Feira de Artesanato da Batalha

Até 31/12/2022

Esta feira começou de uma forma espontânea na Praça da Batalha onde eram comercializados os produtos manufaturados (bijuteria, carteiras, entre outros). Nos anos 90 a Câmara Municipal do Porto regulamentou esta atividade, através da criação da Feira de Artesanato da Batalha.

Exposição de Modelos Feitos com Peças LEGO

Até 04/10/2020

7.5 €

São mais de 5 milhões de peças lego, distribuídas por 2.000 metros quadrados, totalizando cerca de 100 modelos, em 12 áreas temáticas. Inclui recriações de filmes emblemáticos como o Titanic ou a saga Star Wars (Guerra das Estrelas). Com potencial para atrair gente de todas as idades, é um programa que alia diversão a conhecimento, pois uma das áreas temáticas recria o corpo humano em LEGO, constituindo, por isso, uma lição de Biologia sob um prisma diferente. Para os fãs da saga Guerra das Estrelas, esta mostra expositiva é também de visita obrigatória, contando que de naves espaciais, personagens, sabres de luz, a cenas emblemáticas dos filmes, há uma forte probabilidade de ficar admirado com o detalhe posto em cada construção. A Batalha de Coruscant, Trench Run ou TIE Fighter constituem algumas das recriações em exibição no Star Wars District. A viagem não se faz somente ao mundo futurista desta série de culto, mas também ao passado histórico, romantizado pelo filme Titanic. Só para a construção em lego do navio mais famoso do século XX, com cerca de três metros de altura e 11 metros de comprimento, foram utilizadas cerca de 500 mil peças. Há ainda uma zona dedicada a personagens de filmes de super-heróis à escala, como o Capitão América ou Thor; uma Avenida das Estrelas do Desporto à escala de 1:1, em que Robert Lewandowski faz parte da lista; uma zona da robótica e do fantástico; uma área de animação, onde se incluem os famosos bonecos azuis Estrunfes, entre outros atrativos, como maquetes com pistas de comboios, e recriações de modelos de alta velocidade (Pendolino, ICE e TGV).

"Waves and Whirlpools" de Luís Lázaro Matos

Até 15/11/2020

Inspirado na forma triangular do espaço da Mezzanine da Galeria Municipal do Porto como uma potencial metáfora do Triângulo da Bermudas, Luís Lázaro Matos irá transportar-nos para um remoinho de imagens caleidoscopicamente suspensas no espaço. Progressivamente interessado nos processos contemporâneos de constante monetização e vigilância no espaço cibernético, o artista tem-se preocupado ultimamente con intersecções entre a leveza da arquitectura moderna de vidro e a transparência das redes sociais. Será esta àrea triangular na Galeria Municipal do Porto não apenas um espaço expositivo, mas também um lugar de desaparecimento? Waves and Whirlpools tem curadoria de Martha Kirszenbaum, curadora do pavilhão de França na 58ª Bienal de Veneza, 2019.

Mitos Adiados

Até 01/11/2020

Vemos o Douro com o olhar dos fotógrafos pioneiros: a magnificência dos socalcos descendo em ondas suaves até ao rio, as pontes e os túneis de Emílio Biel, o trabalho da vinha e a vindima do seu aprendiz, Domingos Alvão, as mimosas ou as amendoeiras em flor do turismo do Estado Novo. Quando a cor chegou, as tonalidades sobrepostas do ouro dos solstícios e os vermelhos velhos. Este foi e é o Douro mítico, com os rabelos guiados por marinheiros, a descerem em fila até ao cais, as pipas rumo aos armazéns de Gaia. Este Douro permanece nos postais e nos panfletos de publicidade. Carlos Cardoso, ano a ano, reconstruiu o Douro de hoje, mantendo a realidade das suas permanências e mudanças, a preto e branco, entre a memória das imagens e o seu significado, que só o contraste da sombra e da luz permitem clarificar. Quase imutável no tempo das Eras, as rochas milenárias, o granito do soco ibérico, o xisto do seu esmagamento tórrido. As lâminas do xisto desafiaram os homens e forjaram o destino da vinha, são a matriz do território. O fotógrafo mostra-nos o seu poder, nos caminhos, nos bloqueios, no chão das amendoeiras e das vinhas, mas também a matéria prima do seu aproveitamento direto e, aqui e ali, o fracasso da rocha frente à vegetação ou o signo da permanência na dependência do divino. Nesta base matricial os homens produziram os socalcos à sua medida, depois os patamares à medida das máquinas. A civilização da comunicação apropria-se do Douro desde o caminho de ferro e explode com a rodovia. A paisagem faz-se com vigas de ferro, betão e espirais de cimento armado dentro de uma figura de velho e novo. Para o esclarecer, não há cestos para o transporte das uvas e proteção do vidro : a cultura rodoviária é também a do plástico e do efémero. Então, porque se trata de um olhar fotográfico, uma nova coleção de imagens transforma o abandono, o desleixo e o desalento em belas imagens de vestígios, de signos impuros de uma pura saudade. Define-se uma unidade visível entre as brechas nas lâminas de xisto, na sua ilusória solidez e as construções que falam dos níveis técnicos da cultura do homem. Ambas se esboroam, se cobrem de ervas daninhas, se rasgam sob o impulso vital das árvores: ambas falam de um pretérito e de um presente em mudança. As camadas de xisto desmantelam-se como as linhas do caminho de ferro, definindo novas camadas de chão. As estações abandonadas, criadas para afirmarem o seu portuguesismo, são invadidas pelo mato e pela desolação. Por vezes cruzam-se os dois mundos do velho recente e do novo, na geometria dos equipamentos, mas sempre, sempre a geometria maior são os montes que reduzem a mera cicatriz a estrada que os rasga. Este Douro construído, marcado e sofrido está condenado a ser um deslumbramento. O ondulado matricial das serras é aprofundado com as linhas concêntricas e as verticais muito brancas dos patamares; os precipícios, os xistos estrelados de luzeiros, a estrada real do rio tornaram-se sistemáticas apropriações do homem. Mas um miradouro das alturas, um banco de descanso repintado, as quintas multiplicando a qualidade do vinho são outras respostas ao que a Natureza oferece ou nega: a Natureza é indiferente ao homem, indiferente a si, como conceito. A tensão entre o espírito crítico e a saudade ou a procura da beleza são coisas do homem. É disso que falam estas imagens.

Cultura e Geografias - Centenário da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Até 27/12/2020

A partir de 6 de dezembro de 2019 e até 27 de dezembro de 2020, o Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP) acolhe, no seu polo central (Edifício Histórico da Reitoria da Universidade do Porto, à Cordoaria), a exposição Culturas e Geografias. A assinalar o ano comemorativo do seu centenário, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) coorganiza com o MHNC-UP, e em colaboração com o Museu Nacional de Soares dos Reis, uma exposição que dá a conhecer as coleções que integraram o seu acervo museológico e artístico durante a primeira fase da sua existência (1919-1931). Originalmente utilizadas como suportes de ensino em três salas-museu da primeira FLUP, estas coleções que, em 1941, transitaram para a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, encontram-se agora à guarda do MHNC-UP. Através de um conjunto de 250 peças extraordinárias de arqueologia e etnografia, os visitantes serão convidados a fazer uma viagem ao longo do tempo, durante a qual poderão explorar vivências e rituais das comunidades humanas em cada um dos cinco continentes.

Revolução de 24 de Agosto de 1820: Prelúdio do Liberalismo em Portugal

Até 01/08/2021

Inaugura no Museu Militar do Porto, a exposição "Revolução de 24 de Agosto de 1820: Prelúdio do Liberalismo em Portugal", com curadoria Fernando Gonçalves. Aberta ao público durante dez meses (até 1 de agosto de 2021), a mostra expositiva aviva a bravura de um grupo de notáveis cidadãos do Porto, que dava o primeiro passo para o fim da influência inglesa e a decorrente monarquia liberal há 200 anos. O Norte exigia o regresso do Rei, uma Constituição, a justiça e a prosperidade. Estavam lançadas as sementes do progresso e da modernidade em Portugal e há documentos e peças históricas que comprovam.

Mercado da Ribeira

Até 31/08/2021

O Mercado da Ribeira é constituído por 10 lojas, e foi criado após a renovação do antigo mercado. Produtos alimentares na sua vertente tradicional, produtos de interesse turístico e promocionais, e restauração. Localização: Cais da Ribeira (Junto ao pilar norte da Ponte D. Luís I)

50 assombrosas vistas sobre o Porto de Joaquim Vieira

Até 07/11/2020

"O Porto de Joaquim Vieira não é de modo nenhum um Porto igual ao que todos supomos conhecer ou reconhecer - é um Porto mais animado e surpreendente, a cidade imaginada e imaginária de um artista que nos convida também a usar a imaginação ao percorrermos os seus espaços, não raro deslumbrantes e inconfundíveis." - Arnaldo Saraiva

Turma de 95

Até 01/10/2020

10 €

Em Turma e 95, um trivial fotografia escolar de grupo de há 25 anos funciona dramaturgicamente como uma poderosa máquina do tempo. Apropriando-se de Class of 76, de Alex Kelly, o fundador dos Third Angel, Raquel Castro revisita e questiona a sua adolescência e a dos seus colegas de turma ao cruzar memórias do passado e a realidade do presente. Partindo de entrevistas prévias e de uma convenção de teatro documental, a encenadora contrói em Turma de 95 um retrato pessoal de uma geração a braços com as expectativas e dores da adolescência, num Portugal em tempo de expansão económica e de abertura à Europa.

Visitas Noturnas Orientadas

Até 04/10/2020

5 €

Nestas visitas noturnas ao Parque de Serralves, os participantes terão oportunidade de saber mais sobre a história e curiosidades do Parque enquanto partem à exploração dos seus espaços mais emblemáticos e das suas árvores mais notáveis, agora iluminados. Uma experiência inesquecível a não perder. Lotação: 9 adultos

A Sagração da Orquestra

02/10/2020

7.5 €

A comemoração dos 20 anos da formação sinfónica da Orquestra é uma celebração da própria orquestra e daquilo que só ela nos pode dar. O programa escolhido para este concerto ilustra-o com a estreia de uma obra de Daniel Moreira que dá voz a vários solistas e cria diálogos entre estes e a orquestra.

Festival Eurovisão da Canção Filosófica

Até 03/10/2020

12 €

Festival Eurovisão da Canção Filosófica levanta questões acerca da identidade: dos vários países participantes e da Europa enquanto comunidade, em particular quando esta se torna mais débil e se reavaliam as ideias do que representa. Conferimos a pensadores (filosóficos, historiadores, antropólogos) a tarefa de escrever textos. Em termos de forma, os textos seguem os códigos poéticos da canção, isto é, uma estrutura que contempla versos e um refrão, que podem rimar. Já quanto ao conteúdo, não se trata de poesia, lirismo ou emoções, mas antes de ter em consideração aspetos sociológicos, antropológicos ou filosóficos do nosso mundo contemporâneo. O nosso objetivo é responder de forma indireta e com humor ao crescente desdém que o discurso populista ostenta em relação aos intelectuais e ao desaparecimento do pensamento do espaço público, favorecendo o entretenimento. Após cada canção, os membros do júri comentam e discutem os temas invocados pela letra. - Massimo Furlan & Claire de Ribaupierre

Mostra Internacional de Cinema Anti-Racista - MICAR 2020

Até 04/10/2020

Na sua 7ª edição, a Mostra Internacional de Cinema Anti-Racista pretende contribuir para descodificar e tornar visível o sistema racial, etnocêntrico e xenófobo que vigora na arquitetura do tempo e do espaço em que vivemos. Para problematizar esta arquitectura urge discutir os seus equipamentos e os seus léxicos e gramáticas, nomeadamente as praticadas no sistema de ensino, pelas forças de segurança e de controlo de fronteiras, pelos tribunais e serviços judiciais e ainda pelos organismos institucionalmente responsáveis pelo combate à discriminação e pela integração. A MICAR 2020 pretende ainda ativar uma discussão plural e efetiva de alternativas consequentes para o combate ao racismo e à discriminação étnico-racial e para a construção de uma sociedade igualitária, que permita a integração efetiva, a participação e a mobilidade e cidadania plena a todas e todos. Discutir-se-á o papel desempenhado pea cultura e pelos media - por exemplo, programas de entretenimento, de debate e comentário político - e a forma como estes têm vindo a naturalizar, no espaço público e politico, formas de violência e de incitamento ao ódio que revitimizam aquelas e aqueles que diariamente enfrentam o racismo e a xenofobia.

Mercado da Terra

Até 17/10/2020

O bem-estar dos cidadãos, passa pela adoção de estilos de vida mais saudáveis, sem esquecer o enriquecimento cultural e o lazer. O Mercado da Terra surge com um novo conceito de Mercado Urbano, numa abordagem na qual se associa os produtos agrícolas biológicos, com as tradicionais compotas, chás, fumeiro, gastronomia portuguesa e as mais variadas formas de artesanato. Neste novo conceito surge também a saúde, passando pelas terapias alternativas e também a cultura, com especial incidência no estímulo da leitura e na promoção e preservação das atividades culturais locais. No largo da Capela da Nossa Senhora da Conceição junto à Rua Padre Luís Cabral A programação apresentada poderá sofrer alterações alheias à organização, nomeadamente devido às condições meteorológicas.

Kokoro

03/10/2020

7 €

1. Magoado, Melindrado, Pesaroso, Triste, Plangente, Sensível, Meio Podre, Combalido; 2. Função psicofisiológica que consiste em experimentar certa espécie de sensação; 3. Significação, Aceção, Interpretação, Ideia, Atenção, Pensamento, Mira, Intento, Propósito, Fim, Aspeto, Ponto de Vista, Direção, Orientação de um deslocamento; 4. Designativa de atenção, Cautela, Voluptuosidade, Sensualidade; 5. Sistemas recetores unitários correspondentes às diferenças modalidades sensoriais (para o senso comum, os olhos, os ouvidos, etc.) Ana Isabel Castro nasceu em 1994. É licenciada pela Escola Superior de Dança e frequentou o FAICC da Companhia Instável. Como volseira ERASMUS no MUk em Viena, trabalhou com os coreórafos Esther Balfe, Saju Hari e Georg Blaschke. Ao longo do seu percurso tem vindo a colaborar como intérprete com Compagnie 7273, Circolando, Companhia Instáveis, KALE Companhia de Dança e Joclécio Azevedo. Em 2019 apresentou a sua primeira criação Marengo através dos PALCOS INSTÁVEIS no Festival DDD 2019, Porto. Deeogo Oliveira, 27 anos, nascido no Porto, mantém a sua paixão pela dança desde os 9 anos de idade. No seu percurso destaca que é membro integrante do grupo de dança irbana Momentum Crew, a conclusão da Formação Avançada em Interpretação e Criação Coreográfica (FAICC), com a Companhia Instável, e o seu mais recente solo ninguém, com criação e interpretação autónoma a convite da Erva Daninha e do Teatro Municipal do Porto. Cocriador e intérprete de SOLO, com o encenador Manuel Tur.

Mary Ocher

03/10/2020

Com um trabalho apaixonao, descomprometido e cru, Mary Ocher tem vindo a afirmar-se pela singularidade com que percorre a folk tradicinal e o garage dos anos 60, as vozes etéreas e os sintetizadores abstratos, a pop-experimental e os ritmos africanos e sul-americanos. Assente numa postura provocatória, a música desta compositora, intérprete, poeta e artista visual, insurge-se contra a corrente social, lidando com temas como a autoridade, a identidade e o conflito. Com quatro álbuns e uma antologia de gravações caseiras, dois ep's e duas coletâneas de remisturas, Mary Ocher conta com um leque de colaborações que incluem nomes como o guru do rock psicadélico King Khan e Joachim Irmler dos Faust. Local do evento: Associação de Moradores da Bouça. Rua dos Burgães, nº345

Feira dos Passarinhos

Até 31/12/2022

Feira tradicional, de cariz popular, com alguns anos de atividade, onde pode adquirir aves, enquanto animais de companhia. É permitida, a comercialização de gaiolas, comedouros, bebedouros, poleiros, alimentação e demais artigos necessários para o alojamento, manutenção e criação. Mesmo que a intenção não seja comprar encante-se com os cantares das aves, com as suas cores e o movimento da feira. Ao passar pela feira ninguém escapa ao deslumbramento de olhar o Rio Douro e as pontes.

Feira de Numismática, Filatelia e Colecionismo

Até 31/12/2022

Local de encontro de vários colecionadores, esta feira tem como objeto a venda e troca de moedas, postais, selos e outros objetos colecionáveis afins. Realiza-se debaixo das arcadas dos prédios que rodeiam a praça.

Tenshô

04/10/2020

Tenshô é o nome do teatro de sombras criado pela artista plástica Beniko Tanaka com inspiração no livro Do Japão para o Alentejo de Tiago Salgueiro. Através da manipulação ao vivo de marionetas japonesas, a peça traz ao público um relato animado daquele que foi um verdadeiro choque de culturas. Após longas viagens, os primeiros portugueses a chegar ao Japão desembarcam em plena época dos Samurais, seguindo-se uma epopeia épica, que trouxe até à Europa os primeiros representantes do Japão em 1584 e os primeiros cristãos japoneses a Lisboa. Numa viagem que tinha como objetivo um encontro com o Papa, em Roma, os jovens nipónicos acabariam por passar em Portugal, onde aprenderam a falar português, a tocar instrumentos musicais, dançaram com nobres e começaram a comunicar de forma ocidentalizada. É esta jornada repleta de emoções e aventuras que dá origem ao espetáculo de Tanaka. Local do evento: Auditório Grupo Musical de Miragaia, Rua da Arménia

Pablo Lapidusas Convida Maria João

04/10/2020

7.5 €

O pianista argentino-brasileiro Pablo Lapidusas mostra que o clássico trio de piano, contrabaixo e bateria continua a ser uma fonte inesgotável de recursos criativos. As suas composições são sofisticadas, a sua técnica imaculada e a comunicação quase telepática com o baixista cubano Leo Espinosa e o baterista brasileiro Marcelo Araújo é surpreendente. os dois discos editados, Live in Johannesburg (2015) e Bora (2018), são reveladores da energia contagiante deste trio. Neste concerto de abertura do Outono en Jazz, PLINT junta-se à mais reconhecida e versátil cantora de jazz portuguesa, Maria João.

Dia Mundial da Arquitectura

05/10/2020

15 €

Todos os dias são bons para conhecer o Coração do Porto, mas este é ainda mais inspirador para descobrir como o Museu e o Estádio do Dragão são equipamentos de referência incontornável na cidade e onde a arquitetura reflete o mesmo espírito vencedor do clube. A efeméride também vai ser assinalada com quatro visitas temáticas excecionais, especialmente preparadas para explicar como o FC Porto desafia a imaginação dos criativos e pontua, arquitetonicamente, a história da Invicta. Distinguido pela inovação e criatividade, o Museu FC Porto é pioneiro como membro afiliado da UNTWO (Organização Mundial de Turismo das Nações Unidas) e quebra as barreiras do clássico pela configuração e soluções expositivas arrojadas e tecnológicas. O Estádio do Dragão tem a assinatura de prestígio do arquiteto Manuel Salgado e acumula importantes prémios nacionais e internacionais de arquitetura e gestão ambiental, desde a inauguração, em 2003. As visitas ao Museu e ao Estádio estão disponíveis em diferentes idiomas através da Museu & Tour APP, com conteúdos que proporcionam uma experiência ainda mais exclusiva. Os quatro Tour FC Porto temáticos deste dia estão sujeitos a lotação máxima aplicada a todas as visitas ao Estádio do Dragão e no âmbito das recomendações das autoridades de saúde; as visitas ao Estádio do Dragão têm horários pré-determinados.

Samuel Úria

07/10/2020

18 €

Nascido no decote da nação, entre o Caramulo e a Estrela, Úria lepara os palcos o blues do Delta do Dão. D lenda rural para lenda urbana, tudo está certo: meio homem meio gospel, mãos de fado e pés de roque enrole. É desta forma que há já perto de uma década todos os textos associados a Samuel Úria começam. E este não será exceção. Será caso para parafrasear Camané e roubar-lhe o título do seu disco ao vivo - "como sempre, como dantes". Aliás, apresentar a esta distância estes concertos para o Porto e Lisboa apenas com a ideia sugestiva de que serão os "concertos de apresentação de novo disco", sem que haja um título ou mais do que uma canção conhecida - "Fica Aquém" foi divulgado no final de Novembro - não é mais do que uma questão de confiança. De confiança mútua, diríamos. Mas existirão reticências quando falamos de Samuel Úria? É que referimo-nos a quem ao longo ods últimos anos nos tem trazido canções inquestionávies, canções que nos emocionaram, que nos excitaram, que nos puseram a dançar, canções que criaram um espaço próprio que, sem demérito para outros, apenas poderá ser ocupado por Samuel Úria, tão só porque foi território lírico e musical inexistente, desbravado e conquistado pelo mais talentoso cantautor deste século - "Vem de novo", "Fusão", "Carga de Ombros", "É preciso que eu diminua", "Lenço Enxuto", "Espalha Brasas", "Teimoso", "Não arrastes o meu caixão" ou "Babarella e Barba Rala" são disso exemplo, entre outras. E merecerá quem nos confiou tudo isto alguma desconfiança? Ou, pelo contrário, terá condições de nos exigir o mesmo em troca? Nós acreditamos que sim, que merece todas as expectativas que a frase "concertos de apresentação do novo disco" cria. "Fica Aquém", a tal canção recentemente revelada, reforça ainda mais esse espírito. Não faltem!

A Arte do Falso

Até 23/12/2020

Mais de 200 quadros falsificados, apreendidos nos últimos 15 anos pela Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ), estão em exposição na Alfândega do Porto. "A Arte do Falso" reúne não só obras contrafeitas de nomes como Picasso, Júlio Pomar, Cesariny, Malangatana, Amadeo Souza Cardoso, como também objetos insólitos, que revelam a genialidade dos criminosos. Entre falsificações de notas, guarda-chuvas que se transformam em armas, a quadros expostos em leilões de galerias de arte que tinham passado pelo crivo de especialistas, a exibição reserva muitas surpresas, entre elas uma máquina que teria o dom de curar as pessoas ao simples acender de umas luzes. As obras falsas expostas ao público foram sendo localizadas pelos inspetores da PJ, principalmente nas áreas urbanas de Lisboa e Porto, em galerias de arte, leilões, feiras, exposições e antiquários. Na mostra existe ainda um espaço dedicado aos mais novos, onde podem colher impressões digitais e compará-las em diferentes superfícies.

Hugo Canoilas

Até 09/05/2021

12 €

Especificamente concebida para a sua Galeria Contemporânea, a primeira exposição de Hugo Canoilas (Lisboa, 1977) no Museu de Serralves confirma e expande algumas das preocupações que melhor definem a prática deste artista: a especulação sobre as relações entre arte e realidade (eventos políticos e sociais), a interrogação sobre as características e limites da pintura, e a ênfase conferida ao trabalho colaborativo. Com formação em pintura, Canoilas tem vindo a examinar o lugar deste meio artístico, a forma como ele é percecionado quer por visitantes de museus quer por transeuntes (o artista é conhecido por intevenções no espaço público que nunca são anunciadas como obras de arte). No caso desta exposição em Serralves, Canoilas prescinde do lugar onde mais naturalmente esperamos ver pinturas - as paredes da galeria -, e decide intervir no chão, no rodapé e no teto da Galeria Contemporânea - espaços negligenciados por quase todas as exposições de pintura. No chão apresentam-se três peças em vidro colorido que representam medusas. Realizadas na Marinha Grande, estas águas-vivas - possíveis símbolos do aquecimento climático, mas também das ideias de informe e de metamorfose na origem de vários trabalhos de Hugo Canoilas - devem poder ser pisadas pelos visitantes da exposição. O protagonismo conferido ao solo é confirmado pelo rodapé-pintura (em forma de caixa de luz, com uma pintura em linho no exterior esticada como uma tela, delimitando o espaço da exposição) em que o artista dá visibilidade a um elemento arquitetónico tão comum quanto despercebido. Já no teto da sala, Hugo Canoilas criará uma pintura gestual que, à imagem das suas mais recentes pinturas abstratas, parte de imagens da flora e fauna do fundo do mar. Saliente-se que a pintura também funciona como uma caixa de luz que cria uma aura na sala, afetando a perceção das medusas. As medusas sáo animais fascinantes, que ao longo dos seus invulgares ciclos de vida passam por várias metamorfoses, reproduzem células de formas inusitadas. A sua observação, que testemunha variações dramáticas de configuração, desafia todas as conceções de estabilidade, todas as ideias sobre a relação entre as partes e integralidade. Exatamente como esta exposição de Hugo Canoilas, composta de três elementos distintos - Chão, rodapé e teto - que se afetam mutuamente (em cooperação, simbiose competição, predação e parasitismo) e que é exemplar de uma prática artística que não se cristaliza numa forma, mas que constantemente se interroga nos seus limites, funções e pressupostos.

Divertimentos Sinfónicos

09/10/2020

7.5 €

É um desafio muito apreciado pelos compositores: partir de um género do outro tempo e fazer dele música nova, que nos deixa a flutuar entre diferentes eras. A Serenata de Richard Strauss vai muito além de imitar as serenatas mozartianas, sendo marcada pela originalidade - não por acaso, foi um passo de gigante em direção a uma carreira internacional de sucesso do compositor então com 17 anos. Também o Divertimento de Bartók foi inspirado no carácter lúdico e flexível deste género clássico e apresenta-o renovado e modernizado. Já o concerto para solista e orquestra encontra em Vaughan Williams uma abordagem bem diferente dos modelos continentais, fazendo transparecer os traços da canção popular inglesa,a identidade nacional que o compositor tanto prezava. A melancolia da peça convida a uma audição atenta que irá revelar, sob a sua aparente leveza, música profunda e uma escrita exigente para o solista.

Talvez ela Pudesse Dançar Primeiro e Pensar Depois + Olympia

09/10/2020

Vera Mantero, nome central da Nova Dança Portuguesa, estreia-se no Cultura em Expansão com dois dos solos que marcam uma carreira com mais de três décadas. Criado em 1991, Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois assinala o encontro da criadora e intérprete com a sua identidade de movimento, presença em cena e escolha de elementos de criação e atuação. Já Olympia, performance sobre o uso do corpo pela cultura do poder, está para além da dança, mostrando-se também como a história da rebeldia dos corpos e a denúncia da relação mercantil da arte com o dinheiro. Em ambos, a bailarina e coreógrafa afirma a interdisciplinaridade do seu trabalho, roubo, desconstruindo e usando o que necessita para que a sua dança seja total.

O cheiro dos velhos

Até 11/10/2020

9 €

Um funcionário público molha os pés numa praia calma, tranquila e deserta, quando é surpreendido por uma velha mendiga cadavérica, desdentada e com cheiro a álcool, que se apodera dos seus sapatos. À respeitosa cordialidade com que procura recuperar os mesmos, a velha retribui com indecifrável postura, que progride da obstinação rabugenta à sádica malvadez. À perplexidade do homem, ante o que atribui à crueldade gratuita de uma desconhecida, opõe-se a determinação da velha em força uma "confissão sincera" de uma ofensa anterior. Numa era orientada para a teatralidade, onde o jogo de fantasias mediáticas e as cores histriónicas embaçam as fronteiras entre "verdade" e "mentira", estará a razão de um dos lados, no meio ou em lugar nenhum?

Transfiguration

10/10/2020

12 €

A peça Transfiguration [Transfiguração] é a história do desejo não cumprido do escultor de incutir vida na sua criação. Num gesto de desespero, penetra no barro que usa como material para lhe dar vida. Esculpe barro na própria cabeça, enterrando-se no material, erradicando a sua identidade e tornando-se numa obra de arte viva, algures marionetista numa marioneta. Mas é então que o material o cega e é forçado a olhar para dentro, para as profundezas do seu ser. Numa performance fascinante, expressiva e total, Sagazan muda de identidade em palco. Perfura, apaga e desvenda as camadas do seu rosto numa busca frenética e desinibida. Pintar-se e esculpir-se torna-se numa forma de ritual situada entre a dança e o transe, cujo motor criativo é a improvisão, o aleatório e o acaso. - Olivier de Sagazan

Bad translation

10/10/2020

A ideia que serve como base a este espetáculo é a tradução do digital para o analógico. O digital "artesanal", trazido para a vida real através do cartão, do plástico e do tecido, numa tentativa desesperada de torná-lo tangível. Como expoente máximo do digital no nosso dia-a-dia, foi escolhido um computador Macintosh para ser convertido manualmente no palco, ativando todos os utilizadores e mecanismos do computador quando ligado. Os cinco artistas em palco tornam-se operadores de sistemas de computadores e o palco transforma-se num grande computador analógico. Assim, o ambiente de trabalho do computador é um cenário de cinema, os documentos são pastas de cartão e as luzes desta cenografia são o brilho que emana da tela do computador. Descodificamos o digital através da ativação do computador em palco, apresentando o resultado numa grande tela defronte dos espectadores. - Cris Blanco

Gato Das Botas - O Musical

Até 18/10/2020

10 €

Continuando a explorar a magia e o fantástico dos contos infantis de Charles Perrault, Francisco Santos e a Vivonstage propõem para o início de 2020 o musical O GATO DAS BOTAS. O musical O GATO DAS BOTAS, acompanha as aventuras de um estranho Gato que saiu por herança a um jovem camponês. Sem saber o que fazer com ele mas denotando humanidade e carinho pelos animais o jovem irá ser surpreendido pela capacidade de improvisação do Gato que é portador de umas botas fantásticas. O Gato, com grande imaginação e muito corajoso irá tentar, através de um plano mirabolante, que o seu Dono venha a casar com a bela princesa. Mas, há sempre alguém a contrariar os seus planos, neste caso o odioso conselheiro do Rei que pretende tomar conta do trono. Será que o Gato das Botas sairá triunfante?

Orquestra Jazz de Matosinhos

11/10/2020

7.5 €

A Orquestra Jazz de Matosinhos homenageia Miles Davis, o grande camaleão do jazz. Quando se juntou a Gil Evans, o tempo áureo das big bands já tinha passado, mas o arranjador canadiano trouxe uma proposta arrojada: a gravação de um disco em forma de suite com uma orquestra de jazz alargada a uma instrumentação pouco comu (incluindo trompas, clarinetes, flautas e muito mais). O disco chamou-se Miles Ahead, e a ele seguiram-se outros dois a coroar esta parceria frutuosa: Porgy and Bess e Sketches of Spain. A história do jazz já não se esreveria sem estes capítulos que, segundo Miles, procuravam trazer de volta a melodia para o centro da improvisação. A OJM propõe a resconstituição das sonoridades únicas destes discos, um desafio à altura de poucos agrupamentos.

Cateto

11/10/2020

5 €

Foi aos 16 anos que João Garcia escreveu as primeiras músicas para o projecto Keep Your Shoes Off, revelando ao país o seu talento criativo. Hoje com 23, o multi-instrumentista leiriense responde artisticamente por Cateto, nome com o apresentou, já em 2018, o EP Mixtape, num registo indie-rock denunciador de influências como Radiohead, Ben Howard ou Linda Martini. É, sobretudo, esse repertório que João Garcia traz à Casa da Música, mas deixa a promessa de desvendar novos temas.

R. H. Quaytman

Até 30/05/2021

12 €

R. H. Quaytman emprega técnicas de reprodução mecânica e tradições da arte conceptual para criar séries fechadas de obras divididas em capítulos. As partes subsequentes são numeradas para marcar a passagem do tempo e o gradual completar da vida e do projeto artístico. A artista trata todas as exposições e pinturas apresentadas como um empreendimento criativo. R. H. Quaytman aborda a pintura como se fosse poesia: ao ler um poema, repara-se em palavras específicas, apercebemo-nos de que cada palavra ganha uma ressonância. As pinturas de Quaytman, organizadas em capítulos estruturados como um livro, têm uma gramática, uma sintaxe e um vocabulário. Enquanto o trabalho é delimitado por uma estrutura rígida a nível material - surgem apenas em painéis chanfrados de contraplacado em oito tamanhos predeterminados resultantes da proporção áurea -, o conteúdo de final aberto cria permutações que resultam num arquivo sem fim. A prática de Quaytman envolve três modos estilísticos distintos: serigrafias baseadas em fotografias, padrões óticos, como moiré e tramas cintilantes, e pequenos trabalhos a óleo pintados à mão. O trabalho de Quaytman, apresentado pela primeira vez em Portugal, aponta para as novas possibilidades da pintura de hoje, o que é uma pintura, um ícone? Quais são os meios da pintura numa cultura saturada pela estimulação visual, da fotografia à floresta digital dos signos? A pintura aina é um meio relevante para partilhar a nossa história? A exposição é coorganizada pelo Muzeum Sztuki in Lódz, Polónia, e pela Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto. Comissariada por Jaroslaw Suchan.

Lilliput

Até 18/10/2020

Ao início era “eu e muitos”, depois passou a ser “muitos e eu” e finalmente passou a ser apenas “muitos”. Não é que eu me perdesse, esquecesse, diluísse ou evaporasse, não! Foi só que eu me coloquei no meu lugar real. Este, muito, muito lentamente, foi a coisa mais importante de entender. Sim, somos muitos!!! Muitos e pequenos!! Somos muitos, pequenos e jovens!! Lilliput é uma viagem através do ser humano. De uns humanos muito pequeninos. Tão pequeninos que nós, em comparação com aqueles seres que preenchem todo o chão do palco, somos gigantes. Gigantes! Imaginem o tamanho de alguém que pensa que nós somos gigantes! Com muito cuidado, conseguimos vê-os e ouvi-los através de câmaras e amplificações sonoras e… se calhar estes seres pequeninos falam de nós! Pensando bem, nós também somos muitos, pequeninos e jovens… — Ainhoa Vidal

Fado À Mesa

Até 13/11/2020

39.5 €

Mensalmente, o Restaurante Casa da Música torna-se uma verdadeira Casa de Fados, em que o fado é “servido à mesa” por intérpretes de eleição, honrando a nossa melhor tradição, mas também a contemporaneidade da canção portuguesa por excelência.

Motorama

16/10/2020

15 €

Os Motorama são agora um trio depois de uma série alterações no line-up que já incluiu um total de cinco elementos. O novo formato que inclui os membros da formação original Vlad Parshin e Maxim Polivanov - e que se mantém desde a edição do mais recente disco de estúdio Many Nights - será aquele que poderemos esperar ver no regresso dos russo a Portugal em 2020. Desde o seu primeiro EP, Horse (2008), os Motorama têm construído a sua própria melodia envolvente com as texturas apaixonadas do post-punk, mas foi a partir de Alps (2010) que a banda alcançou renome internacional com temas como "Wind In Her Hair", "Empty Bed" ou "One Moment" a tornarem-se hits de carreira. Seguiu-se Calendar (2012) e, mais tarde, Poverty (2015) e Dialogues (2016) discos que os trouxeram inúmeras vezes a Portugal. Agora num novo período espera-nos ovir Many Nights. A primeira parte ficará a cargo dos Ploho. Sónia Felizardo

Desconcerto

Até 19/10/2020

15 €

O que acontece quando três amigos, como César Mourão, Miguel Araújo e António Zambujo, decidem ir juntos de férias para o Algarve? Conversa puxa conversa, guitarra puxa guitarra, improviso gera improviso. Sendo fãs há muito uns dos outros, quando deram por ela, estavam a criar e a improvisar canções em conjunto, sem qualquer outra intenção que não fosse divertirem-se. E assim foi. As boas memórias desses dias levaram-nos a querer partilhar com o público esses momentos de cumplicidade. Decidiram então convidar Luísa Sobral, ela própria uma improvisadora muito peculiar, de quem são devotados fãs e amigos, para se juntar a eles. O resultado? Um magnífico Desconcerto de música e bom humor, criado a la minute, absolutamente improvisado, absolutamente imperdível, que os surpreenderá a eles, tanto quanto ao público, e que é capaz de ser ainda melhor do que ir de férias com eles.

50 Anos de fotografia - 1970-2020 de Alfredo Cunha

Até 02/05/2021

Este Alfredo Cunha de quem se fala é o homem com a sua câmara e o seu olhar. Qualquer bom fotojornalista intui, antes de o saber claramente, que uma imagem, que deve encerrar todo um conteúdo e uma sedução, é, sempre foi, um momento decisivo. Antes de ser definido por Cartier-Bresson, já existia na mente de quem fotografa o acontecimento, o rosto e o movimento. Na longa carreira de 50 anos de Alfredo Cunha, muita coisa mudou: o país que fotografa; o equipamento que usa — já longe da primeiríssima Petri FT, da Leica M3, que começou a usar em 1973, e das Leicas que se seguiram e a que se manteve sempre fiel; o suporte — do analógico, maioritariamente preto e branco, ao digital, que pratica desde 2003. A imagem fotojornalística responde à exigência de concordância com o texto, também se liga ao onde, quando, como e porquê. Porém, quando o fotógrafo já definiu o seu estilo — e é esse o caso de Alfredo Cunha —, a sedução da imagem sobrepõe-se à sedução da notícia. Em todas elas se torna difícil associar a imagem a um estilo pois Alfredo Cunha ultrapassa a corrente do momento e o tema. E é neste sentido que podemos dizer, com Barthes, que as suas fotografias resultam sem código, dependem da transmissão do seu para nosso afeto. Teresa Siza (texto adaptado)

Grande Messiaen

17/10/2020

7.5 €

Escrito para comemorar o bicentenário dos Estados Unidos da América, esta obra resulta de uma viagem de Olivier Messiaen ao Utah. Impressionado pelos enormes desfiladeiros que marcam a paisagem daquela região, usou-os como ponto de partida para uma elevação da música, que parte destas formações geológicas em direção às estrelas, passando por numerosos cantos de pássaros. Apesar da monumentalidade da obra, a orquestra que lhe dá corpo é curiosamente reduzida a 43 instrumentos, com um naipe de percussão preponderante que ajuda a criar imagens sonoras extraordinárias. Uma obra muito exigente para qualquer dos instrumentistas envolvidos, entre os quais se conta o prestigiado pianista Paulo Álvares, um aclamado especialista em repertório dos séculos XX e XXI. Na direção estará Sylvain Cambreling, um maestro que já foi premiado com o MIDEM Contemporary Music Award pelas suas gravações de obras orquestrais de Massiaen.

Fibra

Até 18/10/2020

9 €

FIBRA tem como génese as potencialidades plásticas do figurino, assumindo-o como o protagonista e como ponto de partida para a criação cénica. A epiderme roupa-corpo surge como suporte para explorar a ambiguidade e a beleza das emoções humanas, associada à ideia de deformidade e metamorfose. A partir das limitações e adaptações entre a peça vestível e um corpo, encontram-se pretextos para pensar o belo e o feio numa relação simbiótica que tem como inquietação inerente uma comunicação sensorial mais ativa entre a matéria, o artista e o espectador. Ao vestir o invólucro têxtil, o intérprete entra em isolamento com o exterior. Os cheiros, os sons e o toque ficam aguçados e, ao mesmo tempo, concentrados, sendo dominados. O que é visível assume uma dança de inúmeras identidades. - Filipe Moreira & Lola Sousa

O que já não é e o que nunca foi

Até 18/10/2020

10 €

Este trabalho organiza-se a partir de rituais de pesquisa em torno do tempo, da sua ocupação, suspensão e condensação. Reunidos numa lógica de acumulação, em cena encontram-se objetos reaproveitados, tecnologia low-fi, dispositivos de amplificação e gravações recolhidas aleatoriamente durante o processo. A partir deste ambiente os intérpretes produzem um mosaico de ações, configurando espaços físicos e mentais que provocam os efeitos da lentidão, da velocidade, da repetição, da continuidade, da descontinuidade, da medicação ou mesmo do esquecimento do tempo. O tecido coreográfico e sonoro produzido é atravessado também por fragmentos de memórias partilhadas, submetidas a processos de transformação e de desgaste.

Lena D'Água

17/10/2020

De regresso à gravação de originais em nome próprio, a oncontornável Lena d'Água apresenta o seu mais recente disco, Desalmadamente. Considerada a primeira mulher portuguesa a integrar uma banda de rock, Lena d'Água lançou-se nos Beatnicks, ainda nos anos 70, seguindo-se a fundação dos Salada de Frutas, a passagem pelos Atlântica, a interpretação de canções infantis e o sucesso a solo ainda nos anos 80. Trinta anos depois, Desalmadamente marca um regresso voltado para o futuro, com canções de Pedro da Silva Martins e arranjos e produção da responsabilidade dos músicos que ao vivo acompanham a artista. Num concerto que será uma "grande festa", a cantora percorrerá os novos temas, sem esquecer as canções mais emblemáticas do seu vasto percurso. Local do evento: Associação de Moradores do Bairro Social da Pasteleira

Seven Songs for Malcolm X

17/10/2020

12 €

Neste último capítulo do ciclo exploram-se as complexas relações entre as práticas e recursos audiovisuais do cinema e as dinâmicas próprias da produção e interpretação musicais, em particular, da música negra norte-americana. Nela exploram-se e dão-se a ver estratégias de intermedialidade artística que importem os avanços da cultura negra nas áreas da música, da dança e da oratória para o território audiovisual. Segundo Arthur Jafa, o epíteto da produção artística negra (e da cultura negra como um todo) dá-se nas manifestações musicais (do jazz ao hip-hop), onde estas são a forma dominante. Como tal, a promoção de um avanço estético do cinema especificamente negro só terá a ganhar com a identificação e compreensão das variáveis que marcam essa singularidade e popularidade. Os filmes que compõem as duas sessões desta última parte do ciclo The Dark Matter of Black Cinema abordam o universo da música – em particular do jazz - tanto a nível temático como ao nível formal, através do envolvimento de músicos na prática do cinema, como realizadores, técnicos ou atores. A primeira sessão é dedicada a um realizador do movimento L. A. Rebellion que muito marcou a relação de Jafa com o cinema, Larry Clark, e aquele que foi considerado “o único filme jazzístico da História do Cinema”, Passing Through (antecedido pela provocação revoltosa do músico-realizador Ed Bland). Já a segunda sessão é feita sob a égide da reivindicação, com a montagem onírica de Dawn Suggs, a fotografia de rua (e de denúncia) de Khalik Allah e a lauda ao pai da revolução negra, Malcolm X, “o homem mais zangado da América”. Esta segunda parte é, portanto, caracterizada por objetos de natureza exploratória que procuram abrir caminho às possibilidades do cinema como arte de síntese de toda uma cultura, experimentando diferentes aproximações ao ritmo da montagem, à cadência da captação e projeção das imagens e dos sons e à velocidade dos fotogramas (do maior frenesi à imagem estática).

Cratera 6899

18/10/2020

7 €

Nascido do encontro entre Gwendoline Robin, o astrónomo Yaël Naze e o oceanógrafo Bruno Delille, Crater 6899 [Cratera 6899] mé uma brecha que nos conduz às origens do mundo, quando cometas colidiram com a Terra e libertaram grandes quantidades de água. Com ligação à astronomia (que analisa o céu, as galáxias, e observa os confins do universo) e à geologia (que remexe a terra, as pedras, a disposição de rochas e estruturas), a performance de Gwendoline Robin é um acontecimento que mudou a história do nosso planeta. Uma paisagem de material em suspenso, evocando desertos terrestres e espaços celestiais. Nada é fixo, tudo está sujeito a manipulação mudança de estado, transformação relacionada com o tempo e os gestos. Jogando com o infinitamente pequeno e o temendamente vasto, o infinitamente perto e o tremendamente distante. A instalação transforma-se gradualmente e torna-se numa paisagem nova a contemplar.

Campanhã é a Minha Casa

Até 18/10/2020

Campanhã é a Minha Casa é um projeto colaborativo que pretende aproximar a freguesia de Campanhã ao grande ecrã. Sem sala de cinema ou registo de presença num filme emblemárico da história do Cinema Português, o projeto transforma três espaços menos convencionais em verdadeiras salas de estar, gigantes mas acolhedoreas, onde serão apresentadas três sessões de cinema especiais. Campanhã é a Minha Casa é um convite a uma construção coletiva, onde todos estão convidados a entrar e também a participar. Para isso, os moradores da freguesia serão também desafiados a partilharem as suas coleções de folmes e registos de família, retratos de intimidade e da vida real, que servirão de base à realização de três curtas metragens, por parte dos realizadores Cláudia Varejão, Edgar Pera e Sónia Amen, que serão apresentadas no início de cada sessão. Locais onde vão decorrer as sessões: Monte do Forte; Bairro S. Vicente Paulo e Quartel da Bela Vista

Coreto Porta Jazz

18/10/2020

7.5 €

O Coreto é especialmente vocacionado para a apresentação de música original e regressa, esta noite, às composições do seu fundador, o saxofonista João Pedro Brandão. O grupo reúne um conjunto de figuras que têm deixado a sua marca na paisagem do jazz nacional e soma já quatro álbuns editados perante o reconhecimento da crítica internacional. Neste concerto, vagueia-se entre música escrita e improvisada, procurando espaços para cada um dos solistas de modo a realçar as suas vozes individuais e as suas afinidades. Segundo o prestigiado compositor Ohad Talmor, o Coreto traz-nos "música cheia de surpresas, cores e ideias, maravilhosamente servida por solistas inspirados".

Torneio Internacional de Ténis em Cadeira de Rodas

19/10/2020

A cidade do Porto recebe mais uma edição do ITF Future Series Wheelchair Internacional Tournament, competição que vai reunir alguns dos principais nomes da hierarquia mundial na modalidade. O torneio, que será uma vez mais disputado nos courts do Clube de Ténis do Porto, terá como figuras de destaque o austríaco Nicolas Langmann, atual 34º do ranking mundial, o brasileiro Gustavo Carneiro, 37º da lista, e o holandês Carlos Anker, 38º. Estão igualmente confirmados os experientes tenistas italianos Luca Arca e Silviu Culea, bem como o grego Stefanos Diamantis ou o francês Nicolas Charrier. A representação nacional será feita pelos principais jogadores a atuar em Portugal, casos de Jean Paul Melo, 131º da tabela mundial, e ainda de Carlos Leitão, atual 136ª, e João Couceiro, 272º. Dados as circunstâncias relacionadas com a pandemia, e uma vez que o quadro é apenas composto por 16 jogadores, os lusos Francisco Aguiar e José Sousa ficam, para já, como suplentes, podendo ser chamados caso algum dos tenistas inscritos não consiga viajar para o nosso país.

Guintche

Até 22/10/2020

7 €

Esta peça deriva de uma pessoa que eu desenhei como lembrança de um concerto. Dei-lhe o nome de Guintche e, entretanto, cresceu, ganhou uma vida própria, ganhou autonomia, rebelou-se. Guintche é uma palavra da língua crioula cabo-verdiana: é o nome de um pássaro, o nome de uma prostituta, mas também pode representar uma atitude, a de alguém que salta de um evento para o outro, sem coerência nas suas escolhas. Através da sua estrutura contraintuitiva, Guintche responde à escultura em cerca - derrete, solidifica, muda de forma... No entanto, mantém sempre a mesma natureza, ou seja, permanece feita da mesma cerca. - Marlene Monteiro Freitas

Eduardo Branco

21/10/2020

5 €

Compositor, letrista, cantor, produtor e guitarrista, Eduardo Branco é um talento em destaque na nova geração de músicos portugueses. A pós experiências de banda com algum sucesso, há pouco mais de dois anos gravou um EP em nome próprio, Ilusão, que venderia mais de mil cópias e cujo concerto de apresentação esgotou o Auditório IPDJ, na cidade de Coimbra, projetando o músico para uma digressão por salas de Lisboa e Leiria. Chega à Casa da Música com um álbum, 97, já disponível em todas as plataformas digitais.

"Playing w/ Stupidity"

22/10/2020

"Playing w/ Stupidity" é resultado de uma colaboração entre os artistas Cardoz (João Cardoso) e Narso (Bernardo Fernandes) e procura retratar a dependência que temos do mundo online, surgindo num momento em que o tema da desinformação e da propaganda política tem vindo a adquirir maior relevância na sociedade. Nesse sentido, o duo pretende que a sua arte, que se desdobra em esculturas e quadros, seja um veículo de consciencialização para o controlo subtil a que todos acabamos por estar sujeitos através dos aparelhos eletrónicos que nos acompanham no dia-a-dia e nos leve a questionar se existe realmente livre arbítrio por detrás das nossas ações. A exposição estará patente em Lisboa, na Rua do Beato n.º 30, de 1 a 18 de outubro, e no Porto, no Hard Club, de 22 de outubro a 8 de novembro.

Sessão Especial de Aniversário - O Gabinete do Dr. Caligari

22/10/2020

3.5 €

Um dos filmes mais vistos ao longo dos 75 anos do Cineclube do Porto, O Gabinete do Dr. Caligari que este ano celebra 100 anos de existência é um filme precursor do expressionismo alemão que tem deslumbrado, ao longo de anos, várias gerações de amantes do cinema e que, também por isso, escolhemos trazer para as nossas comemorações. Depois de un cine-concerto com Filho da Mãe, em Abril de 2017, no Cinema Passos Manuel, o Cineclube do Porto regressa a Dr. Caligari com Haarvöl. Um projeto coletivo com três membros permanentes (Fernando José Pereira, João Faria e Rui Manuel Vieira) e com colaborações várias como o compositor galego Xoán-Xil López ou o compositor e guitarrista franco / mexicano Bertrand Chavarria-Aldrete e ativo no campo da música eletrónica experimental desde 2012. A música de Haarvöl é conceptualmente desenvolvida na exploração das proriedades dos sons, a fim de alcançar ambientes cinemáticos e de imagem. Os sons não estão restritos às suas origens mediais: tanto fontes digitais quanto analógicas mediais: tanto fontes digitais quanto analógicas são usadas e misturadas em composiºões complexas com atenção especial aos detalhes. O filme decorre no manicómio de DR. Caligari que com os seus poderes hipnóticos comanda os seus doentes a seu bel-prazer. Um retrato desvirtuado e delirante que pretende refletir sobre uma Alemanha destroçada pela primeira Grande Guerra. Um dos maiores acontecimentos cinematográficos da História. Foi com "O Gabinete do Dr. Caligari" que o expressionismo alemão nasceu. Os seus cenários deformados, são um marco na história da sétima arte e pretenderam refletir o olhar louco de Caligari sobre o mundo real.

Manoel de Oliveira Fotógrafo

Até 27/06/2021

12 €

As mais de cem fotografias que se apresentam na exposição Manoel de Oliveira Fotógrafo são uma das grandes surpresas que o arquivo pessoal do realizador, integralmente depositado em Serralves, reservava. Produzidas entre os finais de 1930 e meados dos anos 1950, estas imagens, guardadas durante várias décads e na sua maioria inéditas, revelam uma faceta desconhecida de Oliveira e abrem novas perspectivas sobre a evolução da sua obra. A passagem de Manoel de Oliveira pela imagem estática é uma etapa determinante do seu percurso como cineasta. Em diálogo tanto com o pictorialismo como com o construtivismo e com as experiências da Bauhaus, as suas fotografias estão a meio caminho entre a exploração dos valores clássicos da composição e o espírito modernista que animou toda a primeira fase da sua produção cinematográfica. Investida, quase sempre, de propósitos artísticos, a fotografia é para o realizador um instrumento de pesquisa formal e de experimentação, uma obra de modalidade para interrogar, muitas vezes um relação direta com os filmes, a construção de uma linguagem visual própria. As imagens que agora dão a conhecer acrescentam, certamente, um novo capítulo à história da fotografia portuguesa dos anos 1940. Mas elas constituem, também, um precioso instrumento para enquadrar o modo como Manoel de Oliveira passa a assegurar, durante um período de dez anos, a direção de fotografia dos seus próprios filmes, bem como para contextualizar, numa perspetiva mais ampla, o rigor de composição que, de uma maneira geral, caracterizam todos os seus filmes. Olhando para estas imagens, não interessará muito saber onde começa o fotógrafo e onde acaba o cineasta, nem definir, com precisão, até que ponto o primeiro poderá ter tomado por vezes, o lugar do segundo. Importará, sim, questionar o modo como esta convivência estre dois modos de ver e de pensar se corporiza na obra de Manel de Oliveira. Curadoria de António Preto, Diretor da Casa do Cinema Manoel de Oliveira. Todas as fotografias expostas pertencem ao Acervo de Manoel de Oliveira, Casa do Cinema Manoel de Oliveira - Fundação de Serralves, Porto.

Lorenzaccio

Até 14/11/2020

O Teatro do Bolhão está a levantar um ambicioso tríptico: depois da vida do Grande D. Quixote de la Mancha e do Gordo Sancho Pança, de António José da Silva (O Judeu), e antes de O Mercador de Veneza, de Shakespeare, o centro faz-se com Lorenzaccio, de Alfred de Musset (1834), numa encenação de Rogério de Carvalho. A partir de relatos da história de Florença do século XVI envolvendo o derrube do ducado tirano de Alessandro de Médeci, assassinado pelo primo Lorenzo - depreciativamente chamado "Lorenzaccio" porque frustra os ideais de mudança-, Musset ergue tanto um drama pessoal en torno desta figura, assombrada por uma inquietação hamletiana, como uma crítica a uma sociedade em decadência. Obra crucial do drama romântico francês, tida como irrepresentável ou encenada em versões amputadas, sempre foi um desafio para a companhia, que agora a estreia em Portugal, inspirando-se na sua liberdade formal para lhe corromper as formas dramáticas e os géneros. Espetáculo sobre uma comunidade humana impotente face ao esboroamento do poder e à sua capacidade de dissimulação, Lorenzaccio aspira a ser também um retrato do nosso tempo.

Quem Mora no Chapéu do Meu Avô? com Rui Ramos

24/10/2020

5 €

Rui Ramos sobe ao palco do auditório do Museu FC Porto e vai atrás dos segredos da magia numa aventura cheia de peripécias e muito divertida. Sob a batuta engenhosa, performativa e do anfitrião, Quem Mora no Chapéu do Meu Avô combina contos e arte mágica num espetáculo dirigido a crianças, mas para participar em família, porque no universo fabuloso das Histórias para Dragõezinhos, até os adultos se divertem a valer!

Louis Lortie

24/10/2020

7.5 €

O franco-canadiano Louis Lortie é considerado um dos pianistas mais versáteis do mundo, explorando um repertório que percorre várias épocas. Na sua estreia na Casa da Música, apresenta um recital inteiramente dedicado às famosas transcrições do virtuose húngaro Liszt. Utilizadas com o intuito de divulgar a literatura de outros compositores mas também como uma forma de demonstrar os recursos virtuosos dos intérpretes, as transcrições de Liszt tiveram um grande impacto no catálogo pianístico. Entre cerca de 400 partituras, as nove sinfonias de Beethoven destacam-se por se encontrarem entre as "peças mais exigentes algumas vez escritas". O programa inclui ainda a transcrição do comovente ciclo de canções An die ferne Geliebte, precursor dos grandes ciclos de Schubert e Schumann.

Jaguar

24/10/2020

9 €

Jaguar é o nome dado a alguns cavalos, uma peça de dança e um teatro de marionetas. Em Jaguar somos marionetas e, enquanto tal, manuseados e acionados. Confiar-nos-emos a outrem e às suas mãos: Mandinga d'Soncent, Wölfli, Blaue Reiter, entre outros que, apesar de radicalmente diferentes, não serão mais do que uma extensão de nós próprios. Jaguar é um excerto, uma cena de caça ou uma cena de caça assombrada - Marlene Monteiro Freitas

Madrepérola

24/10/2020

12 €

Após anos intensos de concertos, com repertório dos discos anteriores, Capicua faz um reset e começa nova tour, com novo disco, nova formação e novo cenário. Madrepérola vem para renovar o repertório, mas sobretudo o espírito do espetáculo da rapper. A ideia é tocar o disco na íntegra, falando de cada tema cuidadosamente, como quem faz uma visita guiada a uma casa nova. Sendo um álbum de canções, com muitas vozes convidadas e muito mais dançável, exige que no palco se concretize essa energia. Assim, além dos músicos que habitualmente a acompanham (D-One, Virtus, Luís Montenegro e Sérgio Alves), Capicua passará a estar ladeada de duas vozes cantadas (Inês Pereira e Joana Raquel), para fazer jus à musicalidade dos novos temas e abrir novas possibilidades de descoberta do antigo repertório, com a reinvenção de velhos temas. Visualmente, o espetáculo ganha nova identidade, com muita luz, texturas e brilho, numa alusão à iridescência da madrepérola e à policromia dos encantos subaquáticos. É sem dúvida uma nova etapa que começa, plena de energia vital e poesia convertida em música.

Viagem À Escócia

25/10/2020

7.5 €

Durante uma viagem à Escócia, em 1829, Mendelssohn visitou o palácio de Holyrood, onde a rainha Mary viveu e foi coroada. Viu as escadas que os seus assassinos subiram, viu o altar em ruínas, coberto de hera e a céu aberto, no centro de uma paisagem idílica. Aí afirmou ter encontrado o início da Sinfonia Escocesa, que viria a terminar 12 anos mais tarde. As marcas da viagem estendem-se por todos os andamentos da obra e poderão ser desvendadas neste concerto comentado por Gabriela Canavilhas e ilustrado por exemplos apresentados pela orquestra. No pódio estará o maestro escocês Douglas Boyd, director artístico do festival Garsington Opera.

IV Encontro Nacional de Literaturismo

27/10/2020

A verdade é que tudo continua ligado... Cá estamos nós a insistir mais uma vez, com isto do Literaturismo... Pois é, e a razão é simples: achamos que Literatura, Património, Turismo e Gastronomia andam todos ligados. E se não estão, deveriam estar... Como entendemos que deve ser assim, vimos pela quarta vez declamar que ainda há bastante caminho para andar, há viagens que têm que ser feitas e descobertas, autores que ganham em ser lidos e relidos, saberes que têm de comunicar uns com os outros, e sabores que só estão à espera que lhes demos oportunidades para se revelarem--- - José Valle de Figueiredo

Manel Cruz - Tour Nedó

Até 29/10/2020

14 €

Tour Nedó é o novo espetáculo de Manel Cruz e da sua banda. Um pretexto para se fazer e reinventar música, tendo como ponto de partida o recente "Vida Nova" mas também o repertório mais antigo, passando por inéditos e outros temas que nunca vão existir. Depois de Ornatos Violeta, Pluto, Foge Foge Bandido e Supernada chegou "Vida Nova", o há muito desejado álbum de estreia de Manel Cruz. A expectativa era grande e foi superada desde o primeiro momento. Ao longo de 12 músicas, Manel Cruz dá-se a conhecer mais um bocadinho e é muito o que ainda tem para revelar. As canções e poemas que não deixam ninguém indiferente, destacam-se individualmente e como um todo. "Ainda Não Acabei", "Beija-Flor", "Cães e Ossos" e "O Navio Dela" são singles. Em palco, a solo ou com António Serginho (percurssão, piano, xilofone), Eduardo Silva (baixo, voz) e Nico Tricot (piano), músicos com quem toca há mais de 10 anos e, nesta formação, há mais de seis anos, Manel Cruz mostra-se um homem novo.

@c

29/10/2020

7 €

“Porque é que, ao olhar para nada, nunca vemos nada?” Pedro Tudela e Miguel Carvalhais colaboram como projeto @c desde 2000, tendo produzido mais de duas dezenas de edições discográficas, quase duas centenas de espetáculos e várias instalações sonoras. Para marcar os vinte anos do projeto, Tudela e Carvalhais colaboram com André Rangel no novo espetáculo “Não-Nada”, especialmente criado para o Understage do Rivoli. “Não-nada” é uma performance para som multi-canal e luz que explora o palco, não-palco e sub-palco do Rivoli. É um espectáculo que destila duas décadas de experimentação sonora radical, de um percurso militante e inquieto, de um permanente trabalho em curso.

Cadernos A & B: Prelúdio e Fuga

30/10/2020

O Gabinete do Desenho da Casa Guerra Junqueiro acolhe a exposição "Cadernos A & B: Prelúdio e Fuga", do artista Jorge Feijão. De entrada livre, mediante lotação do espaço, e seguindo o cumprimento escrupuloso das medidas preventivas, a mostra pode ser visitada até 24 de janeiro de 2021. Trata-se de uma oportunidade única para descobrir uma imensa série de desenhos, de pequeno formato, entre o esquiço e o acabado, a luz e a escuridão, a velocidade e a ponderação da mão e do pensamento. Como se nesta exposição do Museu da Cidade, o próprio desenho se revelasse através de uma certa cadência musical. O conjunto de trabalhos que está em exibição constitui-se - faça-se a analogia - como um palimpsesto de motivos que se assemelham a atlas de imagens. Muito utilizado na Idade Média, o palimpsesto era um manuscrito em pergaminho ou papiro, que era regularmente raspado ou apagado para permitir a reutilização do material e a posterior sobreposição de um novo escrito, ainda que se vislumbrassem vestígios do texto manuscrito anterior.