26 Outubro 2020 a 1 Novembro 2020

"Playing w/ Stupidity"

22/10/2020

"Playing w/ Stupidity" é resultado de uma colaboração entre os artistas Cardoz (João Cardoso) e Narso (Bernardo Fernandes) e procura retratar a dependência que temos do mundo online, surgindo num momento em que o tema da desinformação e da propaganda política tem vindo a adquirir maior relevância na sociedade. Nesse sentido, o duo pretende que a sua arte, que se desdobra em esculturas e quadros, seja um veículo de consciencialização para o controlo subtil a que todos acabamos por estar sujeitos através dos aparelhos eletrónicos que nos acompanham no dia-a-dia e nos leve a questionar se existe realmente livre arbítrio por detrás das nossas ações. A exposição estará patente em Lisboa, na Rua do Beato n.º 30, de 1 a 18 de outubro, e no Porto, no Hard Club, de 22 de outubro a 8 de novembro.

Feira de Artesanato da Batalha

Até 31/12/2022

Esta feira começou de uma forma espontânea na Praça da Batalha onde eram comercializados os produtos manufaturados (bijuteria, carteiras, entre outros). Nos anos 90 a Câmara Municipal do Porto regulamentou esta atividade, através da criação da Feira de Artesanato da Batalha.

R. H. Quaytman

Até 30/05/2021

12 €

R. H. Quaytman emprega técnicas de reprodução mecânica e tradições da arte conceptual para criar séries fechadas de obras divididas em capítulos. As partes subsequentes são numeradas para marcar a passagem do tempo e o gradual completar da vida e do projeto artístico. A artista trata todas as exposições e pinturas apresentadas como um empreendimento criativo. R. H. Quaytman aborda a pintura como se fosse poesia: ao ler um poema, repara-se em palavras específicas, apercebemo-nos de que cada palavra ganha uma ressonância. As pinturas de Quaytman, organizadas em capítulos estruturados como um livro, têm uma gramática, uma sintaxe e um vocabulário. Enquanto o trabalho é delimitado por uma estrutura rígida a nível material - surgem apenas em painéis chanfrados de contraplacado em oito tamanhos predeterminados resultantes da proporção áurea -, o conteúdo de final aberto cria permutações que resultam num arquivo sem fim. A prática de Quaytman envolve três modos estilísticos distintos: serigrafias baseadas em fotografias, padrões óticos, como moiré e tramas cintilantes, e pequenos trabalhos a óleo pintados à mão. O trabalho de Quaytman, apresentado pela primeira vez em Portugal, aponta para as novas possibilidades da pintura de hoje, o que é uma pintura, um ícone? Quais são os meios da pintura numa cultura saturada pela estimulação visual, da fotografia à floresta digital dos signos? A pintura aina é um meio relevante para partilhar a nossa história? A exposição é coorganizada pelo Muzeum Sztuki in Lódz, Polónia, e pela Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto. Comissariada por Jaroslaw Suchan.

Hugo Canoilas

Até 09/05/2021

12 €

Especificamente concebida para a sua Galeria Contemporânea, a primeira exposição de Hugo Canoilas (Lisboa, 1977) no Museu de Serralves confirma e expande algumas das preocupações que melhor definem a prática deste artista: a especulação sobre as relações entre arte e realidade (eventos políticos e sociais), a interrogação sobre as características e limites da pintura, e a ênfase conferida ao trabalho colaborativo. Com formação em pintura, Canoilas tem vindo a examinar o lugar deste meio artístico, a forma como ele é percecionado quer por visitantes de museus quer por transeuntes (o artista é conhecido por intevenções no espaço público que nunca são anunciadas como obras de arte). No caso desta exposição em Serralves, Canoilas prescinde do lugar onde mais naturalmente esperamos ver pinturas - as paredes da galeria -, e decide intervir no chão, no rodapé e no teto da Galeria Contemporânea - espaços negligenciados por quase todas as exposições de pintura. No chão apresentam-se três peças em vidro colorido que representam medusas. Realizadas na Marinha Grande, estas águas-vivas - possíveis símbolos do aquecimento climático, mas também das ideias de informe e de metamorfose na origem de vários trabalhos de Hugo Canoilas - devem poder ser pisadas pelos visitantes da exposição. O protagonismo conferido ao solo é confirmado pelo rodapé-pintura (em forma de caixa de luz, com uma pintura em linho no exterior esticada como uma tela, delimitando o espaço da exposição) em que o artista dá visibilidade a um elemento arquitetónico tão comum quanto despercebido. Já no teto da sala, Hugo Canoilas criará uma pintura gestual que, à imagem das suas mais recentes pinturas abstratas, parte de imagens da flora e fauna do fundo do mar. Saliente-se que a pintura também funciona como uma caixa de luz que cria uma aura na sala, afetando a perceção das medusas. As medusas sáo animais fascinantes, que ao longo dos seus invulgares ciclos de vida passam por várias metamorfoses, reproduzem células de formas inusitadas. A sua observação, que testemunha variações dramáticas de configuração, desafia todas as conceções de estabilidade, todas as ideias sobre a relação entre as partes e integralidade. Exatamente como esta exposição de Hugo Canoilas, composta de três elementos distintos - Chão, rodapé e teto - que se afetam mutuamente (em cooperação, simbiose competição, predação e parasitismo) e que é exemplar de uma prática artística que não se cristaliza numa forma, mas que constantemente se interroga nos seus limites, funções e pressupostos.


"Playing w/ Stupidity"

22/10/2020

"Playing w/ Stupidity" é resultado de uma colaboração entre os artistas Cardoz (João Cardoso) e Narso (Bernardo Fernandes) e procura retratar a dependência que temos do mundo online, surgindo num momento em que o tema da desinformação e da propaganda política tem vindo a adquirir maior relevância na sociedade. Nesse sentido, o duo pretende que a sua arte, que se desdobra em esculturas e quadros, seja um veículo de consciencialização para o controlo subtil a que todos acabamos por estar sujeitos através dos aparelhos eletrónicos que nos acompanham no dia-a-dia e nos leve a questionar se existe realmente livre arbítrio por detrás das nossas ações. A exposição estará patente em Lisboa, na Rua do Beato n.º 30, de 1 a 18 de outubro, e no Porto, no Hard Club, de 22 de outubro a 8 de novembro.

Feira de Artesanato da Batalha

Até 31/12/2022

Esta feira começou de uma forma espontânea na Praça da Batalha onde eram comercializados os produtos manufaturados (bijuteria, carteiras, entre outros). Nos anos 90 a Câmara Municipal do Porto regulamentou esta atividade, através da criação da Feira de Artesanato da Batalha.

IV Encontro Nacional de Literaturismo

27/10/2020

A verdade é que tudo continua ligado... Cá estamos nós a insistir mais uma vez, com isto do Literaturismo... Pois é, e a razão é simples: achamos que Literatura, Património, Turismo e Gastronomia andam todos ligados. E se não estão, deveriam estar... Como entendemos que deve ser assim, vimos pela quarta vez declamar que ainda há bastante caminho para andar, há viagens que têm que ser feitas e descobertas, autores que ganham em ser lidos e relidos, saberes que têm de comunicar uns com os outros, e sabores que só estão à espera que lhes demos oportunidades para se revelarem--- - José Valle de Figueiredo

"Waves and Whirlpools" de Luís Lázaro Matos

Até 15/11/2020

Inspirado na forma triangular do espaço da Mezzanine da Galeria Municipal do Porto como uma potencial metáfora do Triângulo da Bermudas, Luís Lázaro Matos irá transportar-nos para um remoinho de imagens caleidoscopicamente suspensas no espaço. Progressivamente interessado nos processos contemporâneos de constante monetização e vigilância no espaço cibernético, o artista tem-se preocupado ultimamente con intersecções entre a leveza da arquitectura moderna de vidro e a transparência das redes sociais. Será esta àrea triangular na Galeria Municipal do Porto não apenas um espaço expositivo, mas também um lugar de desaparecimento? Waves and Whirlpools tem curadoria de Martha Kirszenbaum, curadora do pavilhão de França na 58ª Bienal de Veneza, 2019.


"Playing w/ Stupidity"

22/10/2020

"Playing w/ Stupidity" é resultado de uma colaboração entre os artistas Cardoz (João Cardoso) e Narso (Bernardo Fernandes) e procura retratar a dependência que temos do mundo online, surgindo num momento em que o tema da desinformação e da propaganda política tem vindo a adquirir maior relevância na sociedade. Nesse sentido, o duo pretende que a sua arte, que se desdobra em esculturas e quadros, seja um veículo de consciencialização para o controlo subtil a que todos acabamos por estar sujeitos através dos aparelhos eletrónicos que nos acompanham no dia-a-dia e nos leve a questionar se existe realmente livre arbítrio por detrás das nossas ações. A exposição estará patente em Lisboa, na Rua do Beato n.º 30, de 1 a 18 de outubro, e no Porto, no Hard Club, de 22 de outubro a 8 de novembro.

Feira de Artesanato da Batalha

Até 31/12/2022

Esta feira começou de uma forma espontânea na Praça da Batalha onde eram comercializados os produtos manufaturados (bijuteria, carteiras, entre outros). Nos anos 90 a Câmara Municipal do Porto regulamentou esta atividade, através da criação da Feira de Artesanato da Batalha.

"Waves and Whirlpools" de Luís Lázaro Matos

Até 15/11/2020

Inspirado na forma triangular do espaço da Mezzanine da Galeria Municipal do Porto como uma potencial metáfora do Triângulo da Bermudas, Luís Lázaro Matos irá transportar-nos para um remoinho de imagens caleidoscopicamente suspensas no espaço. Progressivamente interessado nos processos contemporâneos de constante monetização e vigilância no espaço cibernético, o artista tem-se preocupado ultimamente con intersecções entre a leveza da arquitectura moderna de vidro e a transparência das redes sociais. Será esta àrea triangular na Galeria Municipal do Porto não apenas um espaço expositivo, mas também um lugar de desaparecimento? Waves and Whirlpools tem curadoria de Martha Kirszenbaum, curadora do pavilhão de França na 58ª Bienal de Veneza, 2019.

Mitos Adiados

Até 01/11/2020

Vemos o Douro com o olhar dos fotógrafos pioneiros: a magnificência dos socalcos descendo em ondas suaves até ao rio, as pontes e os túneis de Emílio Biel, o trabalho da vinha e a vindima do seu aprendiz, Domingos Alvão, as mimosas ou as amendoeiras em flor do turismo do Estado Novo. Quando a cor chegou, as tonalidades sobrepostas do ouro dos solstícios e os vermelhos velhos. Este foi e é o Douro mítico, com os rabelos guiados por marinheiros, a descerem em fila até ao cais, as pipas rumo aos armazéns de Gaia. Este Douro permanece nos postais e nos panfletos de publicidade. Carlos Cardoso, ano a ano, reconstruiu o Douro de hoje, mantendo a realidade das suas permanências e mudanças, a preto e branco, entre a memória das imagens e o seu significado, que só o contraste da sombra e da luz permitem clarificar. Quase imutável no tempo das Eras, as rochas milenárias, o granito do soco ibérico, o xisto do seu esmagamento tórrido. As lâminas do xisto desafiaram os homens e forjaram o destino da vinha, são a matriz do território. O fotógrafo mostra-nos o seu poder, nos caminhos, nos bloqueios, no chão das amendoeiras e das vinhas, mas também a matéria prima do seu aproveitamento direto e, aqui e ali, o fracasso da rocha frente à vegetação ou o signo da permanência na dependência do divino. Nesta base matricial os homens produziram os socalcos à sua medida, depois os patamares à medida das máquinas. A civilização da comunicação apropria-se do Douro desde o caminho de ferro e explode com a rodovia. A paisagem faz-se com vigas de ferro, betão e espirais de cimento armado dentro de uma figura de velho e novo. Para o esclarecer, não há cestos para o transporte das uvas e proteção do vidro : a cultura rodoviária é também a do plástico e do efémero. Então, porque se trata de um olhar fotográfico, uma nova coleção de imagens transforma o abandono, o desleixo e o desalento em belas imagens de vestígios, de signos impuros de uma pura saudade. Define-se uma unidade visível entre as brechas nas lâminas de xisto, na sua ilusória solidez e as construções que falam dos níveis técnicos da cultura do homem. Ambas se esboroam, se cobrem de ervas daninhas, se rasgam sob o impulso vital das árvores: ambas falam de um pretérito e de um presente em mudança. As camadas de xisto desmantelam-se como as linhas do caminho de ferro, definindo novas camadas de chão. As estações abandonadas, criadas para afirmarem o seu portuguesismo, são invadidas pelo mato e pela desolação. Por vezes cruzam-se os dois mundos do velho recente e do novo, na geometria dos equipamentos, mas sempre, sempre a geometria maior são os montes que reduzem a mera cicatriz a estrada que os rasga. Este Douro construído, marcado e sofrido está condenado a ser um deslumbramento. O ondulado matricial das serras é aprofundado com as linhas concêntricas e as verticais muito brancas dos patamares; os precipícios, os xistos estrelados de luzeiros, a estrada real do rio tornaram-se sistemáticas apropriações do homem. Mas um miradouro das alturas, um banco de descanso repintado, as quintas multiplicando a qualidade do vinho são outras respostas ao que a Natureza oferece ou nega: a Natureza é indiferente ao homem, indiferente a si, como conceito. A tensão entre o espírito crítico e a saudade ou a procura da beleza são coisas do homem. É disso que falam estas imagens.


"Playing w/ Stupidity"

22/10/2020

"Playing w/ Stupidity" é resultado de uma colaboração entre os artistas Cardoz (João Cardoso) e Narso (Bernardo Fernandes) e procura retratar a dependência que temos do mundo online, surgindo num momento em que o tema da desinformação e da propaganda política tem vindo a adquirir maior relevância na sociedade. Nesse sentido, o duo pretende que a sua arte, que se desdobra em esculturas e quadros, seja um veículo de consciencialização para o controlo subtil a que todos acabamos por estar sujeitos através dos aparelhos eletrónicos que nos acompanham no dia-a-dia e nos leve a questionar se existe realmente livre arbítrio por detrás das nossas ações. A exposição estará patente em Lisboa, na Rua do Beato n.º 30, de 1 a 18 de outubro, e no Porto, no Hard Club, de 22 de outubro a 8 de novembro.

Feira de Artesanato da Batalha

Até 31/12/2022

Esta feira começou de uma forma espontânea na Praça da Batalha onde eram comercializados os produtos manufaturados (bijuteria, carteiras, entre outros). Nos anos 90 a Câmara Municipal do Porto regulamentou esta atividade, através da criação da Feira de Artesanato da Batalha.

"Waves and Whirlpools" de Luís Lázaro Matos

Até 15/11/2020

Inspirado na forma triangular do espaço da Mezzanine da Galeria Municipal do Porto como uma potencial metáfora do Triângulo da Bermudas, Luís Lázaro Matos irá transportar-nos para um remoinho de imagens caleidoscopicamente suspensas no espaço. Progressivamente interessado nos processos contemporâneos de constante monetização e vigilância no espaço cibernético, o artista tem-se preocupado ultimamente con intersecções entre a leveza da arquitectura moderna de vidro e a transparência das redes sociais. Será esta àrea triangular na Galeria Municipal do Porto não apenas um espaço expositivo, mas também um lugar de desaparecimento? Waves and Whirlpools tem curadoria de Martha Kirszenbaum, curadora do pavilhão de França na 58ª Bienal de Veneza, 2019.

Mitos Adiados

Até 01/11/2020

Vemos o Douro com o olhar dos fotógrafos pioneiros: a magnificência dos socalcos descendo em ondas suaves até ao rio, as pontes e os túneis de Emílio Biel, o trabalho da vinha e a vindima do seu aprendiz, Domingos Alvão, as mimosas ou as amendoeiras em flor do turismo do Estado Novo. Quando a cor chegou, as tonalidades sobrepostas do ouro dos solstícios e os vermelhos velhos. Este foi e é o Douro mítico, com os rabelos guiados por marinheiros, a descerem em fila até ao cais, as pipas rumo aos armazéns de Gaia. Este Douro permanece nos postais e nos panfletos de publicidade. Carlos Cardoso, ano a ano, reconstruiu o Douro de hoje, mantendo a realidade das suas permanências e mudanças, a preto e branco, entre a memória das imagens e o seu significado, que só o contraste da sombra e da luz permitem clarificar. Quase imutável no tempo das Eras, as rochas milenárias, o granito do soco ibérico, o xisto do seu esmagamento tórrido. As lâminas do xisto desafiaram os homens e forjaram o destino da vinha, são a matriz do território. O fotógrafo mostra-nos o seu poder, nos caminhos, nos bloqueios, no chão das amendoeiras e das vinhas, mas também a matéria prima do seu aproveitamento direto e, aqui e ali, o fracasso da rocha frente à vegetação ou o signo da permanência na dependência do divino. Nesta base matricial os homens produziram os socalcos à sua medida, depois os patamares à medida das máquinas. A civilização da comunicação apropria-se do Douro desde o caminho de ferro e explode com a rodovia. A paisagem faz-se com vigas de ferro, betão e espirais de cimento armado dentro de uma figura de velho e novo. Para o esclarecer, não há cestos para o transporte das uvas e proteção do vidro : a cultura rodoviária é também a do plástico e do efémero. Então, porque se trata de um olhar fotográfico, uma nova coleção de imagens transforma o abandono, o desleixo e o desalento em belas imagens de vestígios, de signos impuros de uma pura saudade. Define-se uma unidade visível entre as brechas nas lâminas de xisto, na sua ilusória solidez e as construções que falam dos níveis técnicos da cultura do homem. Ambas se esboroam, se cobrem de ervas daninhas, se rasgam sob o impulso vital das árvores: ambas falam de um pretérito e de um presente em mudança. As camadas de xisto desmantelam-se como as linhas do caminho de ferro, definindo novas camadas de chão. As estações abandonadas, criadas para afirmarem o seu portuguesismo, são invadidas pelo mato e pela desolação. Por vezes cruzam-se os dois mundos do velho recente e do novo, na geometria dos equipamentos, mas sempre, sempre a geometria maior são os montes que reduzem a mera cicatriz a estrada que os rasga. Este Douro construído, marcado e sofrido está condenado a ser um deslumbramento. O ondulado matricial das serras é aprofundado com as linhas concêntricas e as verticais muito brancas dos patamares; os precipícios, os xistos estrelados de luzeiros, a estrada real do rio tornaram-se sistemáticas apropriações do homem. Mas um miradouro das alturas, um banco de descanso repintado, as quintas multiplicando a qualidade do vinho são outras respostas ao que a Natureza oferece ou nega: a Natureza é indiferente ao homem, indiferente a si, como conceito. A tensão entre o espírito crítico e a saudade ou a procura da beleza são coisas do homem. É disso que falam estas imagens.


"Playing w/ Stupidity"

22/10/2020

"Playing w/ Stupidity" é resultado de uma colaboração entre os artistas Cardoz (João Cardoso) e Narso (Bernardo Fernandes) e procura retratar a dependência que temos do mundo online, surgindo num momento em que o tema da desinformação e da propaganda política tem vindo a adquirir maior relevância na sociedade. Nesse sentido, o duo pretende que a sua arte, que se desdobra em esculturas e quadros, seja um veículo de consciencialização para o controlo subtil a que todos acabamos por estar sujeitos através dos aparelhos eletrónicos que nos acompanham no dia-a-dia e nos leve a questionar se existe realmente livre arbítrio por detrás das nossas ações. A exposição estará patente em Lisboa, na Rua do Beato n.º 30, de 1 a 18 de outubro, e no Porto, no Hard Club, de 22 de outubro a 8 de novembro.

Feira de Artesanato da Batalha

Até 31/12/2022

Esta feira começou de uma forma espontânea na Praça da Batalha onde eram comercializados os produtos manufaturados (bijuteria, carteiras, entre outros). Nos anos 90 a Câmara Municipal do Porto regulamentou esta atividade, através da criação da Feira de Artesanato da Batalha.

"Waves and Whirlpools" de Luís Lázaro Matos

Até 15/11/2020

Inspirado na forma triangular do espaço da Mezzanine da Galeria Municipal do Porto como uma potencial metáfora do Triângulo da Bermudas, Luís Lázaro Matos irá transportar-nos para um remoinho de imagens caleidoscopicamente suspensas no espaço. Progressivamente interessado nos processos contemporâneos de constante monetização e vigilância no espaço cibernético, o artista tem-se preocupado ultimamente con intersecções entre a leveza da arquitectura moderna de vidro e a transparência das redes sociais. Será esta àrea triangular na Galeria Municipal do Porto não apenas um espaço expositivo, mas também um lugar de desaparecimento? Waves and Whirlpools tem curadoria de Martha Kirszenbaum, curadora do pavilhão de França na 58ª Bienal de Veneza, 2019.

Mitos Adiados

Até 01/11/2020

Vemos o Douro com o olhar dos fotógrafos pioneiros: a magnificência dos socalcos descendo em ondas suaves até ao rio, as pontes e os túneis de Emílio Biel, o trabalho da vinha e a vindima do seu aprendiz, Domingos Alvão, as mimosas ou as amendoeiras em flor do turismo do Estado Novo. Quando a cor chegou, as tonalidades sobrepostas do ouro dos solstícios e os vermelhos velhos. Este foi e é o Douro mítico, com os rabelos guiados por marinheiros, a descerem em fila até ao cais, as pipas rumo aos armazéns de Gaia. Este Douro permanece nos postais e nos panfletos de publicidade. Carlos Cardoso, ano a ano, reconstruiu o Douro de hoje, mantendo a realidade das suas permanências e mudanças, a preto e branco, entre a memória das imagens e o seu significado, que só o contraste da sombra e da luz permitem clarificar. Quase imutável no tempo das Eras, as rochas milenárias, o granito do soco ibérico, o xisto do seu esmagamento tórrido. As lâminas do xisto desafiaram os homens e forjaram o destino da vinha, são a matriz do território. O fotógrafo mostra-nos o seu poder, nos caminhos, nos bloqueios, no chão das amendoeiras e das vinhas, mas também a matéria prima do seu aproveitamento direto e, aqui e ali, o fracasso da rocha frente à vegetação ou o signo da permanência na dependência do divino. Nesta base matricial os homens produziram os socalcos à sua medida, depois os patamares à medida das máquinas. A civilização da comunicação apropria-se do Douro desde o caminho de ferro e explode com a rodovia. A paisagem faz-se com vigas de ferro, betão e espirais de cimento armado dentro de uma figura de velho e novo. Para o esclarecer, não há cestos para o transporte das uvas e proteção do vidro : a cultura rodoviária é também a do plástico e do efémero. Então, porque se trata de um olhar fotográfico, uma nova coleção de imagens transforma o abandono, o desleixo e o desalento em belas imagens de vestígios, de signos impuros de uma pura saudade. Define-se uma unidade visível entre as brechas nas lâminas de xisto, na sua ilusória solidez e as construções que falam dos níveis técnicos da cultura do homem. Ambas se esboroam, se cobrem de ervas daninhas, se rasgam sob o impulso vital das árvores: ambas falam de um pretérito e de um presente em mudança. As camadas de xisto desmantelam-se como as linhas do caminho de ferro, definindo novas camadas de chão. As estações abandonadas, criadas para afirmarem o seu portuguesismo, são invadidas pelo mato e pela desolação. Por vezes cruzam-se os dois mundos do velho recente e do novo, na geometria dos equipamentos, mas sempre, sempre a geometria maior são os montes que reduzem a mera cicatriz a estrada que os rasga. Este Douro construído, marcado e sofrido está condenado a ser um deslumbramento. O ondulado matricial das serras é aprofundado com as linhas concêntricas e as verticais muito brancas dos patamares; os precipícios, os xistos estrelados de luzeiros, a estrada real do rio tornaram-se sistemáticas apropriações do homem. Mas um miradouro das alturas, um banco de descanso repintado, as quintas multiplicando a qualidade do vinho são outras respostas ao que a Natureza oferece ou nega: a Natureza é indiferente ao homem, indiferente a si, como conceito. A tensão entre o espírito crítico e a saudade ou a procura da beleza são coisas do homem. É disso que falam estas imagens.


"Playing w/ Stupidity"

22/10/2020

"Playing w/ Stupidity" é resultado de uma colaboração entre os artistas Cardoz (João Cardoso) e Narso (Bernardo Fernandes) e procura retratar a dependência que temos do mundo online, surgindo num momento em que o tema da desinformação e da propaganda política tem vindo a adquirir maior relevância na sociedade. Nesse sentido, o duo pretende que a sua arte, que se desdobra em esculturas e quadros, seja um veículo de consciencialização para o controlo subtil a que todos acabamos por estar sujeitos através dos aparelhos eletrónicos que nos acompanham no dia-a-dia e nos leve a questionar se existe realmente livre arbítrio por detrás das nossas ações. A exposição estará patente em Lisboa, na Rua do Beato n.º 30, de 1 a 18 de outubro, e no Porto, no Hard Club, de 22 de outubro a 8 de novembro.

Cadernos A & B: Prelúdio e Fuga

30/10/2020

O Gabinete do Desenho da Casa Guerra Junqueiro acolhe a exposição "Cadernos A & B: Prelúdio e Fuga", do artista Jorge Feijão. De entrada livre, mediante lotação do espaço, e seguindo o cumprimento escrupuloso das medidas preventivas, a mostra pode ser visitada até 24 de janeiro de 2021. Trata-se de uma oportunidade única para descobrir uma imensa série de desenhos, de pequeno formato, entre o esquiço e o acabado, a luz e a escuridão, a velocidade e a ponderação da mão e do pensamento. Como se nesta exposição do Museu da Cidade, o próprio desenho se revelasse através de uma certa cadência musical. O conjunto de trabalhos que está em exibição constitui-se - faça-se a analogia - como um palimpsesto de motivos que se assemelham a atlas de imagens. Muito utilizado na Idade Média, o palimpsesto era um manuscrito em pergaminho ou papiro, que era regularmente raspado ou apagado para permitir a reutilização do material e a posterior sobreposição de um novo escrito, ainda que se vislumbrassem vestígios do texto manuscrito anterior.

Feira de Artesanato da Batalha

Até 31/12/2022

Esta feira começou de uma forma espontânea na Praça da Batalha onde eram comercializados os produtos manufaturados (bijuteria, carteiras, entre outros). Nos anos 90 a Câmara Municipal do Porto regulamentou esta atividade, através da criação da Feira de Artesanato da Batalha.

"Waves and Whirlpools" de Luís Lázaro Matos

Até 15/11/2020

Inspirado na forma triangular do espaço da Mezzanine da Galeria Municipal do Porto como uma potencial metáfora do Triângulo da Bermudas, Luís Lázaro Matos irá transportar-nos para um remoinho de imagens caleidoscopicamente suspensas no espaço. Progressivamente interessado nos processos contemporâneos de constante monetização e vigilância no espaço cibernético, o artista tem-se preocupado ultimamente con intersecções entre a leveza da arquitectura moderna de vidro e a transparência das redes sociais. Será esta àrea triangular na Galeria Municipal do Porto não apenas um espaço expositivo, mas também um lugar de desaparecimento? Waves and Whirlpools tem curadoria de Martha Kirszenbaum, curadora do pavilhão de França na 58ª Bienal de Veneza, 2019.


"Playing w/ Stupidity"

22/10/2020

"Playing w/ Stupidity" é resultado de uma colaboração entre os artistas Cardoz (João Cardoso) e Narso (Bernardo Fernandes) e procura retratar a dependência que temos do mundo online, surgindo num momento em que o tema da desinformação e da propaganda política tem vindo a adquirir maior relevância na sociedade. Nesse sentido, o duo pretende que a sua arte, que se desdobra em esculturas e quadros, seja um veículo de consciencialização para o controlo subtil a que todos acabamos por estar sujeitos através dos aparelhos eletrónicos que nos acompanham no dia-a-dia e nos leve a questionar se existe realmente livre arbítrio por detrás das nossas ações. A exposição estará patente em Lisboa, na Rua do Beato n.º 30, de 1 a 18 de outubro, e no Porto, no Hard Club, de 22 de outubro a 8 de novembro.

Cadernos A & B: Prelúdio e Fuga

30/10/2020

O Gabinete do Desenho da Casa Guerra Junqueiro acolhe a exposição "Cadernos A & B: Prelúdio e Fuga", do artista Jorge Feijão. De entrada livre, mediante lotação do espaço, e seguindo o cumprimento escrupuloso das medidas preventivas, a mostra pode ser visitada até 24 de janeiro de 2021. Trata-se de uma oportunidade única para descobrir uma imensa série de desenhos, de pequeno formato, entre o esquiço e o acabado, a luz e a escuridão, a velocidade e a ponderação da mão e do pensamento. Como se nesta exposição do Museu da Cidade, o próprio desenho se revelasse através de uma certa cadência musical. O conjunto de trabalhos que está em exibição constitui-se - faça-se a analogia - como um palimpsesto de motivos que se assemelham a atlas de imagens. Muito utilizado na Idade Média, o palimpsesto era um manuscrito em pergaminho ou papiro, que era regularmente raspado ou apagado para permitir a reutilização do material e a posterior sobreposição de um novo escrito, ainda que se vislumbrassem vestígios do texto manuscrito anterior.

Feira dos Passarinhos

Até 31/12/2022

Feira tradicional, de cariz popular, com alguns anos de atividade, onde pode adquirir aves, enquanto animais de companhia. É permitida, a comercialização de gaiolas, comedouros, bebedouros, poleiros, alimentação e demais artigos necessários para o alojamento, manutenção e criação. Mesmo que a intenção não seja comprar encante-se com os cantares das aves, com as suas cores e o movimento da feira. Ao passar pela feira ninguém escapa ao deslumbramento de olhar o Rio Douro e as pontes.

Feira de Numismática, Filatelia e Colecionismo

Até 31/12/2022

Local de encontro de vários colecionadores, esta feira tem como objeto a venda e troca de moedas, postais, selos e outros objetos colecionáveis afins. Realiza-se debaixo das arcadas dos prédios que rodeiam a praça.