Álvaro Siza: in/disciplina

19/09/2019

Nome: Álvaro Siza Disciplina: tão pouca quanto possível Esta nota confessional - certo dia escrita por Álvaro Siza na guarda interior de um dos seus cadernos de desenho, de formato escolar - serviu de ponto de partida para esta exposição comemorativa do 20.º aniversário do Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Álvaro Siza: in/disciplina revela-nos a salutar inquietude e a insubmissão do seu método criativo que, forjado no cruzamento entre saberes, culturas, geografias, obras e autores, sustentou, ao longo de mais de seis décadas, um constante questionamento da arquitetura a partir, simultaneamente, do que está dentro e fora da disciplina. Com base em trinta projetos realizados entre 1954 e 2019 (construídos ou não), a exposição percorre a trajetória de Álvaro Siza, desde o período da sua formação até à sua plena afirmação autoral, através das suas leituras, dos seus cadernos de esquissos e registos de viagem, dos retratos que dela fizeram fotógrafos e amigos, das publicações seminais que as publicaram e do testemunho pessoal de muitas personalidades que com ela se cruzaram ao longo do tempo.

Árvore de natal da cidade

Até 11/01/2020

O coração da cidade volta a ser o palco dos grandes concertos deste Natal, com a iluminação da Árvore de Natal agendada para o dia 1 de dezembro, data em que a praça acolherá ainda um concerto gratuito de Diogo Piçarra.

Porto Sentido de Dina de Souza

Até 04/01/2020

"Dina de Souza é uma Pintora cuja sensibilidade apurada, transparece nos seus trabalhos. As obras que expõe são fruto de um longo trabalho de estudo, pesquisa e maturação, que daí resulta num trabalho sério e equilibrado. Todos os seus trabalhos estão estruturados num delicado e muito bom desenho, com uma aguarelada de tons suaves, harmoniosos e de contrastes, criando atmosferas cheias de poesia e cor. É hoje uma Mestre conceituada pelos seus pares tendo sido reconhecida nessa qualidade por Pinto Soares (reputado e saudoso crítico de artes), e pelos Mestres (saudosos) José Rodrigues e Mário Silva e ainda o atual Mestre Ferreira Pinto." Kim Molinero (Curador d'artes).

Pista de gelo natural

Até 12/01/2020

3.5 €

Neste dia 30 de novembro, inaugura a pista de gelo natural que vai funcionar até o dia 12 de janeiro. Na Praça de D. João I, a pista abre logo às 10 horas. No feriado de 1 de dezembro, a pista terá acesso gratuito durante o período da manhã, até às 13 horas.

9kg de Oxigénio

Até 16/02/2020

A Galeria Municipal do Porto inaugura a exposição "9kg de Oxigénio". A exposição resulta do desafio lançado pela Galeria Municipal do Porto ao projeto "Uma Certa Falta de Coerência" para desenvolver um exercício que refletisse sobre a relação entre a prática curatorial independente, autogerida por artistas, e um contexto expositivo institucional. Nesse sentido, "Uma Certa Falta de Coerência", que desenvolve o seu trabalho de forma independente desde 2008, vai apresentar esta exposição em que "testará políticas de produção e formas de entendimento próprias, tomando como ponto de partida o exercício de sobrevivência em condições adversas e sujeitas a opressão institucional". "Uma Certa Falta de Coerência" irá transferir a atmosfera do espaço diminuto que ocupa na Rua dos Caldeireiros, onde se questiona frequentemente a respirabilidade do ar, e apresentará obras de artistas que, ao longo dos últimos anos, tem colaborado com o projeto: Babi Badalov, Daniel Barroca, António Bolota, Camilo Castelo Branco, Merlin Carpenter, Rolando Castellón, June Crespo, Luisa Cunha, Stephan Dillemuth, Loretta Fahrenholz, Pedro G. Romero, Dan Graham, Alisa Heil, Mike Kelley, Ruchama Noorda, Silvestre Pestana, Josephine Pryde e Xoan Torres.

Depois do Estouro

Até 16/02/2020

A Galeria Municipal do Porto inaugura a exposição "Depois do Estouro", que tem curadoria de Tomás Abreu e resulta do projeto concursal "Expo'98 no Porto". "Depois do Estouro" foi selecionada por um júri independente da equipa artística da Galeria Municipal do Porto, composto por Daniela Marinho, investigadora de pós-doutoramento no Departamento de Artes e Estudos Culturais da Universidade de Copenhaga, Miguel Ferrão, que dirige com Eduardo Guerra o projeto artístico Musa paradisiaca, e Nuno Faria, diretor artístico do Museu da Cidade. Esta exposição parte dos efeitos que os desenvolvimentos socioeconómicos e tecnológicos do final do século passado tiveram na cultura contemporânea e "propõe uma reflexão sobre paradoxos das suas consequências, paralelamente desafiando noções de manipulação do tempo". Reúne um conjunto de obras, produzidas no final da última década por 13 jovens artistas que cresceram em Portugal na década de 90, as quais "incidem sobre questões da humanidade, do espaço físico e do tempo": Alice dos Reis, Francisco M. Gomes, Henrique Pavão, Hugo de Almeida Pinho, Igor Jesus, Jorge Jácome, Lúcia Prancha, Mariana Rocha, Mariana Vilanova, Pedro Huet, Rodrigo Gomes, Sara Graça e Tomás Abreu.

Está Aqui

Até 12/07/2020

A exposição assinala os 30 anos da Fundação e os 20 anos do Museu de Serralves, apresentando a programação do Serviço de Artes Performativas entre 1999 e a atualidade. Nasceu e desenvolveu-se através de compromissos entre objetivos aparentemente inconciliáveis: por um lado, a necessidade de apresentar dados concretos (nomes, datas, imagens) que mostrassem onde, como e quando se apresentaram determinados artistas, e refletissem o caráter pioneiro da importância conferida às artes performativas por parte de Serralves; por outro lado, traduz aquilo que parece distinguir imediatamente estas artes: a implicação do espectador, o espírito eminentemente colaborativo, o "aqui e agora”, por oposição ao "isto foi”. Os compromissos passaram por expor documentação e permitir aos seus visitantes saber quem se apresentou em Serralves (e quando, como e onde), ao mesmo tempo que se apresentam elementos que convocavam o tal "aqui e agora”. A documentação foi incorporada através de um processo de colaboração: uma vez selecionadas pelos programadores Cristina Grande e Pedro Rocha as imagens e palavras que melhor ilustrassem os últimos vinte anos da sua programação (entre fotografias de cena e materiais gráficos que anunciavam e acompanhavam as atividades), foi pedido a um designer gráfico, Luís Teixeira, que concebesse um livro que nunca seria publicado, cujas páginas seriam exclusivamente apresentadas nas paredes da Biblioteca de Serralves, juntamente com filmagens de espetáculos e adereços a que os referidos programadores reconheceram especial importância. Ao mesmo tempo, decidiu-se ocupar uma área considerável do mezanino da biblioteca com um objeto que convocasse imediatamente a ideia de teatro e que conseguisse "ativar” o espectador: um pequeno palco à espera de ser ocupado. O visitante pode e deve sentar-se para ler (textos sobre a programação, livros incontornáveis para se entenderem atualmente as artes performativas) e, muito importante, para ouvir testemunhos e memórias de espetáculos escritos por cúmplices especialmente atentos à programação de artes performativas de Serralves — entre artistas, músicos, escritores e atuais ou antigos diretores e programadores de teatros e festivais de música e de performance — e depois lidos por dois atores. Estes testemunhos vieram conciliar o inconciliável: as memórias de determinados espetáculos, ou de concertos e performances — obrigatoriamente subjetivas, incompletas, fragmentárias — constituem o necessário contraponto aos dados, datas, cronologias, documentação. É em grande medida graças a eles que esta exposição não é apenas sobre "o que foi”; também é agora, e também é aqui.

Praça da Fantasia

Até 12/01/2020

3.5 €

Um conjunto de atrações e divertimentos vai animar o local até 12 de janeiro. A Praça de Mouzinho de Albuquerque, conhecida popularmente por "Rotunda da Boavista", volta este Natal a transformar-se em Praça da Fantasia! Todos os miúdos, e também os graúdos, estão convidados a divertir-se nas várias atrações que estarão instaladas no local entre 30 de novembro e 12 de janeiro. Além de uma pista coberta e uma rampa de gelo, haverá carrosséis, pistas de carros, um comboio mágico, simuladores, jogos tradicionais, uma mini roda e até uma Casa do Pai Natal. No feriado de 1 de dezembro, a pista terá acesso gratuito durante o período da manhã, até às 13 horas.

Porto. Cidade com Festas Felizes

Até 06/01/2020

A partir do dia 30 de novembro, a magia do Natal toma conta da cidade do Porto. As ruas, as praças e os jardins iluminam-se e toda a cidade ganha novas cores e um ambiente ainda mais quente e acolhedor. A cada fim de semana, renovamos o convite para que saia de casa e aproveite em família a época mais bonita do ano. Feiras e mercados de Natal, pistas de gelo natural, circo, espetáculos de dança e teatro, concertos de música, coros itinerantes, oficinas, contos de Natal, atividades para crianças e muita animação de rua vão marcar o ritmo da cidade ao longo das próximas cinco semanas, através de uma programação tão brilhante quanto esta quadra.

5 seasons

Até 03/01/2020

5 seasons é um projeto realizado pelo fotógrafo Júlio Aires. Este projeto, composto por quatro fotografias analógicas, 35mm, a preto e branco e cor, estará exposto simultaneamente em quatro estabelecimentos comerciais da cidade invicta: Câmaras & Companhia, Cano Amarelo, Embaixada do Porto e Miprint. Estes espaços revestem-se de uma grande importância para o autor, não apenas porque é neles que adquire produtos de fotografia analógica, mas sobretudo pela qualidade de serviços e simpatia que os caracteriza. 5 seasons é, então, um tributo do autor às pessoas que fazem destes estabelecimentos espaços de eleição.

Concerto de Ano Novo

03/01/2020

22 €

A entrada no novo ano dá o mote para um concerto onde não podia faltar a célebre dinastia Strauss, representada pela sua segunda geração – a dos irmãos Johann, Josef e Eduard. Tradição indispensável nos salões vienenses, as orquestras de dança inspiraram também compositores de outras paragens, como o dinamarquês Hans Christian Lumbye – apelidado de “Strauss do Norte”. O maestro Takuo Yuasa viveu e trabalhou em Viena e conviveu de perto com uma tradição que atrai milhares de visitantes de todo o mundo e deu origem aos célebres concertos de Ano Novo da Filarmónica daquela cidade. Também na Casa da Música se entra em 2020 com o pé direito, o esquerdo e todo o corpo dominado pelos ritmos de valsas, polcas e galopes.

Concerto de Ano Novo

04/01/2020

25 €

A chegada do Novo Ano celebra-se no Coliseu Porto Ageas a 4 de janeiro com um concerto que já se tornou numa tradição da cidade. Apuram-se os trajes e as saudações, as tradições e as superstições, os balanços, os sonhos, as iguarias, as pirotecnias e, claro está, a música. O Concerto de Ano Novo da Orquestra Metropolitana de Lisboa sopra ao público a brisa espirituosa das polcas e valsas da família Strauss que todos conhecemos, quer de bailados, quer do cinema. O espetáculo terá uma fantástica abertura orquestral de Stanisław Moniuszko, e pontuada pelo encanto melódico e requintado humor de Gioachino Rossini. Com descontração e informalidade, e cumprindo a tradição, vamos receber o talento do maestro Sebastian Perłowski e entrar em 2020 da melhor maneira possível.

Feira dos Passarinhos

Até 31/12/2022

Feira tradicional, de cariz popular, com alguns anos de atividade, onde pode adquirir aves, enquanto animais de companhia. É permitida, a comercialização de gaiolas, comedouros, bebedouros, poleiros, alimentação e demais artigos necessários para o alojamento, manutenção e criação. Mesmo que a intenção não seja comprar encante-se com os cantares das aves, com as suas cores e o movimento da feira. Ao passar pela feira ninguém escapa ao deslumbramento de olhar o Rio Douro e as pontes.

Feira de Numismática, Filatelia e Colecionismo

Até 31/12/2022

Local de encontro de vários colecionadores, esta feira tem como objeto a venda e troca de moedas, postais, selos e outros objetos colecionáveis afins. Realiza-se debaixo das arcadas dos prédios que rodeiam a praça.

Alexandra Dovgan

05/01/2020

10 €

O primeiro recital do Ciclo de Piano traz a Portugal uma menina-prodígio de apenas 12 anos que tem sido aclamada em importantes festivais e salas de concerto. As suas interpretações revelam surpreendente maturidade, técnica estonteante e sensibilidade profunda, conquistando os júris de concursos internacionais como o I Grand Piano Competition de Moscovo, para jovens pianistas, que venceu ainda antes de completar 11 anos. Natural da Rússia, Alexandra Dovgan é a protegida do célebre Grigory Sokolov e já tocou em concerto sob a direcção de maestros como Valery Gergiev e Vladimir Spivakov.

Adagio Hammerklavier | Short cut | In the future

Até 11/01/2020

9 €

Duas vezes por ano, o Teatro Municipal do Porto acolhe a Companhia Nacional de Bailado, não fosse o Grande Auditório do Rivoli a sala onde foi apresentado o primeiro espetáculo, em 1977, antes ainda da sua estreia oficial no Teatro Nacional de São Carlos. A Companhia Nacional de Bailado vem ao Porto ora com criações contemporâneas - como foi o caso das reposições e da composição original pela coreógrafa Tânia Carvalho, na temporada de 2018 -, ora com um reportório clássico e moderno, numa lógica patrimonial e de constante atualização, missões basilares desta companhia. O programa agora proposto é um triple bill, três peças curtas de Hans van Manen. O coreógrafo holandês é conhecido pela forte estrutura e simplicidade refinada das suas composições. Da melancolia a partir do romantismo de Beethoven, em “Adagio Hammerklavier”; à elasticidade para a partitura vanguardista de Jacob Ter Veldhuis em “Short Cut”; até ao cromatismo satírico de “In the Future”; os virtuosos bailarinos da CNB trazem até nós nos seus corpos este relevante coreógrafo da história da dança. "Adagio Hammerklavier" é reconhecido mundialmente como um dos clássicos do século XX. Esta é uma peça para três pares de bailarinos, coreografada sobre a sonata para piano de Beethoven, no. 29, opus 106. É considerado como o bailado mais lírico e académico de Hans van Manen e traduz uma visão lúcida e analítica das oscilações emocionais que ocorrem na vida comum. Ao longo da peça os sentimentos alternam-se entre paixão e desejo não correspondido, atração e repulsa. Criada em 1999, “Short Cut” é uma peça para quatro bailarinos. Hans van Manen inspira-se na partitura de Jacob Ter Veldhuis e tira partido das tonalidades, do ritmo e da poesia desta obra. A coreografia acompanha o ritmo da música, base desta dança que, centrando-se na forma de pas de deux, revela a sua extraordinária elasticidade. Coreografado originalmente para o Ballet Scapino de Rotterdão em 1986, “In The Future” é uma peça enérgica, divertida e surpreendente, criada para doze bailarinos com a música de David Byrne e figurinos de Keso Dekker.

Um Plano do Labirinto

Até 19/01/2020

10 €

Sabemos da irreverência das encenações de João Garcia Miguel. Refira-se, por exemplo, o desassombro das suas operações sobre Shakespeare em Burgher King Lear (2007) ou Calderón de la Barca em La Vida Es Sonho (2015). Regressa com Um Plano do Labirinto, adaptando um texto da lavra de Francisco Luís Parreira (na que é já a quarta criação conjunta de “uma estreita e durável relação”), para quem a reverberação das situações históricas ou dos textos antigos que elege é um revelador do que somos hoje – é sua a espantosa tradução do poema babilónico Épico de Gilgameš, um dos textos mais antigos do mundo. Depois de Lilith, associado à crise na Grécia/Europa, de Três Parábolas de Possessão, impregnado de referências bíblicas e do conflito israelo-árabe, e de uma versão livre de Medeia, Um Plano do Labirinto é um polifónico conto mitológico sobre a diáspora portuguesa no século XX, no Oriente e em África, interrogando-se/nos sobre a verdade e a mentira de muitas histórias recolhidas da “nossa” guerra no “Ultramar”. Uma delas, exemplar na sua “indiferença à verdade”, conta um imaterial confronto entre soldados de uma patrulha e uma manada de antílopes na savana inexplorada. “Por que razão mentem estas histórias tão ostensivamente?”

França Sagrada

10/01/2020

22 €

A abertura oficial do País Tema apresenta obras sacras de dois compositores franceses incontornáveis. Escrita ainda na juventude de Messiaen, em 1932, a partitura de Hymne au Saint-Sacrement ficou perdida durante a 2ª Guerra Mundial e o compositor assumiu a tarefa hercúlea de a reconstruir de memória. A música monumental do Te Deum de Berlioz exige uma orquestra e um coro de proporções gigantescas, incluindo um órgão que compete praticamente de igual para igual com a exuberante orquestração. A voz solista está a cargo de Cyrille Dubois, tenor francês que ganhou grande experiência no Atelier Lyrique da Ópera de Paris e é regularmente convidado para se apresentar naquele teatro. Em 2015 foi nomeado Artista Lírico Revelação nos prémios Victoires de la musique.

Vive la France!

Até 18/01/2020

O regresso a um dos países mais fascinantes da história da música leva-nos em viagem através de várias épocas, da Idade Média à atualidade. Além dos agrupamentos residentes da Casa da Música, sobem ao palco convidados especiais de grande relevo internacional, como o pianista Pierre-Laurent Aimard, os maestros Sofi Jeannin e Hervé Niquet e o tenor Cyrille Dubois, além do Coro Nacional de Espanha. Nos programas constam obras marcantes como o Te Deum de Berlioz e Les Oiseaux Exotiques de Messiaen, entre muitas outras de figuras como Debussy, Ravel, Charpentier e Boulez. Não perca o início da residência do compositor Philippe Manoury com as primeiras três de várias obras que serão apresentadas ao longo do ano em estreia nacional. O Serviço Educativo apresenta um novo espetáculo inspirado no escritor francês Júlio Verne que promete divertir toda a família. Esteja também atento à programação especial que será oportunamente anunciada para este programa de abertura do Ano França, e que se estende por vários géneros musicais.

As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos

Até 12/01/2020

11 €

Há fenómenos cujo sucesso é inegável. As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos são disso exemplo e têm levado ao teatro muitas famílias, que admitem dar mais de “97 gargalhadas”, ao longo do espetáculo. Com adaptação e encenação de António Pires, o humor e a atualidade são características da peça, com variadas referências a temáticas triviais e “digitais” do quotidiano português, a par com o (re)conhecimento das 37 obras daquele que é considerado o maior dramaturgo da história mundial, William Shakespeare. As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos “viaja” pelas tragédias, comédias, peças históricas e sonetos do mais famoso e influente dramaturgo inglês, provando que “Ser ou não ser” não é uma questão a colocar quando se trata do fenómeno que este espetáculo é desde a sua estreia, em 1996!

VI Festival de Janeiras

Até 11/01/2020

Dia 10 de janeiro, às 21h30, na Igreja Stella Maris: - Coro Carmelitas Stella Maris - Anfitrião - Orfeão da Foz do Douro - Academia de Danças e Cantares do Norte de Portugal - Coro da UCP - Grupo das Janeiras da Paróquia de Aldoar - Grupo Danças e Cantares São Martinho de Aldoar Dia 11 de janeiro, às 17h30, no Auditório de Cristo Rei: - Coro de Cristo Rei - Orfeão da Foz do Douro - Coro São João da Foz - Escuteiros Agrupamento 484

Aimard Toca Messiaen

11/01/2020

10 €

O Remix Ensemble entra no Ano França com três gerações de compositores e um grande pianista daquele país. Uma das figuras maiores do século XX, Olivier Messiaen compôs várias obras inovadoras explorando material musical oriundo do canto dos pássaros. Em Les Oiseaux Exotiques, reúne cantos de pássaros americanos e asiáticos. O pianista Pierre-Laurent Aimard é um solista de referência desta obra favorita do grande público e com ela inaugura a sua residência artística na Casa da Música. Este concerto dá início à retrospectiva da obra de Philippe Manoury, um dos compositores franceses mais importantes da actualidade, mas a obra mais recente do programa pertence a Christophe Bertrand, um compositor que prometia tornar-se uma duradoura referência da música contemporânea francesa mas que veio a falecer com apenas 29 anos, em 2010.

França Coral

12/01/2020

10 €

Ex-titular da Maîtrise do Coro da Radio France e actual titular dos BBC Singers, a prestigiada maestrina Sofi Jeannin regressa à Casa da Música para apresentar uma fascinante viagem pela história da música coral francesa. Do século XIV à actualidade, o programa inclui obras-chave dos períodos Medieval e Renascentista, com os célebres Guillaume de Machaut e Clément Janequin. A poesia medieval do Duque Charles de Orleães dá o mote para canções compostas por Debussy – as únicas que escreveu para coro a cappella. A obra mais recente, de Manoury, é aquela que se inspira no passado mais longínquo, com recurso a textos filosóficos da Grécia Antiga que se revelam surpreendentemente modernos, enquadrados numa imponente partitura para três coros.

Rocío Márquez

12/01/2020

18 €

Aclamada pela imprensa como a voz da nova geração de canto flamenco, Rocío Márquez é uma das referências maiores do flamenco contemporâneo. Dona de uma voz prodigiosa, uma carreira construída passo a passo e uma educação sólida, tem sido distinguida com importantes prémios. A personalidade inquieta e a enorme curiosidade são evidentes na sua discografia, que mostra transversalmente tão grande amor pela tradição flamenca como uma necessidade premente de ampliar os limites da mesma tradição. Rocío Márquez chega a Portugal para apresentar o seu novo disco Visto en el Jueves, uma reflexão crítica sobre o conceito de autoria através de um repertório que desfoca o fosso entre flamenco e não flamenco e o canto e a canção.

Victor Pereira

14/01/2020

10 €

O título Dialogues de l’ombre double é retirado da peça teatral Le Soulier de Satin de Paul Claudel, um drama que conta a história de um amor impossível e explora os diálogos entre personagens terrestres e celestiais. A peça foi escrita em 1985 por Pierre Boulez, por ocasião do sexagésimo aniversário de outro grande compositor, Luciano Berio, e é aqui apresentada na sua versão original para clarinete e fita magnética. Igualmente de França chega-nos uma obra de juventude de Gérard Grisey que inclui excertos com sons multifónicos – dois sons simultâneos produzidos por um único instrumento de sopro. Hugo Vasco Reis e João Pedro Oliveira, figuras destacadas da composição nacional, exploram também os diálogos entre a música instrumental e a eletrónica.

Little B

Até 19/01/2020

7 €

“Little B”, a nova criação do Visões Úteis, é um espetáculo concebido, escrito e dirigido por Ana Vitorino, Carlos Costa, Mário Moutinho e Sara Barros Leitão, assumindo e ampliando a dinâmica colaborativa que é marca da identidade da companhia. Inspirado pela biografia profissional de Mário Moutinho – Artista Associado do Visões Úteis em 2018/2019 –, o espetáculo recusa, no entanto, uma perspetiva arquivista ou documentarista: não interessa tanto a vida do Mário, mas a pluralidade de vidas que uma vida pode conter; não tanto a sua vida vivida, mas a sua vida por viver; não tanto aquilo que (d)ele se recorda mas os atalhos, imprecisões e armadilhas da memória que se tornam evidentes quando se tenta arquivar uma vida. Sobretudo, mais do que aquilo que o Mário fez, interessa o que sonhou e falhou fazer - porque é aí que todos nos encontramos: o protagonista de Dumas/Sartre (“Keane”) que nunca fez, o Próspero, rodeado de marionetas, que nunca interpretou, o solo de bateria (“Little B”, The Shadows) que nunca tocou.

Western Society

Até 18/01/2020

10 €

Damos as boas-vindas a 2020 com Western Society, uma odisseia de trazer por casa, onde a civilização do século XXI cabe por inteiro no interior de uma sala de estar. É uma oportunidade imperdível para o público do Teatro Nacional de São João conhecer os Gob Squad, um coletivo de artistas fundado nos anos 1990 em Nottingham, Inglaterra, mas que opera presentemente a partir de Berlim, Alemanha. Habitam um território em que a banalidade coexiste com a utopia e onde a presença física é amplificada pelas tecnologias digitais, ferramentas que otimizaram para introduzir o mundo real da vida quotidiana no mundo artificial do teatro. Em Western Society, reconstituem em palco a gravação de um vídeo caseiro de uma reunião familiar. Este dispositivo, que convoca a participação ativa dos espectadores, é um revelador dos recantos mais luminosos e escabrosos da cultura contemporânea. Sim, a solidão, o consumismo, a procura de formas alienadas de intimidade, o sortilégio das canções pop, a obscenidade dos reality shows, a Internet como céu e inferno. Western Society é uma sucessão disfórica de janelas que se abrem e se fecham, do palco de teatro ao ecrã de um telemóvel, do maior ao mais pequeno. O mundo encolheu? É isto a felicidade?

Toutes Les Nuits

17/01/2020

A primeira longa-metragem de Eugène Green inspira-se livremente na Primeira Educação Sentimental de Gustave Flaubert. Toutes les nuits foi escrito em 1994, rodado em 1999 e distribuído em 2001, tornando-se um caso singular de receção crítica, que reconheceu a grande originalidade da estreia de Green no cinema (recebendo o prestigiado prémio Louis Delluc para melhor primeira obra). Ambientado em 1967, o filme centra-se nos percursos de dois amigos de infância (Henri e Jules) que passam juntos as últimas férias de verão. No final da adolescência, as suas vidas estão prestes a divergir, Henri partirá para Paris com vista a prosseguir a sua formação académica, Jules permanecerá no campo. As relações sentimentais de ambos, os seus primeiros amores e a paixão platónica que um deles alimenta por uma mulher que nunca viu, desenvolvem-se sob o pano de fundo de uma intensa troca epistolar. Com a eclosão do Maio de 68, a separação geográfica destes dois amigos - que podemos ver, também, como clivagem de uma mesma personalidade — será também uma separação emocional, vivencial e política.

Narrow

Até 19/01/2020

Uma casa que é muito pequena e, dentro dela, um homem que é muito grande. Uma outra casa também muito pequena e, dentro dela, uma mulher também muito grande. Vivem próximos um do outro, emprestam açúcar um ao outro, ou chá, um aspirador, um ovo, as velhas fotografias de família, um pedaço de parede. Parecem perfeitos um para o outro. Mas viver com outra pessoa não é tão simples como parece.

Clube de Teatro Sub 18

Até 29/02/2020

Após a sua criação na temporada passada, o TNSJ quer consolidar os passos dados na formação de um Clube de Teatro, com o intuito de fazer dele um espaço de acolhimento, permanência e progressão de jovens menores de 18 anos atraídos por esta arte. Sob a orientação de Nuno Cardoso, Nuno M Cardoso e Emílio Gomes, as improvisações a que os jovens vão ser desafiados são o ponto de partida para um trabalho em torno da peça Sonho de Uma Noite de Verão, de Shakespeare.

Crisálida

Até 19/01/2020

Crisálida é o processo de crescimento, definição de cores e diferenciação sexual das borboletas. Dentro do casulo, durante este processo, decorrem explosões de cores e é o único tempo onde nada ou pouco se mexem. Luta, resistência e persistência são palavras chave deste espetáculo. Prende-se com a dialética deste trabalho a desmistificação das categorias de género, alicerçadas nas questões existencialistas de Nietzsche, Sartre e Goffman. O ser enquanto indivíduo, o ser social e a criação de novos conceitos que fomentem a descontinuidade da natureza humana são questões que interessam ao criador desenvolver nesta peça. Por analogia, trazer à cena uma estese polissémica onde a técnica circense, o vídeo e algumas experiências plásticas são utilizadas, de forma a suscitarem outros significados e novas sensações em renovados enigmas.

Rituais Franceses

18/01/2020

13 €

Repleto de sensualidade, colorido e poder de sugestão, o Prélude à l’Après-Midi d’un Faune de Debussy, baseado em versos de Mallarmé, tem atraído públicos de sucessivas gerações desde a sua estreia em 1894. Este programa ilustra fases diversas da trajectória musical francesa desde então, com obras de três dos compositores mais incontornáveis nesse percurso. De Pierre Boulez ouvir-se-á o Rituel, escrito na década de 1970 em memória de Bruno Maderna, no qual que se tira partido da distribuição dos músicos em oito grupos separados no palco. A fechar o programa, destaca-se a estreia em Portugal de Sound and Fury de Philippe Manoury, um dos mais importantes compositores franceses da actualidade, cuja obra está em retrospectiva na programação da Casa da Música ao longo de 2020.

Se esta rua falasse de Barry Jenkins

18/01/2020

Nova Iorque, década de 1970. Tish e Fonny são dois jovens afro-americanos apaixonados e cheios de esperança no futuro. Quando ele é preso injustamente devido a uma acusação de violação, o casal vê o seu mundo ruir. Algum tempo depois, ao descobrir que está grávida do primeiro filho de ambos, Tish toma uma decisão: encontrar um meio de provar o erro judicial que colocou o namorado atrás das grades para que ele possa assistir, em liberdade, ao nascimento da criança. Com realização de Barry Jenkins (responsável pelo triplamente oscarizado "Moonlight"), um filme dramático sobre injustiça e preconceito que se baseia no romance homónimo de James Baldwin.

aSH

Até 19/01/2020

Conheci a Shantala Shivalingappa em 2008, nos bastidores de um teatro em Dusseldorf, onde era convidada da Pina Bausch. Foi aí que tudo se alinhou de forma realmente poderosa. aSH é o opus final na trilogia de retratos de mulheres iniciada dez anos antes com Questcequetudeviens? (2008) e que continuou com Plexus (2012). Nessa trilogia, não tomo como ponto de partida o espaço, que é o meu tema habitual no teatro, mas uma mulher, uma pessoa com uma história, um ser vivo que se revela através da dança. Xiva, o deus da dança, habita a Shantala Shivalingappa. De acordo com a literatura, Xiva tem mais de mil nomes. É um deus de criação e destruição. A cinza [ash] não é apenas o resíduo sólido da combustão perfeita, é aqui um processo. Faz parte de um ciclo de nascimento e morte que começa do nada – o início de qualquer forma no teatro – e tende para uma forma efémera antes de desaparecer. A dança de Shantala assemelha-se a um kolam, um desenho feito no chão com farinha de manhã, destruído pelo vento durante o dia e refeito no dia seguinte. Círculos, pontos, simetrias, espirais, fractais… a dança dela parece ser uma representação da própria estrutura do mundo. Em aSH, título formado com as iniciais do primeiro e último nomes dela, gostaria que o espaço tivesse todo um ritmo. Gostaria que o espaço começasse por se exprimir como uma vibração, a qual é depois apanhada, transformada e prolongada indefinidamente pelo percussionista Loïc Schild. A dança de Shantala baseia-se na sua viagem da Índia para a Europa, do kuchipudi a Pina Bausch, de Xiva a Dionísio, deus do teatro, que alguns dizem descender do mesmo deus. Shantala está sempre a viajar entre Madrasta, onde nasceu, e Paris, onde vive. A sua dança é um pêndulo perpétuo, muito à semelhança do nosso encontro: algures entre a mística hindu e a física quântica. – Aurélien Bory

Mohammad Reza Mortazavi

18/01/2020

Mohammad Reza Mortazavi nasceu no Irão em 1978. Iniciou as aulas de tombak aos 6 anos e, aos 9, já dominava o instrumento ao nível dos maiores mestres. Ainda criança, venceu a competição anual iraniana de tocadores de tombak, onde apenas os melhores instrumentistas são avaliados. Aos 20, já era considerado por muitos um dos melhores tocadores de tombak e daf - instrumentos tradicionais de percussão persa. Construiu uma reputação infame entre os mais canónicos percussionistas persas ao desenvolver mais de 30 novas técnicas de tocar os instrumentos tradicionais da região ao mesmo tempo que esgotava as salas de concertos de Teerão. Tornou-se numa figura de relevo dos circuitos da música de raízes, tocando nos maiores festivais ao longo de mais de duas décadas. Em 2017, editou com Burnt Friedman o EP Yek; em 2018, um outro EP, desta vez a solo, na editora portuguesa Padre Himalaya; e, em 2019, o LP Ritme Jaavdanegi na francesa Latency. Estas três edições provaram-se cruciais ao introduzirem os seus ritmos ao universo das vanguardas da música eletrónica, experimental e de dança. Mohammad Reza Mortazavi é um desses raros músicos capazes de aproximar os conceitos tantas vezes distantes de vanguarda e tradição. Somente com as mãos, produz o que se poderia apenas esperar de um pequeno ensemble de percussionistas, processado e polido pelo mais meticuloso engenheiro sonoro.

Sentir o azul profundo debaixo das ondas do mar

19/01/2020

5 €

A arte de Catarina Machado apresentada em “Sentir o Oceano” (exposição temporária – Sala Multiusos) desperta emoções e inspira a participação nesta oficina. A construção de uma caixa de luz e o uso dos sentidos levam o pensamento a mergulhar no mar da imaginação, desafiando a capacidade criativa de crianças e adultos e promovendo a partilha de sensações, sempre com muita brincadeira à mistura.

Te Deum

19/01/2020

17 €

A Orquestra Barroca e o Coro Casa da Música apresentam-se ao lado de um dos maiores especialistas no Barroco francês, o maestro Hervé Niquet, fundador do prestigiado agrupamento de música antiga Le Concert Spirituel. Naquela que é a sua estreia na Casa da Música, dirige um programa inteiramente dedicado a um dos maiores mestres da música francesa, Marc-Antoine Charpentier, célebre especialmente pela sua extensa produção vocal. Composta na última década de vida de Charpentier, Missa Assumpta est Maria é considerada uma das suas obras-primas, escrita para vozes solistas, coro e acompanhamento instrumental. Não podia faltar o célebre Te Deum que inclui um ensemble instrumental alargado para a época e cujo prelúdio inicial foi usado como tema de abertura da União Europeia da Radiodifusão e do Festival Eurovisão.

O intendente Sansho de Kenji Mizoguchi

23/01/2020

No Japão medieval, um governador permissivo é mandado para o exílio. A mulher e os dois filhos tentam juntar-se-lhe, mas são cruelmente separados. Enquanto a mãe é forçada a prostituir-se, os filhos, Anju e Zushio, são vendidos como escravos ao tirano Sansho e crescem submetidos ao sofrimento e à opressão. Anos mais tarde, Zushio é um homem duro, mas a irmã, Anju, não esqueceu a história de ambos.

Experiência iSEA

Até 13/02/2020

O Planetário do Porto - Centro de Ciência Viva está a facultar expedições virtuais ao mar dos Açores, no âmbito do projeto de comunicação de ciência iSEA, liderado pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP). Aberta aos maiores de 18 anos, esta experiência de realidade virtual é de acesso gratuito, mediante inscrição prévia, e visa possibilitar a exploração dos ecossistemas durante uma "missão" de cerca de uma hora. O acesso do público à "viagem", resulta do projeto iSEA, e tem como objetivo a criação de um conjunto de conteúdos e mensagens sobre ecossistemas do fundo do mar para comunicação científica e o desenvolvimento de um método não-intrusivo, válido e replicável em locais como centros de ciência e museus. O estudo exploratório tem ênfase nas temáticas abordadas pelo Centro de Investigação Internacional do Atlântico (AIR Centre – The Atlantic International Research Centre), nos Açores, em particular na sustentabilidade dos ecossistemas do mar profundo.

Virgens suicidas

Até 25/01/2020

9 €

Com uma linguagem clínica precisa, composta por detalhes misteriosos e eróticos, “Virgens Suicidas”, de John Romão, com dramaturgia de Mickael Oliveira, é uma criação que se inspira no texto homónimo de Jeffrey Eugenides e no texto “Mine-Haha, or On the Bodily Education of Young Girls” de Frank Wedekind. Interpretado por Luísa Cruz, Vera Mantero, Mariana Tengner Barros e ginastas adolescentes. As intérpretes estão recolhidas num espaço confinado ao feminino, onde se observa uma vida rotineira e rígida: dedicam-se à educação física, ao teatro, à dança, num aparente ambiente idílico. Há algo de inquietante entre as paredes deste lugar: para além das raparigas sofrerem de isolamento absoluto, afastadas do resto do mundo, a sua submissão a uma disciplina física severa abre em cada uma delas um estado de exceção a desejos violentos de aniquilação. “Virgens Suicidas” ataca a natureza repressiva da educação, é um chamamento distópico às armas, marcado pela inauguração e o fim do corpo adulto.

Correspondances / A Religiosa Portuguesa

25/01/2020

Virgile e Blanche cruzaram olhares por breves instantes, na pista de dança de uma festa. Não se apresentaram, não se conhecem, não trocam uma só palavra, mas, a partir desse momento, Virgile enamora-se perdidamente por Blanche. Tímido, consegue o seu endereço de e-mail e escreve-lhe uma mensagem. Mas ela não só não se recorda dele, como ama outra pessoa, Eustache. Na senda de A Princesa de Clèves, de Madame de La Fayette, a relação amorosa que progressivamente se desenvolve entre os dois correspondentes vai adquirindo uma profundidade pouco conforme aos modos de vida contemporâneos, mas o amor triunfará e levará a melhor sobre a renúncia. Esta média-metragem retrata um triângulo amoroso na era da comunicação eletrónica e marca a estreia de Eugène Green no suporte digital. O filme resulta, aliás, do convite do festival de Jeonju, na Coreia do Sul, no âmbito da longa-metragem coletiva Memories (Jeonju Digital Project 2007), projeto que, nesse ano, teve igualmente a participação de Pedro Costa e Harun Farocki. Julie de Hauranne, uma jovem atriz francesa que fala a língua da sua mãe, o português, mas que nunca esteve em Lisboa, chega pela primeira vez a esta cidade, onde vai rodar um filme baseado nas Lettres portugaises de Gabriel de Guilleragues. Deambulando pela cidade nos intervalos da rodagem, deixa-se fascinar por uma freira que reza, todas as noites, na capela da Nossa Senhora do Monte, no alto da Graça. No decurso da sua estadia, a jovem trava uma série de breves conhecimentos mais mundanos que, à imagem da sua existência anterior, lhe parecem fugazes e inconsequentes. São personagens um pouco perdidas, dilaceradas pela efemeridade do amor, múltiplo e fragmentário. Mas uma noite Julie conversa com a freira que, em estado de graça, lhe fala de um amor uno e incorruptível que dará, finalmente, sentido à sua vida e ao seu destino.

Keane

25/01/2020

22 €

Depois do lançamento do novo álbum “Cause and Effect”, os britânicos Keane confirmam as datas e cidades da digressão europeia de apresentação deste novo trabalho, que arranca no início de 2020. Tendo como ponto de partida Bruxelas, a tournée chega a Portugal dia 25 de janeiro, com um concerto no Coliseu do Porto Ageas. “Cause and Effect” é o sucessor de “Strangeland”, editado em 2012, que inclui os singles "Disconnected" e "Silenced by the Night". A edição deste novo álbum foi uma surpresa até para a banda. Tom Chaplin já conta com dois álbuns a solo de sucesso, no entanto, sentiu falta do seu parceiro de treino, Tim Rice-Oxley. “Dei por mim a questionar-me como é que eu tinha deixado esta importante relação a flutuar”, explica Tom. Ao mesmo tempo, Tim encontrava-se a passar pelas suas próprias lutas. Nessa mesma altura, apercebeu-se que tinha escrito um álbum com temas incrivelmente pessoais, alimentados pelo humor e pela dor. Quando Tom, o baixista Jesse Quin e o baterista Richard Hughes ouviram as músicas, ficaram imediatamente rendidos sonora e liricamente. A partir daí, a banda voltou ao estúdio para fazer o que realmente gostava, dando vida a essas músicas e criando novamente uma ligação. Como Tim Rice-Oxley salienta, "temos muita música boa em nós". “Cause and Effect” é exatamente isso.

PAUS

25/01/2020

10 €

Os PAUS anunciam a apresentação do recém-editado YESS ao vivo, pela primeira vez em terras lusas, depois de regressarem da digressão brasileira em Dezembro. O positivo concerto, apoiados pela Antena 3, está agendado para 25 de Janeiro, no Hard Club. Sem nada a provar e tudo a experimentar, os PAUS até agora sempre foram uma banda de dizer “porque não?”. 10 anos, 4 discos, 3 EP’s e múltiplas digressões por vários continentes, deixam o quarteto de Lisboa num sítio positivamente novo, num momento no qual, para cada novo desafio e oportunidade, a resposta parece ter evoluído para “YESS”. Depois de uma visita inspiradora a S. Paulo e várias experiências colaborativas, “YESS” é positivamente um disco de PAUS, a banda que muda por natureza e que ao fim de 10 anos continua sem medo de arriscar, de se rir de si própria e de mudar. Antecipado pelo single homónimo que os mostra ligados ao pulso de Lisboa com uma finesse desavergonhada, juntando ao sabor da cidade um peso rock que só soa a PAUS. O disco conta com a colaboração nos arranjos para sintetizadores modulares do brasileiro Grass Mass. Este trabalho de texturas electrónicas ajudou a expandir o imaginário do que pode ser um disco de PAUS – das pistas de dança de Lisboa aos escuros clubes de punk rock, das rodas de batuque das ruas de São Paulo às raves de Berlim.

Mercadinho dos Clérigos 

Até 29/03/2020

Quem passar entre as 10 e as 19 horas, irá encontrar a oferta variada do evento: artesanato, roupa, antiguidades, produtos biológicos, livros, brinquedos, entre outros artigos.  Como decorre no exterior, este mercado está sempre dependente de condições climáticas favoráveis.

A Sétima de Dvorák

26/01/2020

11 €

Após a sua estreia triunfal em Londres, a Sétima Sinfonia de Dvorák fixou-se no repertório como uma obra fundamental descendente em linha directa das grandes sinfonias de Beethoven e Brahms. As influências do folclore eslavo, tão exploradas por Dvorák noutras obras, esbatem-se aqui para dar lugar ao mundo interior e ao universalismo do compositor, revelado em instrumentações imaginativas e no genial tratamento do material musical. Uma obra ambiciosa, sombria e marcada pela intensidade dramática, explicada neste concerto por Daniel Moreira, com recurso a exemplos musicais apresentados pela orquestra antes da sua interpretação completa.

Les Signes / La Sapienza

26/01/2020

Uma mulher vive com os seus dois filhos (um, ainda criança, o outro, adolescente) numa pequena vila piscatório no País Basco francês. O seu marido, pescador, desapareceu misteriosamente há mais de cinco anos, mas ela não se conforma com isso. Como uma faroleira infatigável, acende todas as noites uma vela que coloca à janela na expectativa de que possa orientar o regresso desse Ulisses perdido a casa. O filho mais velho, cansado de esperar, decide procurar o pai ausente, interrogando vários dos que com ele trabalhavam. No decorrer desta busca, conhece um homem misterioso, que o interroga sobre as suas origens. O mesmo homem que ouvirá, ainda, as confidências da mãe a quem pergunta se, passado tanto tempo, seria ainda capaz de reconhecer o marido desaparecido. Alexandre é um prestigiado arquiteto que acaba de vencer um prémio importante. No auge da sua carreira, decide partir com a sua mulher, Alienor, para Itália onde pretende escrever um livro sobre a vida e obra de Francesco Borromini. A relação entre os dois já viu melhores dias e Alienor está bem ciente disso. Um dia, passeando à beira do lago Maggiore, conhecem casualmente Goffredo e Lavinia, dois irmãos no fim da adolescência. Ela está doente, ele iniciará brevemente a sua formação académica em arquitetura, e o encontro acidental depressa se torna num bom pretexto para a separação do casal. Alienor ficará em Stresa a cuidar de Lavinia, Goffredo partirá com Alexandre num périplo pelos edifícios de Borromini, entre Turim e Roma. O trabalho da luz nas obras do arquiteto barroco revela a Alexandre a necessidade de reenquadrar a sua vida e o seu casamento. E é por isso que no fim desta viagem a Itália, munidos de uma renovada sabedoria, o milagre sempre acaba por acontecer.

Wim Mertens

29/01/2020

35 €

São 40 anos de carreira, contados desde a obra electrónica For Amusement Only, que usava exclusivamente sons de máquinas de flippers. Seguiram‑se clássicos como Struggle for Pleasure (1983) e Maximizing the Audience (1984). Nas décadas seguintes, Wim Mertens refinou a sua linguagem, compôs para diversos instrumentos e ensembles e firmou o seu nome no panorama internacional com recitais regulares nas melhores salas do planeta, a solo, em pequenas formações e com orquestra. Para assinalar devidamente tão importante marco, lançou o CD quádruplo Inescapable, em Novembro, com 61 composições – entre marcos do seu percurso, gravações ao vivo e peças inéditas. Esse é o mote para uma digressão mundial que passa naturalmente por Portugal, um dos países que acolheram o compositor belga desde praticamente o início da sua carreira.

Margem

Até 02/02/2020

10 €

Brecht falava de margens e dizia-as tão “violentas” como a violência do “rio que tudo arrasta”, porque o comprimem. Margem, com direção de Victor Hugo Pontes, fala de uma violência similar, a de jovens em risco na periferia da vida, como a dos Capitães da Areia (1937), de Jorge Amado, livro que lhe serviu de inspiração e “guia para o caminho”, desconstruído e reconstruído aqui pela escrita de Joana Craveiro. Ao diálogo entre a linguagem coreográfica de Victor Hugo Pontes e o livro sobrepôs-se uma segunda camada, a das histórias de vida, recolhidas em pesquisa prévia, de crianças institucionalizadas da Casa Pia e do Instituto Profissional do Terço, e ainda uma terceira, feita das memórias e experiências dos próprios intérpretes e do seu processo de construção do espetáculo – todas estas camadas se entrecruzam no texto original desta criação. Um elenco de miúdos dos 14 aos 20 anos (mais um bailarino e um ator profissional) habita o palco-casa-abrigo, colchões espalhados pelo chão, o oásis (sonhado?) de uma palmeira, como um espaço vital de (sobre)vivência de si em grupo, em família, até. Margem, a meio caminho entre a dança e o teatro documental, movido por uma banda sonora urgente e tribal, é assumidamente um trabalho “muito político”. Racismo, sexo, revolução e morte afloram igualmente, mas há uma energia vibrante a percorrer Margem, e essa energia persiste e resiste.

Faire La Parole

31/01/2020

Faire la parole é a primeira incursão de Eugène Green no género documental, um retrato sobre os mistérios e as idiossincrasias do território Basco e da forma como este é reformulado pela própria língua, o euskera. Esta língua, de origem obscura senão mesmo mítica, é usada fundamentalmente na oralidade. Ao mesmo tempo que impõe uma visão do mundo, a língua define um país que atravessa fronteiras, conferindo coesão a toda uma região e às suas gentes. O filme centra-se num conjunto de jovens de nacionalidades espanhola e francesa, especialmente em três adolescentes que iniciam uma viagem pelas montanhas e pela sua própria identidade.

Festival de Ilusionismo S. João Bosco

Até 01/02/2020

0 €

O Clube Ilusionista Fenianos realiza nos dias 31 de Janeiro a 1 de Fevereiro, o Festival de Ilusionismo «S. João Bosco» 2020. O evento que se realiza há 61 anos nesta cidade é aberto ao Porto, seus visitantes e público em geral. Dia 31 de Janeiro, Abertura e Convívio Mágico, no Bar do Clube Fenianos. Dia 1 de Fevereiro, Salão Nobre do Clube - GALA DE ILUSIONISMO