para a Biennale of Moving Image de 2018 e apresentada na Bienal de Veneza em 2019.

Hugo Canoilas

Até 09/05/2021

12 €

Especificamente concebida para a sua Galeria Contemporânea, a primeira exposição de Hugo Canoilas (Lisboa, 1977) no Museu de Serralves confirma e expande algumas das preocupações que melhor definem a prática deste artista: a especulação sobre as relações entre arte e realidade (eventos políticos e sociais), a interrogação sobre as características e limites da pintura, e a ênfase conferida ao trabalho colaborativo. Com formação em pintura, Canoilas tem vindo a examinar o lugar deste meio artístico, a forma como ele é percecionado quer por visitantes de museus quer por transeuntes (o artista é conhecido por intevenções no espaço público que nunca são anunciadas como obras de arte). No caso desta exposição em Serralves, Canoilas prescinde do lugar onde mais naturalmente esperamos ver pinturas - as paredes da galeria -, e decide intervir no chão, no rodapé e no teto da Galeria Contemporânea - espaços negligenciados por quase todas as exposições de pintura. No chão apresentam-se três peças em vidro colorido que representam medusas. Realizadas na Marinha Grande, estas águas-vivas - possíveis símbolos do aquecimento climático, mas também das ideias de informe e de metamorfose na origem de vários trabalhos de Hugo Canoilas - devem poder ser pisadas pelos visitantes da exposição. O protagonismo conferido ao solo é confirmado pelo rodapé-pintura (em forma de caixa de luz, com uma pintura em linho no exterior esticada como uma tela, delimitando o espaço da exposição) em que o artista dá visibilidade a um elemento arquitetónico tão comum quanto despercebido. Já no teto da sala, Hugo Canoilas criará uma pintura gestual que, à imagem das suas mais recentes pinturas abstratas, parte de imagens da flora e fauna do fundo do mar. Saliente-se que a pintura também funciona como uma caixa de luz que cria uma aura na sala, afetando a perceção das medusas. As medusas sáo animais fascinantes, que ao longo dos seus invulgares ciclos de vida passam por várias metamorfoses, reproduzem células de formas inusitadas. A sua observação, que testemunha variações dramáticas de configuração, desafia todas as conceções de estabilidade, todas as ideias sobre a relação entre as partes e integralidade. Exatamente como esta exposição de Hugo Canoilas, composta de três elementos distintos - Chão, rodapé e teto - que se afetam mutuamente (em cooperação, simbiose competição, predação e parasitismo) e que é exemplar de uma prática artística que não se cristaliza numa forma, mas que constantemente se interroga nos seus limites, funções e pressupostos.

Manoel de Oliveira Fotógrafo

Até 27/06/2021

12 €

As mais de cem fotografias que se apresentam na exposição Manoel de Oliveira Fotógrafo são uma das grandes surpresas que o arquivo pessoal do realizador, integralmente depositado em Serralves, reservava. Produzidas entre os finais de 1930 e meados dos anos 1950, estas imagens, guardadas durante várias décads e na sua maioria inéditas, revelam uma faceta desconhecida de Oliveira e abrem novas perspectivas sobre a evolução da sua obra. A passagem de Manoel de Oliveira pela imagem estática é uma etapa determinante do seu percurso como cineasta. Em diálogo tanto com o pictorialismo como com o construtivismo e com as experiências da Bauhaus, as suas fotografias estão a meio caminho entre a exploração dos valores clássicos da composição e o espírito modernista que animou toda a primeira fase da sua produção cinematográfica. Investida, quase sempre, de propósitos artísticos, a fotografia é para o realizador um instrumento de pesquisa formal e de experimentação, uma obra de modalidade para interrogar, muitas vezes um relação direta com os filmes, a construção de uma linguagem visual própria. As imagens que agora dão a conhecer acrescentam, certamente, um novo capítulo à história da fotografia portuguesa dos anos 1940. Mas elas constituem, também, um precioso instrumento para enquadrar o modo como Manoel de Oliveira passa a assegurar, durante um período de dez anos, a direção de fotografia dos seus próprios filmes, bem como para contextualizar, numa perspetiva mais ampla, o rigor de composição que, de uma maneira geral, caracterizam todos os seus filmes. Olhando para estas imagens, não interessará muito saber onde começa o fotógrafo e onde acaba o cineasta, nem definir, com precisão, até que ponto o primeiro poderá ter tomado por vezes, o lugar do segundo. Importará, sim, questionar o modo como esta convivência estre dois modos de ver e de pensar se corporiza na obra de Manel de Oliveira. Curadoria de António Preto, Diretor da Casa do Cinema Manoel de Oliveira. Todas as fotografias expostas pertencem ao Acervo de Manoel de Oliveira, Casa do Cinema Manoel de Oliveira - Fundação de Serralves, Porto.

Mercadinho da Ribeira

Até 31/08/2021

Feira urbana que pretende contribuir para a manutenção do carácter típico e pitoresco da antiga venda de rua, integrada na estratégia de animação da cidade. Vendem-se aqui atoalhados e outros produtos de promoção turística da Cidade.

UTOPIA!?

Até 29/08/2021

12 €

Esta será a primeira exposição em Portugal da celebrada artista indiana Nalini Malani (Carachi, Índia indivisa, 1946). Amplamente conhecida pelas suas pinturas e desenhos, a mostra em Serralves mostra uma faceta do seu trabalho igualmente relevante mas com que os públicos estão porventura menos familiarizados, apresentando exclusivamente as suas animações desenvolvidas entre finais dos anos 1960 e a atualidade. Foi no final da década de 1960, numa cena artística indiana dominada por homens, que Nalini Malani emergiu como uma voz provocatória e feminista, igualmente pioneira no trabalho com meios artísticos como o cinema experimental, o vídeo e a instalação. Além de dar voz às mulheres, a artista sempre se destacou como uma artista preocupada com questões sociais, conferindo protagonismo aos marginalizados através de histórias visuais (animações, nomeadamente) que exploram temas como o feminismo, a violência, as tensões raciais e os legados pós-colonialistas. As animações reunidas na exposição em Serralves, realizadas entre 1969 e 2020, foram agrupadas sob o signo da Utopia (este é aliás o título da mais antiga obra apresentada), relacionando-se, por um lado, com o sentimento utópico que se seguiu à independência da Índia e, por outro, com a desilusão em relação àquilo que o país se tornaria, governado por regras ditadas pela ortodoxia religiosa. De qualquer forma, os trabalhos de Malani transcendem os traumas nacionais para tratarem injustiças sociais globais. É o caso da grande instalação imersiva que encerra a exposição, composta por nove projeções vídeo de animações e frases. Can You Hear Me? embora tenha partido de uma violenta história passada na Índia, a morte violenta de uma criança, é uma ode a todos aqueles que não têm voz. Realizada entre 2017 e 2020, a instalação é composta por animações em que se sobrepõem imagens realizadas pela artista e fragmentos de citações de escritores tão influentes como Hannah Arendt, James Baldwin, Bertolt Brecht, Veena Das, Faiz Ahmad Faiz, Milan Kundera, George Orwell e Wislawa Szymborska. Segundo a artista, Can You Hear Me? corresponde ao tipo de animação a que se tem dedicado mais recentemente, a que chama cadernos de notas [notebooks] e que são realizados digitalmente num iPad. Malani já afirmou: “Quando eu vejo ou leio alguma coisa que captura a minha imaginação, tenho a necessidade de reagir através de um desenho ou de desenhos em movimento. Não exatamente na sua forma mimética mas mais como uma ‘Memória Emoção’. Sinto-me como uma mulher com pensamentos e fantasias que são disparados da sua cabeça. Cada um deles pode conter ideias diferentes e não parecerem ser da mesma pessoa. Cada uma dessas vozes na minha cabeça precisa portanto de uma diferente caligrafia.”

Jorge Molder

Até 03/10/2021

Esta exposição, apresentada no mezanino da Biblioteca de Serralves, reúne uma seleção de obras de Jorge Molder (Lisboa, 1947) feita a partir de um conjunto mais vasto existente no acervo de Serralves. São apresentadas fotografias das séries “T. V.” (1995), “La Reine vous salue” (2001), “Tangram” (2004/08), “Call for Papers” (2013) e ainda “Zizi” (2013). O trabalho de Molder é conhecido sobretudo pelas suas fotografias a preto e branco, em que o artista se autofotografa (apenas o rosto, corpo inteiro ou as mãos) vestindo habitualmente fato escuro e camisa branca, ideia que é contrariada pelas duas séries mais recentes. As referências provenientes da literatura, do cinema, da música ou da história da arte, bem como o quotidiano, vida e a sua natureza incerta e imprevisível, são fundamentais na sua obra, na medida em que podem constituir o ponto a partir do qual se pode derivar e construir algo. Neste sentido, e pelo facto da exposição ter lugar na Biblioteca, a mostra é complementada com um conjunto de referências bibliográficas importantes para o artista disponíveis para consulta e com a apresentação de alguns dos seus livros e catálogos de exposições.

Roni Horn: Some Thames

Até 29/08/2021

12 €

Roni Horn (Nova Iorque, 1955) é uma artista norte-americana que vive entre Nova Iorque e Reiquejavique, na Islândia. Desde muito jovem desenvolveu um profundo gosto pela literatura e pela filosofia, que antecedeu o seu interesse pelas artes visuais e que a levou a considerar a sua biblioteca um motor estruturante para si e para a sua obra. A prática do desenho é central e fundamental no trabalho de Horn, que também tem vindo a utilizar outros meios, como a escultura, a fotografia e os livros de artista. As viagens e a imersão na paisagem – sobretudo a da Islândia – são fundamentais na sua obra, que explora temas como o tempo meteorológico e a ecologia, a par com a memória, a identidade e a mutação. A representação do mundo exterior é usada como artifício ou metáfora para chegar a um espaço interior e mental. Estas oito fotografias do rio Tamisa fazem parte do conjunto de 80 que Serralves apresentou na sua exposição individual em 2001 e que foram na altura adquiridas para a Coleção. Em Some Thames [Alguns Tamisas] (2000-2001), Horn capta momentos do fluxo do rio Tamisa, obtendo um conjunto de imagens aparentemente abstratas e muito semelhantes entre si. Mas na verdade são imagens realistas e existem infinitas diferenças entre elas, ainda que impercetíveis a um olhar menos atento. Por um lado, esta abordagem encerra uma referência à experiência e à perceção que cada um de nós tem da passagem do tempo. Por outro, a água, frequentemente representada ou evocada no trabalho da artista, é uma alusão à vida, ao corpo, à sexualidade, mas também à morte. Conforme nos conta a literatura – nomeadamente Charles Dickens e Joseph Conrad –, nas águas escuras do Tamisa foram largados os corpos de muitos daqueles que sofreram mortes violentas, como foram muitos aqueles que nelas cometeram suicídio.

Transmission Tower: Sentinel

Até 29/08/2021

12 €

Dara Birnbaum (Nova Iorque, 1946) é uma artista norte-americana que se notabilizou desde os anos 1970 com os seus trabalhos em vídeo. Nessa época, a televisão exercia uma enorme influência na vida das pessoas, era a principal e mais influente fonte de informação na sociedade, hoje ampliada pela internet. Birnbaum analisa criticamente o universo televisivo, usando frequentemente as imagens difundidas por esse meio, interrompendo-as, repetindo-as e editando-as. A partir da década de 1990, começou a criar instalações vídeo de grande formato, constituídas por vários ecrãs de televisão. Especialmente encomendada para a Documenta IX de Kassel, Transmission Tower: Sentinel [Torre de transmissão: Sentinela] (1992) analisa a influência da televisão na política norte-americana, neste caso a propósito da Primeira Guerra do Golfo, iniciada em 1991. Oito monitores vídeo, fixados em secções de uma torre de transmissão, formam uma linha que descreve o trajeto de uma bomba lançada de um avião de carga. Em cada monitor são transmitidas imagens de George Bush a discursar no Congresso Nacional Republicano, em 1988. Ao mesmo tempo, imagens do poeta Allen Ginsberg a ler o seu poema antimilitarista Hum Bom!, escrito por ocasião da Guerra do Vietname e reescrito para a Guerra do Golfo, numa Convenção Nacional de Estudantes de 1988, percorrem o totem de monitores.

Mercado da Ribeira

Até 31/08/2021

O Mercado da Ribeira é constituído por 10 lojas, e foi criado após a renovação do antigo mercado. Produtos alimentares na sua vertente tradicional, produtos de interesse turístico e promocionais, e restauração. Localização: Cais da Ribeira (Junto ao pilar norte da Ponte D. Luís I)

50 Anos de fotografia - 1970-2020 de Alfredo Cunha

Até 02/05/2021

Este Alfredo Cunha de quem se fala é o homem com a sua câmara e o seu olhar. Qualquer bom fotojornalista intui, antes de o saber claramente, que uma imagem, que deve encerrar todo um conteúdo e uma sedução, é, sempre foi, um momento decisivo. Antes de ser definido por Cartier-Bresson, já existia na mente de quem fotografa o acontecimento, o rosto e o movimento. Na longa carreira de 50 anos de Alfredo Cunha, muita coisa mudou: o país que fotografa; o equipamento que usa — já longe da primeiríssima Petri FT, da Leica M3, que começou a usar em 1973, e das Leicas que se seguiram e a que se manteve sempre fiel; o suporte — do analógico, maioritariamente preto e branco, ao digital, que pratica desde 2003. A imagem fotojornalística responde à exigência de concordância com o texto, também se liga ao onde, quando, como e porquê. Porém, quando o fotógrafo já definiu o seu estilo — e é esse o caso de Alfredo Cunha —, a sedução da imagem sobrepõe-se à sedução da notícia. Em todas elas se torna difícil associar a imagem a um estilo pois Alfredo Cunha ultrapassa a corrente do momento e o tema. E é neste sentido que podemos dizer, com Barthes, que as suas fotografias resultam sem código, dependem da transmissão do seu para nosso afeto. Teresa Siza (texto adaptado)